Mini- FanFics (Livre)

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Um presente para Lauren ( Conto de Natal) [Livre]








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"The lady in my life" [Livre]


(Mini- Fic em 20 capítulos)





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"5:19 in Paris"


Autora: Stefany Souza




Capitulo Único 

Paris 

24 de Dezembro 

Aqui estou tentando andar por essa nevasca. Estava ficando cada vez mais forte e estava quase impossível de caminhar. A casa de Paloma não era muito longe, mas se tornava por conta da neve forte que caia sobre Paris. Era véspera de Natal e combinamos de comemorar em sua casa. Paçoca minha cachorrinha estava toda empacotada em meus braços, levava ela para ficar com Rania. 
Ao chegar em frente ao prédio toquei o interfone e me identifiquei, rezando para que o porteiro viesse logo. 
Ele abriu o portão o agradeci e fui direto para as escadas o prédio baixo e antigo não tinha elevador, mas não era problema nenhum subir apenas dois lances de escada. Parei na porta do apartamento de Paloma e bati na porta várias vezes. Por um lado estava com frio e por outro adorava irrita-la. Logo a porta foi aberta por ela e seus cabelos enrolados em uma toalha.
-Oi! Ja disse que você é muito irritante -ela falou em um folego só
-Não, mas eu já sei -sorri maroto e adentrei seu pequeno apartamento, mas não deixava de ser super organizado e moderno. 
-Fica ai. Eu vou trocar de roupa e já volto 
-Ok 
Enquanto andava eu a observava. Mesmo com aquela toalha enrolado em seus cabelos e sem maquiagem não deixa de acha-la uma mulher atraente e muito linda. Nos conhecemos em um evento de um amigo meu. Uns homens simpáticos veio até mim falando em Francês e eu meio que fiquei perdido, já que o meu Francês não era muito bom. Paloma me vendo meio desesperado no meio daqueles homens decidiu ir até nós e traduzi pra mim tudo que eles falavam. E assim nos tornamos grandes amigos e trabalhamos juntos hoje em dia. Trabalhávamos com modas, além de desenhar alguns looks também organizava meus próprios eventos e Paloma me ajudava. Era um sucesso. Ja estávamos ficando famosos. 
Paçoca já corria pela casa com Rania e levava um ursinho na boca.
-Você veio adiantado. São 5:19 e você falou que iria vir 6 horas.
-Mas, decidi sair de casa antes que a nevasca piorasse. Então, o que vamos ter para o jantar? 
-Eita, esqueci de fazer 
-Você esta brincando ne 
-Estou. A lasanha ja esta no forno -ela riu e se sentou ao meu lado 
-Mentira que esta fazendo lasanha?
-Fiz. Eu sei que você é apaixonado por lasanha e como hoje é véspera de natal decidi ser boazinha com você. Bom agora vou fazer o arroz e o molho branco. Ah e espero que goste de vinho. -Ela riu e me deu um beijo na bochecha me deixando com cara de bobo. Como eu amava aquela mulher. 
-Iremos assistir algum filme? -disse reparando alguns filmes espalhados pela mesa de centro
-Sim! A culpa é das estrelas. 
-Esse filme não -reclamei 
-Uai por quê? 
-Por... Por...nada -Na verdade não queria confessar que tenho um coração mole e sempre choro em filmes daquele tipo. Qual é? Não é porque eu sou homem que eu não vou chorar nesses filmes né. Os homens choram também. Inventei qualquer coisa para Paloma -Ele é sem graça.
-Ele sendo sem graça ou não iremos assistir ele! -Apareceu na sala com uma maça em mãos -Quer? -me ofereceu uma mordida
-Você não tem melancia não? 
-Ta de brincadeira né Mike? -eu ri e dei uma mordida em sua maça 
Paloma se levantou e colocou o filme e começamos a assisti-lo. 
Paramos um pouco para comermos aquele delicioso jantar que a minha mulher havia feito -ops- minha mulher ainda não, mas um dia será. E continuamos a assistir, e aquela parte do filme que faz a gente chorar ja estava chegando e eu rezando para que algo acontecesse e impedisse aquela cena. Até que as luzes apagaram e ficamos no escuro.
- Ah, não! – ela reclamou – Não acredito que essa maldita nevasca fez acabar a luz bem na parte boa do filme.
-Pois é! -eu sorria aliviado -Você tem velas ?
-Na segunda gaveta no armário da cozinha
Fui até lá com um pouco de dificuldade e peguei as velas e as acendi. 
Sentamos no meio da sala e ficamos nos olhando a luz das velas. 
-E o que a gente vai fazer agora? -ela perguntou
-Não sei! 
-Já sei! Vamos brincar de verdade ou consequência?
-Vamos voltar a quarta série agora é? 
-Desculpa, mas eu não tenho ideia do que fazer quando falta luz
-Tudo bem, mas consequência teria graça se tivesse mais gente conosco
-Ok. Então pode ser um jogo só de "Verdades" que tal? -ela sugeriu
-Tipo um questionário?
-Sim!
-Por mim tudo bem. -dei de ombros -Você começa!
-Ta bom... Huum... Que ator você mais admira ? -ela me perguntou
-São tantos, mas gosto do Chris Tucker 
-Serio. Gosto muito dos filmes dele.
-Então pode ser o nosso ator preferido -Ela gargalhou me fazendo abrir um enorme sorriso. Adorava a gargalhada dela. 
-Agora é você 
-Huum... Gosta de gatos? 
-Não muito. Prefiro cachorros que são mais brincalhões diferente de gatos que só sabem dormir -ela mostrou a língua e ei ri
-Agora é sua vez
-Estou sem criatividade. Qual seria sua próxima pergunta pra mim?
Na verdade não queria perguntar nada a ela e sim falar uma coisa desde de que tornei seu amigo. Queria dizer o quanto ela era incrível. O quanto amava seu sorriso e o quanto era bom vê -la irritada só por que eu havia a irritado. 
-Eu estou apaixonado por você -Disse serio e pude ver seu pequeno espanto, mesmo só com as luzes da vela. 
-Mike isso... Isso não é uma pergunta.
-A pergunta é: Você sente o mesmo por mim? 
Ela nada disse. E sem que a gente esperasse a luz voltou ao normal iluminando todo o ambiente. 
Ela me olhou com os olhos brilhando e abaixou a cabeça, logo em seguida me olhando novamente e abrindo um sorriso. E naquele sorriso eu pude ver a resposta que eu tanto esperava. 
Cheguei perto dela e rocei meus lábios no seu, iniciando um beijo carinhoso, calmo e apaixonado. 
Paloma Carvalho que daqui alguns anos será Paloma Jackson era minha agora. 


                                 Fim.


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                            “Will You Be There”
                                 Autora: Nai Jackson




A jovem deitada em uma cama de solteiro tem no rosto um tom bem mais pálido do que o habitual. Está com os cabelos escuros desgrenhados, os olhos vermelhos, as bochechas molhadas pelas lágrimas inúteis que insistem em continuar a cair. Dizem que chorar ajuda a aliviar a dor... Mas olhando para ela, dá pra concluir que esse método não funciona com todas as pessoas. Quanto mais ela chora, mais perturbada ela se sente e, consequentemente, mais vezes ela pensa em acabar com aquilo tudo de uma vez por todas.

Ideias suicidas são idiotas. Idiotas quando não se tem coragem de ir até o fim. Ela já pensou em fazer aquilo, mas sempre desistiu no último momento. Adolescentes são dramáticos, fazem tempestade em copo d’água, é isso o que diz a sociedade. Para ela, no entanto, o suicídio faz sentido. Seria apenas uma forma de silenciar os gritos de uma alma inquieta, que ainda não descobriu por qual motivo veio ao mundo. 

Jenny senta-se na cama e respira fundo, criando coragem para fazer o que deve ser feito. Sente uma angústia inexplicável, uma perturbação que escapa por todos os poros da sua pele, a impressão – e a constatação – de que TUDO na sua vida dá errado. Ao pensar no passado, vê imagens dolorosas da infância, e ao mentalizar o futuro, nada consegue ver além de um vazio preenchido por uma expressa névoa em preto e branco. Como encarar o futuro sem antes derrotar os fantasmas do passado? E como derrotar os fantasmas do passado se ela não tem forças nem mesmo para continuar a viver o presente?

Ela não tem a mínima esperança de que as coisas possam começar a dar certo. Talvez uns tenham nascido para ser felizes e outros tenham nascido para nem sequer saber o que é felicidade. Ela pede socorro em silêncio, mas ninguém consegue ouvi-la. “Você não está sozinha”, ela lembra a si mesma. Mas será que alguém realmente se importa? Ela faz alguma diferença? Quando ela, finalmente estiver morta, alguém sentirá a sua falta?

A garota pega os comprimidos e começa a abri-los, cartela por cartela. Esperou tanto por aquilo! Essa deve ser uma forma pouco dolorosa de morrer. Seca as lágrimas com as mãos trêmulas e agarra a copo com água em cima da mesa de cabeceira.

Mas antes de continuar, ela precisa se despedir de alguém. 
Do único que esteve ao seu lado em todos os momentos.

A jovem precisa ouvir a voz dele, nem que seja por uma última vez! Passa os dedos pela foto do homem sorridente em um porta-retrato e, por uma fração de segundos, sente o coração um pouco mais aliviado.

- Meu amor, me perdoe por ser tão fraca – ela diz para a fotografia, com os olhos cheios de lágrimas. – Eu tentei... Tentei tanto. Mas não consigo mais. Sou apenas mais uma criatura ferrada por esse destino maldito.

Jenny não está conversando com a fotografia porque é uma desequilibrada mental. Faz isso, porque essa é a única forma de ter Michael perto de si. Talvez ele nem saiba que ela exista, mas ela se sente abençoada por ter tido a chance de conhecê-lo. Em muitos momentos de completa solidão, a música e a presença – mesmo distante – dele lhe fez companhia. Ele lhe deu a força necessária para que ela continuasse seguindo em frente quando tudo parecia estar perdido. Agora, está sendo obrigada a se despedir da única parte da sua vida que ainda vale a pena. Michael é a única razão pela qual ela ainda não tomou os malditos comprimidos. Ela não quer decepcioná-lo. Não quer que ele a ache uma fracassada. Não quer perdê-lo para sempre.

Estica uma das mãos e aperta o play no aparelho portátil de som. Quer morrer ao som de Michael, isso lhe parece agradável e poético, embora seja trágico.  Entre tantas e tantas músicas gravadas ali, os primeiros acordes de Will You Be There começam a tocar. Tinha que ser justamente essa?! Parece um presságio. Um sinal de que Michael a escuta, mesmo que isso pareça absurdo, sem lógica e sem fundamento.

Jenny se arrepia inteira e começa a chorar novamente. A voz de Michael ecoa pelo quarto... E, God, ele também parece tão... solitário!

Michael também tinha memórias dolorosas da infância. Ele foi julgado a vida inteira. Foi acusado de coisas absurdas, traído pelas pessoas que ele considerava amigas e de confiança. Um pedaço dele morreu quando muitos começaram a acreditar nas invenções que foram ditas ao seu respeito. Ele era um homem tão bom, tão honesto, tão iluminado... E mesmo sem merecer, conheceu a pior e mais cruel face do ser humano. Ele sofreu, chorou, também achou que tudo estava perdido. Teve noites horríveis e dias perturbadores! E diante disso tudo, de tanta dor e sofrimento, ele desistiu?

Ele parou de lutar? Entregou os pontos? Acomodou-se com a situação e perdeu todas as esperanças?

NÃO!

Ele transformou toda a carga negativa da vida dele em amor. Ele ajudou tantas pessoas! Ele espalhou amor por todos os lugares por onde passou.  Mostrou que o mundo precisa - e pode! - ser curado.

Quantas vezes ele estava triste, e mesmo assim, conseguiu fazer outras pessoas sorrirem? Poderia ter se fechado, tornado-se uma pessoa amarga, mas nunca, jamais, agiu de tal forma. Continuou a ser o mesmo homem doce de sempre. Deu o seu melhor ao mundo, sem deixar se abater diante das dificuldades.

Ela fecha os olhos e ouve Michael perguntando na canção se ela estará lá. O que seria dela se desistisse tão fácil? Não pode, não deve, não vai! Ela precisa do amor de Michael e ele também precisa dela... Precisa que ela continue a lutar e aguardar o dia da vitória. Precisa que ela o ajude a curar o mundo, não pode perder um dos seus soldados do amor!

A garota afasta os comprimidos e aumenta o volume do som, permitindo que a música leve toda a angústia da sua alma. Sente-se mais leve, mais tranquila, tocada por algo divino. Desistir da vida diante das dificuldades pode ser a saída mais fácil, mas não é a mais correta. Todos estamos aqui em uma missão, e, assim como não coube a nós o momento de vir ao mundo, não nos cabe decidir o momento de ir embora dele.

Jenny levanta-se e seca as lágrimas, esforçando-se a pôr um sorriso no rosto. Ela vai estar lá, como ele pede na canção, reconstruindo sua fé a cada dia, plantando e semeando coisas boas ao próximo. Afinal, Michael está dizendo que não a deixará partir... pois ela sempre estará em seu coração.

*Fim


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Stranger In Moscow

Autora: Nai Jackson


Ela caminhava apressadamente, deixando atrás de si um rasto de tristeza e melancolia. Seu corpo se encolhia sob o rigoroso frio de dezembro, fazendo suas mãos e suas pernas tremerem constantemente. As lágrimas escorriam pelo seu rosto, e ela tentava desesperadamente se afastar de todas aquelas lembranças que poderiam fazer-lhe mal. Desejou que os homens pudessem ser mais verdadeiros e menos mesquinhos. Já havia se decepcionado com eles centenas de vezes, e tinha medo de perder a capacidade de amar e entregar-se novamente a uma ardente paixão.



Olhando para os lados, percebeu que a rua pela qual passava encontrava-se deserta e mal iluminada. Em uma prece silenciosa, pediu a Deus que arrancasse a insuportável dor que se instalara em seu peito e a levasse para longe de si. Sentia-se desesperadamente só, como se tudo no mundo se privasse a dor e solidão. 



De repente, pingos de chuva começaram a cair do céu. Aquilo parecia ser um bom presságio. Pendeu a cabeça para trás e fechou os olhos, na esperança de que a água lavasse sua alma e carregasse consigo a sua tristeza.

- Como você se sente? – ouviu uma voz masculina perguntar, chamando sua atenção. 

Ao abrir os olhos, pôde ver quem era o dono daquela voz suave e melodiosa. Um homem de pele clara, corpo esguio, olhos intensos, com os lábios retraídos em um pequeno sorriso. 

O mundo parecia ter parado de fazer o seu percurso normal. Estavam ali, sozinhos, um diante do outro, duas almas perdidas, necessitadas de carinho e afeto.

Abraçaram-se, enquanto a chuva continuava cair. A expressão no rosto do desconhecido mostrava que não havia motivo algum para ela se preocupar. Estava ali para protegê-la e guiá-la pelo caminho da felicidade que nunca conhecera. 

- Finalmente você veio – ela conseguiu murmurar, tendo a certeza de que suas preces haviam sido atendidas. 

O homem sorriu e aproximou-se dos seus lábios, unindo-os em um intenso beijo. 
Os lábios do homem misterioso percorreram a sua nuca, seu ombro, e os seus dedos ágeis abriram os botões do seu vestido. O esguio corpo masculino envolveu-a com ternura e delicadeza, puxando-a para o mais próximo possível de si. A respiração entrecortada de ambos se misturava com o som dos pingos batendo sob a calçada, e os sussurros se fizeram ouvir sem nenhum pudor.

Aquele toque despertava nela sensações que até então não conhecia, e ali perdeu-se em íntimas carícias, tomada por um desejo arrebatador, que não se achava capaz de explicar. 

Quando os lábios do homem desconhecido se separaram dos seus e suas mãos pararam de percorrer o seu corpo, ela abriu os olhos e pôde perceber que a chuva cessara de repente. Viu-se imediatamente tão sozinha quanto antes, parada no meio da rua, com o coração pulsando rapidamente.

Notou que a solidão a fizera se perder em devaneios. Fora catapultada para um universo paralelo, onde tudo parecia ser possível.

Obrigou suas pernas a continuarem o percurso sobre a calçada, e pouco depois começou a chover novamente.

Fechou os olhos mais uma vez, na esperança de que o desconhecido se aproximasse de si como da primeira vez. Na fantasia encontrara uma mágica felicidade, que nunca havia se permitido experimentar.

- Como você se sente? – ouviu a voz delicada perguntar-lhe novamente, fazendo seu coração se acelerar.

Ela abriu um pequeno sorriso e aninhou-se em seus braços; desejando que a chuva não mais parasse de cair. 


*Fim

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