sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Mini-FanFic: "Chicago" (+18)



Autora: Anne Santos


Sinopse

Até que ponto mentimos por amor?

Sei que o que fiz não foi atitude de uma mulher decente, estou ciente que passei dos limites, mas somos humanos e também mentimos para sobreviver, e por favor, atire a primeira pedra aquele que nunca mentiu ou pecou! 

Minha vida virou pelo o avesso quando o conheci, ele entrou como um furação dentro de minha vida, mudou ela, os meus conceito e principalmente meus sentimentos e o melhor, me deu muito amor e carinho, uma coisa que eu necessitava no momento, e por isso acabei me entregando ao amor dele da forma indecente de minha parte.

Eu pensei que fosse apenas um momento e quis vive-lo, mas o destino sempre nos trás surpresas e também acaba nós ferrando de certa forma. Foi tudo por amor, e sinceramente só lamento pelo o jeito que teve que acontecer e pelo o jeito que teve que acabar. Juro que meu plano não era viver duas vidas assim como ele me acusou, mas se fosse preciso faria tudo de novo pra poder ficar com ele.






Capítulo 1
3 anos e 5 meses antes:

Me levanto cedo para resolver assuntos da família, quer dizer, assuntos do meu marido, e sinceramente eu não sei o que ainda me prende a ele. Estamos casados há quase 12 anos e a única coisa que não me arrependo é dos meus filhos. Já pensei em várias vezes em deixá-lo, mas fico com medo da reação das crianças, elas têm apenas sete anos e eu não sei como eles reagiriam, são apenas duas crianças inocentes e eu não quero que elas sofram pelos erros dos pais.
Meu nome é Alicia Montgomery, sou formada em direito, tenho 27 anos e como já disse, tenho 2 anjinhos na qual não me arrependo de forma alguma. Sou casada com o empresário Zack Henry, e o conheci quando tinha 18 anos de idade e foi o meu primeiro amor, isso mesmo, ele foi, não é mais. Não estou mais apaixonada por ele, não o amo mais e o que levou a acontecer isso foi ele mesmo. Ainda transamos, porque fazer amor a gente não faz mais. Brigamos mais do que tudo, nos insultamos, nada é como antes e eu estou chegando a loucura com essa convivência. Mas tudo bem. Nada como um dia após o outro, eu tenho fé que isso irá mudar, não sei quando e como, mas ainda encontrarei forças para acabar com tudo isso de vez e seguir a minha vida com meus filhos.

- Vamos crianças, venham se despedi da mamãe. – Vou viajar a trabalho, infelizmente o meu marido não poderá ir, e nesse caso só eu posso representá-lo nos negócios.

Lá vem os meus bebês lindos falar com a mamãe coruja. Correm como se tivessem apostado algo para quem chegasse primeiro.

- Mamãe, a senhora vai demorar? – Meu príncipe Alison pergunta, isso mesmo, o meu filho.
- Claro que ela não vai o seu bobo. – Minha princesa respondeu antes que eu mesma respondesse algo.
Eles são tão lindos assim juntinhos fazendo perguntas do tipo pra mim. São minha vida, mas terei que ir para  Illinois, especificamente para Chicago, a cidade mais popular do estado representar a empresa da família. Passarei 3 meses nela até tudo acabar por lá.
- Escutem a mamãe. – Me ajoelho para ficar na altura deles. – A mamãe vai ter que ficar um tempinho fora porque o papai não vai poder ir trabalhar. – Peguei em uma mão de cada um. – Mas o papai ficará com vocês.
Apesar de tudo, o Zack é um bom pai, as crianças o adoram e o amam, mais ele só serve como pai mesmo porque como marido está se saindo como um traste.
- Mas mamãe... – Aline faz biquinho.
- Aline! – Chamo a atenção dela. – Não faça esse biquinho que a mamãe vai voltar logo amor. Você também Alison, escutou? Escutaram?
- Sim mamãe. – Eles assentiram.
- Agora me dêem um beijo.
Eles me dão um beijo, cada um em uma bochecha.
- Hum que beijo gostoso. – Eu me levanto e aliso os cabelos dos dois. Vou sentir tanta saudade desses bebes da mamãe, não sei o que será de mim nesses três meses que irei passar longe deles.
- Mamãe, porque o papai não vai com a senhora. – Alison me pergunta e eu fico sem uma resposta para lhe dá. Primeiramente porque o Zack não podia ir e segundo porque se fosse caso de ir os dois eu preferia ficar em casa.
Claro que eu fico sem responder, mas o enxerido como sempre se mete. Quase iria esquecendo que ele estava em casa de repouso por recomendações médicas. Pois ele acabou de se operar, sofreu um acidente, quebrou um braço e não quer aparecer assim.
- Porque o papai está doente filho. – Ele responde, já está com um copo de Whisky na mão como sempre, o que causou o acidente que levou a quebrar um braço.
- E pelo o visto acho que não está a fim de melhorar. – Digo sarcasticamente.
- Ora ora... – Ele sorri. – Quem é você para dar palpites na minha vida? – Ele toma um gole da bebida.
- Eu? – Sorri também. – Querendo ou não, eu ainda continuo sendo sua mulher e por sua causa passarei 3 meses longe dos meus filhos para fazer o que é o seu papel.
- Sabe Alicia, eu não estou muito a fim de discutir!
- Claro que não está, de um homem você virou um traste bêbado e irresponsável.
Acho que ele não gostou muito do que falei não, também não é pra menos, e ele sabe o que estou falando é a pura verdade.
Ele se aproxima de mim e pega no meu braço apertando o mesmo.
- Acho melhor você ir logo antes que eu perca a paciência com você. – Ele diz.
Como aquele idiota tem a coragem de me pegar assim? Ainda mais na frente das crianças.
- Me solte seu irresponsável! – Eu o impuro e me deparo com as crianças nos olhando incrédulos vendo aquela cena dos pais brigando. – Não faça mais isso! Não se atreva a me puxar mais uma vez assim. – Eu disse em um tom quase inaudível, mas o suficiente para o Zack ouvir.
- Mamãe? Papai? Vocês estão brigando? – Alison pergunta com o semblante um pouco assustados enquanto Aline agarra o braço do irmão com uma carinha assustada.
- Ah não meu amor. – Me abaixo para ficar na altura deles. – A gente só estava conversando amor, não precisa ficar assustado. Aline? – Eu pego pelo o bracinho dela e puxo-a para mais perto de mim. – Não precisa ficar com essa carinha princesa, como eu já disse, só estávamos conversando. Entendeu? Entenderam?
 - Sim mamãe. – Os dois assentem.
- Pois bem. Agora venham aqui e dêem mais um beijo na mamãe. – Eles me dão mais um beijo. – Agora vão para o quarto brincar.
Eles saem correndo pela casa. Eu vou deixá-los em casa porque sei que quem irá cuidar deles é a governanta que me prometeu, e eles adoram ela também, mas se fosse só com o pai eu não teria essa coragem toda de deixar meus dois filhos com ele.
- Você é um irresponsável! – Eu disse para o Zack quando as crianças já estavam longe, pego minha mala e vou em direção a porta pronta pra sair.
- Ata. Agora eu sou o único culpado?
Antes de fechara porta, paro e o olho mais uma vez.
- Sempre foi Zack. Sempre foi. – Digo e fecho a porta.

Capítulo 2
Já estou no avião, faz tão pouco tempo que sair de casa e já estou com saudades das minhas crianças.
Vou procurar algo para me distrair por lá nas minhas horas vagas. Na verdade eu não tenho muito o que fazer, só vou dá uma olhada em alguns papeis do novo contrato de uma empresa que iremos assinar um contrato, em fim... Tudo isso só por questão de segurança, mas que durará no máximo 3 meses.
Já está ficando um tédio aqui, acho que ler alguma coisa até chegar a Chicago me distrairá e me fará bem.
- Querida, pode me trazer uma revista qualquer para eu olhar. – Eu peço para a aeromoça que logo trás uma pilha de revistas. – Obrigada querida. – Agradeço.
- Disponha senhora.         
Eu li tanto aquelas revistas que peguei em um sono profundo durante a viagem.
Acordei quando o avião posou no aeroporto Internacional de O'Hare. Nossa, chega me dá uma coisa, uma sensação diferente aqui, sei lá, como se algo novo tivesse para acontecer, como se minha vida tivesse pronta para mudar. Nem estou tanto tempo longe dos meus filhos que acho que já estou ficando louca.
Preciso descansar um pouco para que no outro dia eu esteja mais atenta na minha primeira reunião. Ainda bem que será pela tarde, assim terei tempo para sair pela manhã, dá uma volta pela cidade, sei lá.
Pego um Taxi e vou para um hotel que reservei pelo o telefone quando ainda estava em Los Angeles. Claro que liguei para os meus bebes, mas eles já estavam dormindo, queria dá minha benção para eles, mas tudo bem, amanhã bem cedinho eu ligo.
Tomo um banho relaxante e caio exausta na cama.
(...)
São exatamente 7:30 da manhã e eu já estou de pé andando pela cidade para aproveitar o tempinho livre que estou tendo antes da minha primeira reunião.
Vejo uma pequena lanchonete, parece bem confortável por lá. Vou lá, estou com uma vontade de tomar um belo café.  
Caminho até a lanchonete e adentro na mesma.
Eu não sei o que eu tenho, mas ainda continuo com aquela sensação de que minha vida está prestes a mudar. A cada minuto penso que estou enlouquecendo.
Sento-me em uma mesa perto da janela e a atendente vem até a mim e pergunta o que eu desejo, respondo que só desejo um pouco de café e ela trás o que eu pedi.
Enquanto tomo o meu café me lembro dos meus filhos que ficaram em Los Angeles, tomo um gole, abro minha bolsa para pegar uma foto deles que carrego em minha carteira, é um jeitinho de tê-los sempre comigo.
Continuo olhando para foto que está em minhas mãos, tomo mais um gole de café e um perfume doce, porém másculo adentra em minhas narinas quando um homem alto com um jornal nas mãos entra na lanchonete e senta-se em uma mesa em frente a que eu estou. Ele não olha para mim, mas eu o observo.
O cheiro do perfume dele é muito gostoso, ele traja uma roupa preta, e tem cachos que é um charme. Claro que eu observo, eu sou casada, mas não cega.
Não sei o que me deu, mas aquela sensação de que minha vida está prestes a mudar voltou novamente.
Tiro minha vista do tal homem de cachos e olho para a rua, continuo tomando o meu café e de repente olho novamente para o tal homem de relance, acho que ele percebeu que eu estava olhando para ele, tanto que ele levanta a cabeça e me olha também, me fazendo ficar com vergonha.
Não amo mais o meu marido, mas continuo casada e... Ah quer saber? Que se dane! Olhar não arranca pedaço.
Volto a olhá-lo e percebo que dessa vez não é um simples olhar, ele está me fitando. Meu Deus que vergonha da minha parte, como eu deixei isso acontecer, eu estou parecendo uma adolescente paquerando um garoto.
Ele está só, o que me deixa muito curiosa. Será que ele é casado? Tem namorada? Claro que deve ter. Um homem como ele não pode ser solteiro. Mas o que explica o fato dele está só, sentado em uma mesa de lanchonete? Deve ser o mesmo que o meu, deve está a trabalho também.
Pelo o jeito ele não é fraco, continua me olhando e... Meu Deus, ele sorriu pra mim, acho que vou ter um treco aqui, meu coração está a mil, e meu corpo está reagindo como um corpo de uma adolescente sendo paquerada. Meu Deus que sorriso lindo, encantador.


Capítulo 3
Para não ser mal educada eu retribuo com um sorriso vergonhoso, sem jeito para aquele homem bonito que está sentado em minha frente.
Acho que esse meu pequeno sorriso o incentivou a levanta-se e caminhar éa minha mesa.
Meu coração está quase pulando para fora, ele está chegando mais perto de minha mesa, acho que vou fazer besteira.
- Oi! – Ele me cumprimenta quando chega à beira da mesa em que eu estou.
O que eu estou fazendo? Eu sou casada e... É né... Um “oi” não significa nada.
- Oi! – Respondo com o mesmo sorriso vergonhoso que eu tivera dado minutos antes para ele.
- Posso? – Ele pergunta no sentido de se pode sentar na mesma mesa que a minha.
- Ah... Claro! – Respondo e ele senta-se sem tirar os olhos de mim.
Fico com mais vergonha ainda. Ele continua me olhando sem falar nada, e pra lascar tudo eu também não falo nada.
- Essa moça linda tem nome? – Ele pergunta quebrando o silencio que tivera permanecido por alguns segundos após ele ter sentado.
- E agora? O que eu faço? Invento um nome ou falo a verdade?- Eu penso antes de responder. – Alicia. Alicia Montgomery. – Respondo e um tom baixo.
- Alicia. Que nome lindo. – Ele diz. Ponha os cotovelos sobre a mesa e volta a falar. – Assim como a dona.
Não! Eu tenho que sair daqui. Ele está me cantando, e o pior de tudo é que eu não consigo querer sair. O que está acontecendo comigo?
- Obrigada! – Respondo e viro a vista para a rua, assim ficando em silencio, mas parece que ele quer saber mais.
- De nada! – Ele diz. – O meu é Michael Jackson.
- Prazer. – Digo sem olhar para ele.
- O que uma moça tão linda como você está fazendo sozinha sentada em uma mesa de lanchonete? – Ele me pergunta. Eu poderia fazer a mesma pergunta a ele, afinal ele também está sozinho.
- Pensando. E você? O que faz por aqui além de ler o jornal?
- Eu sempre venho aqui pela manhã. Eu gosto daqui, é tranqüilo. – Ele me responde.
- Ah sim. – Digo e pego a foto dos meus filhos que estava sobre a mesa.
- Quem são eles? – Ele me pergunta quando vê a foto de Alison e Aline.
-São meus filhos. – Respondo e coloco a foto dentro da minha bolsa.
- Você tem filhos? – Ele franze o cenho. – Quando lhe vi a primeira coisa que pensei foi: “Ela não deve ser casada e nem deve ter filhos!” Acho que me enganei. Você é casada?
Puta merda. Essa é uma boa hora de dizer que sou casada, mas algo me impede de falar sobre o Zack, afinal tenho certeza de que ele não fala sobre mim, pois esse é o momento de retribuí-lo.
- Não! Não sou casada. – Eu digo com medo dele perceber que estou com uma aliança. É melhor eu tirá-la para que ele não desconfie de que estou mentindo. É melhor prevenir do que remediar.
Rapidamente coloco minhas mãos de baixo da mesa e retiro a aliança colocando a mesma dentro da bolsa sem que ele a veja.
- Uau... Como uma mulher tão linda como você está sozinha? Acho que hoje é o meu dia de sorte. – Ele diz e me lança um sorriso lascivo. – Ah... Mas... Eu nunca a avistei por aqui. De onde você é?
- Eu sou de Los Angeles.
- O que a trás a Chicago?
- Trabalho!
- Hum... Pelo o seu jeito você deve ser uma empresária. Acertei? – Ele palpita.
- Não. – Sorrio pra ele. – Sou advogada e vim aqui para resolver um assunto do meu m... – Puta que pariu quase que iria falar besteira agora. – Da minha família. – Disfarço.
- Nossa... Você tão jovem já é advogada. Interessante.
- Nova? Eu? Nem tudo é o que parece!
- Isso é verdade.
Ficamos em silencio por alguns segundo.
- Mas e você? O que faz aqui em Chicago? – Pergunto para puxar assunto.
- Eu vim aqui tirar uns dias de férias. Mas eu já morava aqui, por isso decidir vim pra cá. – Ele responde.
- Ah ta.
- Sabe Alicia... Eu gostei muito de você, e... É... Você não gostaria de conhecer mais a cidade? – Ele pergunta. – Eu conheço tudo por aqui e posso levá-la a lugares muitos bonitos à noite.
Isso foi um convite? Claro que foi ué. Seria muito legal sair a noite para conhecer mais a cidade já que passarei 3 meses por aqui. Acho que não tem problema em sair com um recém amigo. Isso mesmo, amigo porque eu sou uma mulher casada e sou do tipo de dá mole para outros homens. Sei que mentir a respeito do meu cônjuge, mas foi só um jeito de vinga-se do meu marido.
- Eu adoraria. – Respondo.
- Que bom! Podemos nos encontrar aqui mesmo. Hoje a noite pra começar.
- Ah sim. É claro. Mas e se você não vir?
- Eu virei, jamais deixaria uma mulher tão linda plantada me esperando. Quer saber? Anota o meu numero, caso você ainda tiver duvidas de que irei vim é só me ligar.
Ele está me dando o numero dele meu Deus. Tenho que deixar de besteira, é apenas um numero.
- Ah sim, é claro. – Eu assinto, pego o meu celular e anoto o número dele. – Prontinho. Agora tenho que ir, minha reunião começa daqui há 20 minutos e acho que chegarei atrasada.
- Se você quiser eu posso levá-la. – ele se oferece para me da uma carona.
- Obrigada, mas não precisa, eu estou de carro. – Eu pego as chaves do carro e balanço.
- Então tudo bem. – Ele levanta-se e estende uma mão para que eu a pegasse.
Sua mão é tão macia e delicada, sinto meu corpo arrepia-se o toco.
- Obrigada. – Digo quando pego na mão dele e levanto-me. – Nos vemos a noite. – Viro-me pronta para sair da lanchonete.
- Ei? – Ele segura em meu braço. – Espero que venha. – ele diz e lança um pequeno sorriso nos canto da boca.
Eu não falo nada, apenas sorrio, assinto e saio da lanchonete com um sorriso no rosto de satisfação, nunca me senti assim antes, estou me sentindo uma adolescente, e admito que estou ansiosa para que a noite chegue.
Capítulo 4
Vou para a reunião e graças a Deus chego a tempo. Seria um vacilo se eu tivesse chegado atrasada na primeira.
Graças a Deus ela já está perto de acabar. Só estou analisando alguns papeis antes de assinar algo. Logo termino, cumprimento os outros empresários que se fizeram presente na reunião e vou para o hotel.
Tomo um bom banho e descanso um pouco.
Pego o me celular e ligo para meus filhos.
- Mamãe, estamos com muita saudade de você. – Alison grita do outro lado da linha.
- O meu amo, eu também estou com muita saudade de vocês. Mas vamos fazer assim: Prometo todos os dias ligar pra vocês, tudo bem?
- Sim mamãe. – Os dois responder ao mesmo tempo.
Sorrio, pois posso imaginas a carinha deles falando frases ao mesmo tempo, acho que isso é da genética, eles são gêmeos.
A conversa está ótima, quer dizer... Estava, pois desliguei quando o Zack começou a falar bobagens pelo o telefone. Aff’s idiota.
 Putts... Lembro-me de que tenho um passeio pela cidade hoje com um amigo que conheci. Quase esqueço.
Levanto-me rápido e visto algo simples, porém confortável para sair. Pego apenas o meu celular e vou rumo ao local onde marcamos.


  Bem... Eu não sei ainda o porquê eu estou indo a esse encontro, parece que estou esquecendo quem eu sou, de onde sou. Mas tudo bem, é só um passeio com um amigo.
Desço do carro quando chego na lanchonete, não o vejo. Adentro a lanchonete a procura dele, mas nem sinal do mesmo.
Saio da convicta de que ele não virá, mas alguém me chama a tenção quando eu abro a porta do carro pronta pra ir embora.
- Psiu...
Olho pra ver quem é. Pensei que ele não viria, mas me enganei.
Lá está ele, na varanda de um hotel me olhando.


  Seus cabelos soltos, ao vendo que por sinal o deixa lindo, sim eu acho ele lindo, charmoso, um pedaço de mau caminho.
- Mas... Pensei que viria! – Eu grito para que possa escutar.
- Eu vou. Quer dizer... Fui e vou de novo. – Ele me responde.
- O que? – Fico com o semblante confuso.
- Você está linda. – Ele grita me fazendo ficar com vergonha. – Um minuto que já estou descendo. – Ele diz e sai da varanda.
Quando ele chega no térreo do hotel, posso vê-lo através dos vidros da porta caminhando até mim. Esse homem é charmoso até no andar, e é tão gato que esqueço até chego a esquecer que sou casada.
- Eu disse que viria. – Ele diz e me dá um beijo na bochecha. Fico corada ao sentir os lábios de outro homem tocar em mim. – Eu que pensei que não iria vim. – Ele continua.
- É que a reunião que tive acabou muito tarde e... – Eu tento falar, mas ele ponha o dedo indicador sobre os meus lábios.
- Shiii... Tudo bem, eu entendo.
Meu Deus, sinto o meu corpo estremecer ao toque desse homem apenas com o dedo. Que poder é esse que ele tem?
- Bem... – Falo para disfarçar. – Vamos?
- Ah sim, claro. Vamos! – Ele responde.
- No meu carro ou no seu? – Eu pergunto.
- Em nenhum dos dois. – Ele sorri.
- Não entendi! – Fico confusa.
- Vamos andando.
- Andando? Mas vai ficar muito cansativo.
- Entenda meu ponto de vista. Se nos formos de carro você não poderá explorar cada canto da cidade. Já a pé será ao contrário. Entendeu?
- Ta bem. Você tem razão. – Assinto. – Vamos andando e...
- Não se preocupe, se você ficar cansada eu lhe ponho no braço. – Ele diz e um to brincalhão.
Sinto minhas bochechas corarem na hora.
- Vou lembrar-me disso. – Por que eu disse isso? Ah que se dane, eu quero é passear.

Capítulo 5
Estamos andando e conversando sobre várias coisas. Claro que de minha parte eu estou mentindo em muitas coisas, já ele parece ser bem sincero.
- E seus filhos? Qual a idade deles? – Ele me pergunta.
- Eles têm sete anos e... Olha que lindo. – Aponto para uma estatua de um casal que avisto em frente a um shopping.
- É lindo mesmo. Essa estatua tem mais de 20 anos. Foi feita pelo próprio casal acredita?
- Sério?
- Hurum. Mas voltando ao assunto. Eles têm sete anos? Seus filhos são gêmeos?
- Sim! – Sorrio pelo modo que ele pergunta, parece surpreso. – São meus gêmeos lindos. São minha vida e...
- Alicia... Desculpe, sei que nos conhecemos agora, não sei se posso perguntá-la...
- Pergunte! – Eu o interrompo.
- Você já foi casada num foi? – Ele pergunta. – Calculei pelo o fato de você ter dois filhos e...
- Já fui casada. – Eu minto. Sei que o que estou fazendo é errado, mas o momento não me permite falar a verdade. Pela primeira vez após o meu casamento com o Zack eu estou me sentindo livre. Quero pelo menos aproveitar um pouco disso.
- Por que se separou? – Ele me pergunta. – Desculpe pela pergunta, eu não tenho o direito de perguntar isso a você, nem me conhece direito e...
- Michael! – Paro durante a caminhada. – Fique tranqüilo. – Sorrio.
- É que eu estou perguntando de mais pra você.
- Tudo bem! Eu sei que... – Paro de falar quando meu celular toca, tiro do bolso e vejo o número na tela. É o Zack, o que será que ele quer? Droga! O que vou fazer? Tenho que atender se não ele ficará enchendo o meu saco amanhã com perguntas e tal.
- Você não vai atender? – Michael me pergunta.
- Ah sim... Eu vou. Me dê um minuto por favor. – Digo e me afasto um pouco dele.
Chego em um cantinho longe do Michael e atendo o celular.
- O que você quer? – Pergunto quando atendo.
- Como assim o que você quer? Você desligou o telefone na minha cara antes de falar como foi a reunião. – O Zack grita pelo o telefone fazendo-me afastar o mesmo da minha orelha.
- Ocorreu tudo bem! – Respondo e olho para Michael que estava de costa pra mim. – Se era só isso, passe bem.
- Espere! – ele grita novamente antes de eu desligar o telefone.
- O que é agora? – Pergunto revirando os olhos.
- Por que a pressa para desligar? Arrumou uma companhia ai foi? – ele pergunta sarcasticamente.
- Vai se danar Zack. – Respondo e desligo o telefone novamente na cara dele.
Não sei como, mas parece que ele adivinhou que estou acompanhada. É melhor eu desligar o celular, sei que ele vai ficar me infernizando se eu deixar ele ligado.
Volto para perto do Michael e toco nas costas dele fazendo o mesmo virar-se.
- Desculpe. Era a minha governanta para falar sobre os meus filhos. – Mais uma mentira. Juro que se eu continuar assim meu nariz começará a crescer.
- Tudo bem. Filhos são filhos. Em fim... Vamos continuar com o passeio?
- Ah sim. Claro. – Assinto e nós continuamos andando.
Há muitas coisas legais nessa cidade. Nós estamos falando sobre tudo.
- Sério? Você já veio a Chicago? – Michael pergunta depois que digo que já vim aqui.
- Sim! Mas isso foi há muito tempo. Nem lembro mais como era aqui. – Sorrio e continuo caminhando, mas de repente tropeço em algo, sinto duas mãos me segurando quando meu corpo quase vai ao chão. – Aii meu pé! – Grito.
- Alicia? – Michael me segura. – Cuidado... Você está bem? – Ele me olha com um semblante preocupado.
Faço careta. Meu pé está doendo pra caramba. Acho que fraturei, e graças ao Michael não quebro a minha cara. Que desastrada que eu sou.
- Droga! – Murmuro. – Estou bem sim, só está doendo um pouco. Vai passar. – Digo e percebo que continuo em seus braços. Apesar da pequena dor que estou sentindo, dou apenas importância ao cheiro e ao calor que o corpo do Michael transmite pro meu. Que homem é esse? Sinto-me estremecer por dentro.
- Acho melhor levá-la a um hospital.
- Não! Não precisa, eu estou bem. Daqui a pouco irá passar. – Não gosto de hospital, e cá pra nós, os braços dele é bem melhor do que uma cama de hospital.

Capítulo 6
- Tem certeza?
- Tenho sim. Só preciso sentar um pouco.
- Ok então. Vamos sentar ali. – Ele diz me carregando até uma um banco que tem em uma praça. – Pronto. – Ele diz quando me ponha sentada no banco.
- Obrigada. – Agradeço.
Ele senta-se ao meu lado, puxa minha perna para o colo dele, tira a minha rasteirinha e começa a massagear o meu pé.
- Está doendo muito ainda? – Ele pergunta enquanto massageia o meu pé.
- Ta melhorando. – Digo fazendo cara de alivio. – Que mãos mágicas esse homem tem. E num é que ta passando.
- Que bom. – Ele sorri ao vê minha cara de alivio.
O silencio permanece já por alguns minutos, arqueio minha cabeça enquanto ele massageia o meu pé.
- Ah... – solto um pequeno gemido quando ele massageia o meu pé com mais intensidade.
- Está bom agora? – Ele pergunta e sorri, que sorriso lindo ele tem.
- Está sim. – Respondo e retiro minha pena do colo dele.
- Por que fez isso? – Ele pergunta.
- Isso o que? – Fico confusa com a pergunta.
- Tirou a perna do meu colo. Por que fez isso?
- Por que a dor já passou e além do mais...
- Não era pra ter tirado. Estava tão bom. – Ele diz e se aproxima para bem perto de mim.
- Michael o que você está fazendo? – Eu pergunto sentindo meu rosto corar.
- Eu? – Ele olha para minha boca. – Nada... Ainda.
Ele Sorri e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Eu arfo ao toque dele no meu rosto.
- Michael... – Tento falar, mas ele coloca um dedo sobre os meus lábios me impedindo de proferir algo.
- Desde quando a avistei sinto vontade de fazer isso. – Ele diz as tais palavras e em seguida toma os meus lábios em um beijo suave.
Eu poderia resisti, mas não consigo. Os lábios dele são tão macios e maravilhosos que eu acabo correspondendo.
Por um momento esqueço que sou casada, mas não sei o que está acontecendo. Conheci Michael hoje e já estamos nos beijando. Somos adultos é claro, mas é meio absurdo beijar alguém que conheci no primeiro dia, e além do mais porque eu sou casada.
- Michael eu não... – Quebro o beijo.
- O que foi Alicia? Pensei que também estava a fim. – Ele franze o cenho.
- Não é isso, é que eu...
- O que? – Ele faz um semblante curioso.
- Nada! – Decido esquecer minha vida em Los Angeles, não dos meus filhos é claro, mas sim do Zack. Então faço algo que pensei que nunca faria antes com outro homem. Lanço meus braços no pescoço de Michael e roço os meus lábios no dele sentindo sua respiração quente e seu hálito fresco. Abro passagem para ele invadir aminha boca e quando me deparo estamos em um beijo profundo e gostoso.  Sinto uma de suas mãos apertarem a minha cintura enquanto com a outra ele agarra meus cabelos por de baixo de minha nuca prendendo minha cabeça contra a dele.
Nossa. Estou me sentindo uma adolescente sentada em um banco de uma praça com o namorado. Michael tem um jeito com as mulheres e isso me encantou.
Quando cheguei aqui em Chicago pude sentir que minha vida estava prestes a mudar, tomar um rumo diferente. Será que minhas sensações se tratam disso? Ou será apenas um momento da minha vida? Eu hein.
- Nossa! – Ele me olha com um sorriso lascivo estampado em seus lábios. – Você beija muito gostoso.
Mais uma vez sinto meu rosto corar quando ele comenta do beijo.
- Você ainda não viu nada. – Por que eu disse isso? Meu Deus, estou perdendo meus pudores.
- Ah é? – Ele sorri. – Então eu quero ver mais se for preciso. – Ele diz e avança meus lábios com um sensualismo, começando com uns selinhos que logo se torna um beijo ardente e gostoso.
Mais uma vez sinto meu corpo estremecer por dentro. Uma sensação de desejo que nunca mais senti, um calor invadindo meu corpo, principalmente quando ele aproxima-se mais de mim colando nossos corpos que estão sentados aqui, nesse pequeno banco da praça que por sinal esta escura.
- Michael, tenho eu ir. – Eu digo e me levanto após desmanchar o beijo.
- Mas já? – Ele franze o cenho.
- Sim. Amanhã tenho mais uma reunião bem cedinho.
- Tudo bem! – Ele também se levanta. – Vamos, eu te levo em casa, pois já esta um pouco tarde.
- Ah sim. Vamos. – Digo e começo a andar.
Sinto uma de suas mãos lançarem minha cintura, que satisfação. Como já disse me sinto uma adolescente com esses atos.
Mas o que ele está fazendo? Nem me conhece e não sabe ele de que a metade das coisas que eu lhe falei é tudo mentiras, e a maioria das coisas que pelo menos falei a verdade eu omitir muita coisa.
Capítulo 7

Ele me leva até a lanchonete onde nos conhecemos para que eu possa pegar meu carro.
- Está entregue. – Ele diz em um tom brincalhão. – Vai poder dirigir?
- Sim. Meu pé já está bom, não está mais doendo.
- Se você quiser que eu a leve é...
- Já disse... Eu to bem.
- Ok! – Ele sorri. – Podemos nos ver amanhã?
E agora? Ele quer se encontrar mais vezes. Eu o beijei pensando que era apenas coisas de momentos. Pensei que não iria fazer mais isso, mas algo me impede de dizer não. Droga! O que estou fazendo?!
- Amanhã? É claro. – Respondo pra ele.
- Que bom. – Ele solta um sorriso. – Sabe, tem uma coisa que ainda não tenho. – Ele diz cruzando os braços.
- O que? – Fico confusa.
- Seu número.
- Ãmmm... Sério? Jurava que tinha lhe dado. – Mentira, eu não dei porque meu plano não é ficar traindo meu marido durante esses três meses. Mas parece que as coisas estão tomando rumos diferentes.
- Mas não me deu. – Ele se aproxima de mim fazendo-me dar passos para trás assim me encostando no carro. – Sabe Alicia, eu gostei muito de você e... – Ele aproxima seu rosto do meu, depois se inclina e da um cheiro no meu pescoço. – Gostaria de conhecê-la melhor.
Seu nariz roçando em meu pescoço é golpe baixo. Como posso resistir a tanta sedução? Não consigo!
 - Terá tempo pra isso. – Eu respondi.
Ta bem! Eu sei que isso não é atitude de uma mulher casada, e que não devemos fazer o que os homens fazem com a gente. Mas o que posso fazer? Não consigo dizer um simples “não” e... Sou humana, estou exposta ao pecado, e com ele tão pertinho de mim assim não consigo resistir.
- Hum... Já gostei. – Ele diz ainda cheirando o meu pescoço. – Além de linda você é muito cheirosa. – Depois de falar as tais palavras ele dá um beijo em meu pescoço. – Nem to acreditando que você está sozinha. Que sorte eu tive em conhecê-la heim.
Fecho os meus olhos e respiro fundo.
- Obrigada! – Mas agora doeu. Ele acreditou em mim mesmo. Ta, como eu disse, só mentir porque pensei que era coisa de momento. Mas já que menti fazer o que né? Nada!
- Agora vou deixá-la ir – Ele da um beijo na minha bochecha – Pois já esta tarde pra você ficar pela rua uma hora dessas.
- É verdade, e além do mais tenho que acordar cedo, pois tenho uma reunião logo pela manhã.
- Então vá.
- Sim eu vou. – Até mais.
- Até.
Viro-me e sinto ele me puxar pelo o braço.
- Ei! Não vai nem se despedir?
Posso sentir sua respiração quente e mais uma vez o calor de seu corpo.
- O que você quer? – Falo olhando fixamente para a boca linda dele.
- O que você acha? Um beijo é claro. – Ele diz e me beija com sensualidade.
Correspondo é claro. Ele tem a boca mais gostosa que já beijei. Ele é lindo e bastante sedutor. Sem falar nesses cachos soltos que são únicos.
- Ok... Agora tenho que ir. – Eu digo ofegante após desfazer o beijo.
Ele sorri e assente com a cabeça.
- Te ligo! – Ele disse. – Eii... Você não me deu o seu numero. – Ele franze o cenho.
- Espera. – Eu digo e pego o meu telefone.
- O que você está fazendo?
- Te dando o meu número. – Vou até a minha agenda e ligo para o numero dele, assim ele pôde ver a ligação e pegar o meu numero. – Agora você tem o meu numero. – Eu disse quando eu ouvir o celular dele tocando.
- Você é esperta hein. – Ele diz sorrindo.
- Né. Vai me ligar? – Pergunto.
- Claro que vou. – Ele assente.
- Vou esperar. – Digo – Tchau!
- Tchau!
Entro no meu carro e vou embora para o hotel onde estou hospedada.
Capítulo 8

Hoje o dia foi muito cheio. Soube que um dos empresários que vamos assinar um contrato está na cidade, mas não quer mostrar a cara na reunião, e nem sequer o nome dele foi proferido. Que estranho, mas tudo bem, assim que seja, tenho algo mais importante para fazer em vez de ficar pensando nesse tal empresário.
Meu celular toca assim que saio da sala de reunião:
- Oi meus amores, também estou com muita saudade de vocês. – Eu disse para os meus filhos após uns minutos de conversa. – Ta, eu prometo que ligarei pra vocês ainda hoje certo? Beijos e fiquem com os anjinhos.
Desliguei o celular.
Exatamente quando estou saindo porta a fora da empresa onde fazíamos as reuniões, um dos empresários me chama.
- Senhorita Montgomery?
 - Sim? – Olho para trás.
- Gostaria que me desse 2 minutos da sua atenção para tratarmos de um assunto do seu interesse.
- Ah sim. É claro!
Ele estendeu a mão para uma sala que estávamos em frente e adentramos a mesma.
Ficamos mais que 2 minutos é claro, até chegar ao ponto onde ele queria chegar.
... – Então é isso Senhorita Montgomery. O novo empresário está na cidade e gostaria de fazer uma parceria com a empresa de sua família.
- Me deixa vê se eu entendi! Esse tal empresário que nem quer mostrar a cara, quer fazer uma parceria com a empresa da minha família?
- Não é bem assim. Ele me disse que se apresentará apenas para a pessoa que fechará um negocio com ele.
- Que estranho. Mas tudo bem! Diga-lhe que a proposta é muito boa. Mas mesmo assim prefiro conhecê-lo antes de assinar algum papel.
- Mas senhora...
- Mas nada. Não assinarei nada com alguém sem ao menos conhecê-lo.
- Tudo bem! Falarei com ele.
- Ótimo! Passe bem senhor.
- Igualmente senhorita.
Sair da sala puta da vida. Imagina se eu vou assinar algum contrato com alguém que nem sei pelo menos o nome. Claro que não!
2 minutos depois:
Quando chego ao do lado de fora do prédio tenho uma surpresa. É o Michael conversando com alguém no telefone. Parecia preocupado e estava com o semblante sério que logo se desfez quando me avistou. Ele sorri e caminha em minha direção.
- Alicia? O que está fazendo aqui?
- Eu? Am... Estou vindo de uma reunião. E você? O que faz aqui?
- Resolvendo algumas coisas pendentes. Meus funcionários parecem que não sabem fazer nada o que mando. – Michael bufa. – É aqui que acontecem suas reuniões? – Ele pergunta surpreso.
- Sim! É aqui sim. Mas e você? Pensei que estava a passeio, quer dizer... De férias. – Eu digo, mais ainda muito surpresa. O que Michael está fazendo aqui, logo onde acontece às reuniões?
- Eu estava, mas como já disse meus funcionários não sabem fazer nada do que mando! Agora tenho que sair de minhas férias para eu mesmo resolver os problemas.
- Seus funcionários? Com... Como assim?
- Sim linda. Meus advogados. Tenho alguns contratos para fechar, mas a representante da empresa se nega a fechar só porque eu não quero aparecer, mas agora terei que ir. – Ele fala revirando os olhos.  
Puta que pariu! Não pode ser! É ele. Só pode ser ele. Michael é o empresário que quer fechar um negocio com a minha empresa e...
- Qual é o nome do seu advogado Michael? – Pergunto com medo da resposta.
- Jorge Gardney.
- O que? Me lasquei! – Disse em um tom baixo.
- O que disse?
- Eu? Nada! Disse que acho que já o vir em algumas reuniões.
Puta que pariu de novo. Isso não pode está acontecendo comigo, justamente comigo! É ele mesmo, ele que assinar um contrato com a minha empresa, e se isso acontecer ele descobrirá minha verdadeira face, o meu verdadeiro eu e no fim minha máscara cairá e eu estarei exposta a verdade, que sou casada e que tenho 2 filhos. Tenho que achar um jeito de não fechar esse contrato com o Michael sem que ele me veja.
  Capítulo 9 
- Amor... Eu adoraria ficar conversando com você, mas como já disse tenho que resolver esse assunto da minha empresa o quanto antes.
- Ah sim, é claro. – Até que fim ele precisa ir, tenho que digerir essa descoberta.
- Tchau bebe. – Ele se inclina para me dá um beijo.
- Michael... Aqui não. – digo.
- Qual é o problema?
- Nenhum, agora vai que depois a gente conversa.
- Tudo bem. – Percebo que ele fica um pouco confuso.
Ele se despede de mim e sai.
(...)

- Droga! – Grito quando chego no meu apartamento. Finalmente dei um jeito de sair da atenção de Michael hoje. – Isso não pode ta acontecendo comigo.
Admito que gosto muito do Michael, mas agora estou nessa situação que está sendo difícil de se camuflar. Já está decidido, terei que pôr um fim nessa história.
Vou ligar para o Michael e conversar com ele. O celular dele toca e no terceiro toque ele atende.
- Oi princesa!
- Oi Michael... É... – Fico um pouco sem jeito.
- Aconteceu alguma coisa Alícia?
- Preciso conversa contigo. – Eu não sei exatamente o que vou falar, mas preciso fazer isso.
- Ok! Hoje a noite no meu apartamento. – Ele responde.
- No... No... Seu apartamento?
- Sim! No meu apartamento. Algum problema?
- Na... Não... Mas...
- Então ta decidido. Te espero a noite no meu apartamento.
- Michael...
- Tchau bebe. – Ele desliga o telefone.
Filho da mãe. Agora vou ter que ir no apartamento dele e pôr logo um fim nisso antes que ele acabe descobrindo tudo e eu acabe como uma vadia mais do que estou sendo.
(...)
20:00 PM
Aqui estou eu em frente ao prédio onde fica o apartamento de Michael. Não tenho coragem de entrar, estou com medo de algo acontecer e eu acabar cedendo a toda essa loucura de minha parte. Mas já que estou aqui, lá vou eu.
Depois de ter pedido a informação a um dos funcionários do prédio onde Michael mora, aqui estou eu, em frente ao apartamento dele. Toco a campainha e ele abre a porta.
- Oi bebe. – Ele diz assim que me vê.
- Oii... – Fico sem palavras ao vê apenas vestido com uma calça pijama. Cara o Michael é... Sexy!
- Entra. – Ele abre espaço para eu adentrar o apartamento.
- Acho melhor eu voltar em outro momento. – digo para ele olhando fixamente para o peitoral dele que estava exposto pra mim.
Como vou consegui proferir algo pra ele se ele está me seduzindo de uma forma que chega até se inocente da parte dele.
- Está com medo de mim Alícia?
- Nã... Oh não...
- Já que não então entre. – Ele diz e me puxa para dentro do apartamento.
O apartamento é de bom gosto e é a cara dele. Fico calada por algum tempo enquanto ele me observa de uma forma que me deixa até com vergonha.
- Então... O que quer falar comigo? – Ele quebra o silêncio.
- Michael vou ser logo direta. – Digo com o semblante sério. – Não podemos mais no ver.
Ele senta-se no sofá e fica calado por alguns segundos até proferi uma única pergunta.
- Por que?
Não posso dizer o motivo, então tenho que inventar alguma coisa.
- Por que vai chegar o dia de eu ir embora e...
- Esse é o problema?
- Não Michael. Eu estou com medo de sofrer. Se caso continuarmos nos encontrando, e eu me apegar a você e quando chegar o dia de eu voltar para Los Angeles vou sofrer.
- Entenda uma coisa. – Ele levanta-se e caminha até a mim, pega no meu rosto e diz olhando fixamente nos meus olhos: - Eu nunca vou fazer você sofrer Alícia.
- Mais Michael eu...
- Desde o dia que eu a aviste eu disse para mim mesmo: “É ela. É ela que eu quero. É essa princesa que eu quero na minha realeza.” Você não entende Alícia? Eu estou gostando de você, e é de verdade.
Fico calada e chocada com cada palavra que ele diz.
- Você me encanta. – Ele diz olhando para a minha boca.
- Encanto? – Fico sem jeito.
- Me enlouquece e...
- Michael não... – Tarde demais. Ele me dá um beijo intenso e gostoso. Mas que droga! Eu estou aqui para pôr um fim nisso e não para ficar com ele. Então rapidamente eu saio dos braços dele.
- Alícia!
- Não Michael... Não posso fazer isso.
- Já disse que não irei te fazer sofrer de forma alguma.
- E como você vai conseguir? Eu já estou me sentindo mal em deixá-lo. Não dá. Não dá mesmo. – Digo indo em direção a porta.
- Alícia...
- Adeus Michael!
- Vai ter coragem de fazer isso?
Fico calada enquanto abro a porta.
- Eu estou apaixonado por você!
Capítulo 10

Puta que pariu, isso acabou comigo. O Michael disse que está apaixonado por mim.
- O que?
- Isso mesmo Alícia. Não sei o que está acontecendo mais meu coração só quer você.
Tenho duas vontades. Uma de sair correndo para não fazer besteira, e a outra de ficar e fazer a tal besteira. Ah que saber? Que se dane! Solto a maçaneta, viro-me e logo em seguida corro para os braços dele com um único desejo. De me entregar por inteira a esse homem.
- Ah Alícia... – Michael diz com um sorriso no rosto.
- Me beija Michael. Agora! – Digo.
Michael me olha surpreso, mas satisfaz o meu desejo. Ele me beija suavemente, um beijo com carinho, sedução, paixão, desejo e muito sentimento. Será que também estou apaixonada por esse homem?
Mas não posso, sou casada.
Michael pressiona minha cabeça contra a sua durante o beijo, coloca uma de suas mãos na minha cintura prendendo o meu corpo contra o seu. Posso sentir o seu sangue bombeando, seu corpo, seu hálito quente e gostoso. Meu Deus, que homem!
- Michael eu... Eu quero. – Digo para ele quando desfaço o beijo.
- Quer? – Ele faz o semblante surpreso.
- Quero... Quero muito. – Digo enquanto coloco uma de minhas mãos por dentro de sua calça enquanto com a outra, passo no peitoral dele.
Ouço um pequeno gemido saindo da boca do Michael.
- Tem certeza?
- Absoluta!
Michael morde o lábio inferior e avança meus lábios enquanto coloca suas mãos na minha cintura me guiando para o seu quarto, chegando no mesmo, ele  começa a desabotoar minha blusa social enquanto o meu corpo se arrepia a cada toque seu. O Michael é muito lindo e gostoso, tanto que já posso senti minha intimida se inquietar quando sinto o calor do corpo dele.
- Você é linda. – Michael disse depois que tirou a minha blusa. – E bastante gostosa.
- Ah Michael. – Sussurro no ouvido dele.
Michael desliza seus dedos nos meus braços desnudos e os acariciou-os de cima a baixo. Meu corpo estremece a cada caricia dele, tanto que passo isso para ele.
Michael passa a língua pelo o meu pescoço e eu aperto minhas mãos em seus cabelos que se encontram soltos, o que o deixa mais sexy.
- Te deixo excitada?
Passo a língua entre os meus lábios e ofego.
- Sim.
- Ótimo. – Michael diz e avança meus lábios suavemente mais uma vez. Logo em seguida ele começa a desabotoar minha calça e eu rapidamente o ajudo a tirá-la.
- Sinta. - Michael diz descendo sua mão pelo o meu abdome.
- Ah...
- O meu toque. – Ele diz já com os dedos sobre minha calcina que por sinal já estava molhada.
Michael então joga tudo que tinha em cima de uma cômoda e me coloca sobre a mesma. Ele abre minhas penas e fica entre elas.
Fecho meus olhos e sinto o Michael tocar minha intimidade me deixando insana.  
- Não me torture Michael. – Sussurro e ofego.
Michael sorri lascivamente, ai é quando eu sinto seus dedos me invadirem com força enquanto ele levanta meu sutiã e cobre um de meus seios com a boca.
- Você é uma delícia. – Michael sussurra no meu ouvido após largar o meu seio.
Michael continuava me invadindo intensamente, fazendo com o que o meu corpo esteja perto do ponto do prazer.
- Michael... eu vou...
- Isso Alícia. Se derrame. Deixe-me sentir você. – Após as tais palavras, Michael tira os dedos de dentro de mim e me invade com a língua fazendo eu me derramar.
- Já disse que você é gostosa?
- Hum... – Eu assinto em resposta com a cabeça arqueada para trás.
 Michael tira definitivamente a calcinha e o sutiã do meu corpo, também livra-se de sua calça fazendo-me salivar com o que vejo. Michael todo pelado.
Abro minhas penas para ele me devorar, mas Michael me surpreende mais uma vez. Ele simplesmente me puxa para frente, prende minhas penas na cintura dele e me tira da cômoda.
- Vai experimentar minha cama agora. – Michael diz em um tom safado.    

Capítulo 11

Michael me deita sobre a cama, já não é mais o mesmo, está transformado, sinto que ele precisa me sentir, assim como eu preciso senti-lo. Ainda sobre mim, ele puxa minha pena para a sua cintura, colando mais nossos corpos nus, fazendo com que a minha intimidade o deseje dentro dela.
- Me faça sua Michael. – Pedi com a voz rouca.
- Você já é minha. Eu vou te possuir todinha. – Ele declara possessivo.
- Então faça logo isso. – Eu já não agüento mais essa tortura. Preciso senti-lo dentro de mim, o desejo, o quero mais que nunca.
- Seu desejo é uma ordem Ali.
Michael abre minhas pernas com toda gentileza sem tirar seus olhos dos meus, posso sentir sua glande molhada na minha entrada, logo em seguida ele me penetra sem pressa alguma, fazendo movimentos lentos e por sinal bastante gostoso.
Nossas testas continuam coladas e nossos olhos entrelaçados sem desviar um centímetro enquanto ele continua me penetrando.
- Michael... Ah... – A cada movimento, a cada toque dele saem sussurros, gemidos, palavras desconexas da minha boca. Esse homem me deixa louca.
Cara... O Michael não transa, ele faz amor.
- Ali. – ele chama as inicias do meu nome. – Ta gostoso ta? – Ele me pergunta sussurrando em meu ouvido.
- Hurum... – Assinto e sinto ele me estocar de uma forma possessiva. – Ahhhh.
- E agora? – Ele me pergunta com um sorriso lascivo, e continuando me estocando freneticamente.
- Esplêndido. – Digo entre os dentes. – Continua!
Michael ponha um sorriso safado no canto dos lábios e me penetra com tanto desejo que me faz chegar ao ponto do prazer. Sinto minhas pernas tremerem enquanto ele ainda continua sobre mim, e logo em seguida sinto o líquido do Michael escorrendo dentro de mim quando ele desaba sobre o meu corpo.
 Foi o melhor sexo da minha vida.
- Agora é oficial Ali. – Michael disse depois que deitou ao meu lado.
- O que? Não entendi!
- Que você é minha. Só minha. Eu te amo Ali – Michael disse todo convicto. Poxa, não parece mais eu ainda me sinto mal por está mentindo para o Michael. Como posso ser dele se ainda continuo casada? Não! Tenho que contar a verdade para ele, e se ele me ama de verdade irá me entender.
- Michael...
- Sim Ali. – Ele me olha com aquela carinha fofa que só ele tem.
- Preciso lhe contar algo. É muito importante. – Eu digo enquanto sento na beirada da cama de costas para ele.
- Então diga.
- É que... – Respiro fundo para ganhar coragem para lhe falar. – Quando te conheci, senti que minha vida iria mudar, e na verdade mudou. Mas tem uma coisa que você precisa saber. – Michael ergue as sobrancelhas. - É que eu... – Justamente quando eu vou revelar minha verdadeira vida, o celular do Michael toca.
- Droga! Espera só um minuto amor? – Ele me pergunta.
- Ah... Si... Sim. Claro! – Digo toda morgada. Não sei se esse telefonema me atrapalhou ou se me salvou de fazer uma bela besteira.
Michael volta minutos depois e senta-se ao meu lado.
- Desculpa. Era muito importa. Não mais do que você é claro, e...
- Eu entendo Michael. – Eu digo e dou um selinho nos lábios macios dele.
- Mas sim... O que você estava falando mesmo?
Droga! E agora? Lascou!
- Eu tava dizendo que você mudou a minha vida, e aconteça o que acontecer, foi tudo por amor. Eu te amo Michael.
- Ali... Eu também te amo. Mas o que pode acontecer? – Michael pergunta confuso.
- Na... Nada amor. É coisa minha. – Digo tentando disfarça. Mas tenho certeza de que Michael ficou com uma pulga atrás da orelha. Será que agora ele está desconfiado de mim?

Capítulo 12
Já se passaram dois meses, tudo continua normal. Por enquanto ainda consigo enrolar o advogado do Michael, não sei até quando, mas tenho que manter as coisas do jeito que estão até encontrar um jeito de contar a verdade ao Michael para que ele possa me perdoar.
Hoje vamos sair. Vamos assistir a uma peça teatral que o Michael foi convidado, e está obvio que ele me chamou para acompanhá-lo.
- Vamos Ali! – Michael grita por causa da minha demora. – Já estamos atrasados.

- Já to indo! – Eu disse saindo do quarto com um vestido de estampa e clutch dourados que deixa bem a metade das minhas coxas à mostra.




  
Michael fica boquiaberta ao me vê.
- Uau... Agora sei porque demorou.
- Acho que valeu a pena, ou não?
- Com certeza valeu a pena. Sem dúvida alguma. – Ele disse aproximando-se de mim, ponha as mãos na minha cintura e me dá um beijo. – Agora vamos que já estamos atrasados.
(...)
- A peça foi linda. – Eu disse depois que saímos do teatro.
- Foi sim. Também o Jorge gasta uma bela grana para que a filha dele tenha boas aulas de teatro e...
- Jorge?
- Jorge Gardney, o meu advogado. A atriz principal da peça é a filha mais velha dele. Eu não te disse?
- Na... Não.
Estou perdida. O Jorge Gardney está aqui com certeza. Se ele me ver com o Michael irá acabar comigo.
- Ultimamente você está muito preocupada e anda muito estranha. Algum problema Alícia? – Michael fica na minha frente e pergunta com o semblante bem sério.
- Problema? Não. Só estou com dor de cabeça. Vamos embora por favor. – Digo e pego no braço do Michael na intenção de levá-lo até o carro e irmos embora.
- Aii? Calma aii! – Michael diz e puxa o seu braço. – Espere pelo menos eu parabenizá-lo. E falando nele, olha o Jorge ali. Heiiiiiii! – Michael grita quando vê o Jorge saindo do teatro com a sua filha.
- Depois você fala com ele Michael. Vamos... – Eu digo desesperada, mas Michael não me dá ouvidos.
- Michael... Que bom que você veio. E está bem acompa... Eii... então quer dizer que vocês já se conhecem? - Jorge perguntou confuso.
- Sim! Por quê? Vocês também já se conhecem? – Michael fica mais desconfiado do que confuso.
- Cla... Claro. Das reuniões, só isso. – Eu digo para tentar me camuflar, mas sem sucesso.
- Alícia Montgomery, a esposa de Zack Henry. A responsável pela empresa que se negou a assinar os contratos com a sua. Michael, ainda bem que vocês já se conhecem, assim as coisas ficam mais fáceis para os dois. - Jorge diz inocentemente, sem saber que isso na verdade é uma grande revelação sobre o meu eu.
- Como é? Acho que eu não ouvi bem? – Michael diz soltando o meu braço e olhando no fundo dos meus olhos.
- Michael... eu posso explicar. – Digo me sentindo um coelhinho indefeso diante do olhar raivoso de Michael.


Capítulo 13 

- É, você pode. – Michael diz já com a voz amedrontadora e me olhando de lado. – E tem que ser bem convincente! – Completou.
- Acho que estou sobrando aqui. – Disse Jorge. – Acho melhor eu ir.
- É Jorge, vá. – Disse Michael sem tirar os olhos dos meus que por sinal já estavam cheios de lágrimas.
Depois que Jorge nos deixa só em frente ao teatro que por sinal já estava quase um deserto, Michael continua a me olhar profundamente nos olhos com o semblante sério e bastante raivoso.                                                                                                           
- Michael... – Digo se aproximando dele para tentar acalmá-lo.
- Você mentiu pra mim. VOCÊ MENTIU PRA MIM! – Michael grita me fazendo dá um passo pra trás.
- Eu... – Tento falar, mas ele me interrompe.                                                       
- Por que? POR QUE?! – Grita mais uma vez fazendo as únicas duas pessoas que estavam no lugar nos olhar assustados.
- Tive meus motivos Michael, você precisa me ouvir. – Digo já com as lágrimas escorrendo sobre o meu rosto.
- Teve seus motivos? Que merda de explicação é essa? Você é casada Alícia! Casada!
- Mas... Michael... – Digo tocando em seu braço.
- Não toque em mim. – Michael puxa seu braço brutamente, e posso vê uma lágrima descer de seus olhos. – Você mentiu pra mim todo esse tempo, disse que não era casada, que criava seus filhos sozinha. Quem é você Alícia?
- Tive meus motivos sim Michael. – Digo e vejo Michael balançando a cabeça negativamente. – É verdade, eu sou casada sim, mas iria te contar.
- Quando? Quando iria me contar? Quando fosse embora ou quando engravidasse de mim?
- Do que você ta falando Michael?
- Não é isso que as vadias fazem? Engravidar de um cara rico? Apesar de que você não precisa. Mas... Você pensou que nunca iria ser descoberta?
Se Michael soubesse a facada no coração que ele acabou de me dá, nunca teria proferido essas palavras.
- Eu ia te contar ontem, mas o celular tocou e...
- Você não iria me contar, se quisesse teria feito isso no principio. Você queria viver duas vidas.
- Isso não é verdade. Eu sou infeliz vivendo com o Zack, ele não me ama e eu também não o amo. Eu amo você Michael.
- Deixa de ser hipócrita. Como ousa falar que me ama... – Michael diz se aproximando de mim com os olhos tomados pelo o ódio. – Se está se mostrando uma vadia!
- Não fale assim comigo! – Eu grito e lhe dou um tapa no seu peito. – Você não sabe o que eu passo. E é verdade sim, eu te amo. – Sinto uma carga de lágrimas descerem sobre o meu rosto.
- Ama nada. Mas eu sim estava falando a verdade o tempo todo.
- Você não sabe o que eu passo.
- Mas isso não é motivo para trair o seu marido. Me enganar! Eu vou acabar com você. – Michael diz sério. – Eu vou acabar com a sua vida. – Ele fecha os punhos.
- Vai me bater? Vai ser assim? Eu sei que estou errada, mas eu já te expliquei Michael, me entenda, por favor!
- Entender? Como posso entender alguém que só falou mentira pra mim? Eu não te conheço Alícia. – Michael diz pegando as chaves do carro, e passa esbarrando em mim. 
- Pra onde você vai? – Digo indo atrás de dele.
- Não te interessa. Não devo satisfações a mulheres casadas. – Ele vira-se pra mim. – E respondendo a sua pergunta, eu vou acabar com você, mas não vai ser no tapa. – E entra no carro ligando o mesmo.
- Michael! Volta aqui! – Eu vou pra frente do carro para tentar impedi-lo de sair. – Não vai embora... Vamos conversar...
- Sai da frente ou com o ódio que estou sou capaz de passar por cima. – Ele diz com muita raiva.
- Vá em frente. – Digo e quando vejo o carro se movimentando percebo que ele está disposto a passar por cima e mim, então eu saio. – Michael, Michael, Michael! – Grito batendo na traseira do carro vendo o mesmo ir embora. – Droga!
E agora? O que eu faço? O Michael descobriu tudo, vou perder a única chance de ser feliz. Mas isso tudo é culpa minha, se eu tivesse contado a verdade pra ele desde o início, acho que ele poderia até me entender. Tarde demais, não vou me desesperar porque eu sabia que isso iria acontecer, a besteira já foi feita e agora é só esperar a desgraça acontecer.

Capítulo 14
Por Michael:
A sensação de ser traído é horrível. Eu não sou o marido dela, mas eu me sinto traído. Estou me sentindo um idiota. Como ela pôde fazer isso comigo? Eu me apaixonei por ela, parecia ser tão sincera, é linda, encantadora, mas por de baixo disso tudo existe uma mulher indecente. Droga! Como pude me deixar ser enganado? Eu me apaixonei por ela, na verdade eu já a amo, e o pior, eu acreditei que ela também me amava. Tudo mentira. Quem ama não faz o que ela fez. O meu coração está partido, mas também está sobrecarregado de ódio. Ela não sabe com quem mexeu, pareço ser legal, na verdade eu sou legal, mas triste dela que mexeu com o homem errado. Acabou de decretar uma guerra onde acabarei com ela.
- Jorge? Preciso de que consiga algo pra mim. – Eu digo por telefone para o meu advogado.
- Michael, você está bem?
- Melhor impossível Jorge! – Digo sarcástico.
- Michael...
- Vamos Jorge... Depois eu te conto. – Jorge além do meu advogado é meu amigo, e sempre está ao meu lado quando mais preciso.
- O que quer que eu faça Michael?
- Quero que consiga o endereço da Alícia Montgomery em Los Angeles. E é pra ontem! – Disse.
- Da Alícia? Então...
- Já disse Jorge. Depois conversamos. Assim que consegui o que lhe pedi entre em contato comigo.
- Tudo bem Michael. – Ele assentiu e ambos desligamos o telefone.
No momento estou possuído pelo o ódio. Se existe uma coisa que eu não suporto é o fato de ser enganado. Se eu soubesse que ela tinha outra vida jamais tinha me envolvido com ela. Com certeza o objetivo dela era viver duas vidas, e eu feito um bobo achando que ela me amava. Droga! Juro que não sou desse tipo de homem que fica com mulheres comprometidas. Mas ela irá me paga, custe o que custar!
(...)
Algumas horas depois o Jorge me liga.
- Anote o endereço Michael, que eu já consegui. – Ele disse.
- Ótimo! – Respondi e ele me disse o endereço.
- O que irá fazer Michael?
- Obrigado Jorge. Depois nos encontramos. – Digo e desligo o telefone sem responder o Jorge.  
- Agora sim Alícia, é a minha vez de te pega. – Eu disse com malicia.
Faço uma mala urgente, ligo mais uma vez para o Jorge para ele comprar uma passagem urgentemente para Los Angeles, como sempre ele ficou me enchendo de perguntas, mas eu o repreendi e ele se conformou.
Destino: Acabar com a Alícia Montgomery.
O meu celular toca bastante, mas não vou atender porque a chamada vem do celular da Alícia. Está bem querendo me persuadir com mais mentiras. Até parece que ela me engana mais.
(...)
Acabo de chegar a Los Angeles. Meu desejo de vingança está cada vez maior. Eu só vou descansar quando cumpri o objetivo com o qual vim na mente. Já tenho tudo o que preciso. O endereço da Alícia e do marido dela, e a revelação na boca.
Acabo de chegar em frente a casa da Alícia, toco a campainha e logo uma senhora atende.
- Pois não. – Ela disse.
- Aqui é a casa do Zack Henry? – Eu pergunto.
- É sim.
- Ele se encontra?
- Sim. Como é o seu nome?
- Meu nome não importa agora, por favor, diga a ele que é muito importante. – Eu digo.
- Claro! Só um momento. – Ela assentiu e foi chamá-lo.
Depois ela volta.
- O senhor Henry disse que pode entrar e esperar só um momentinho que ela já vem. – A senhora diz.
- Tudo bem. Obrigado! – Eu adentro a casa e vejo muitas coisas que me deixa puto. Porta retratos da Alícia junto com o Henry, parecia ser mais jovem. Mas tem um que me chama mais atenção. Duas crianças lindas, provavelmente são os filhos dela.
    

  
- Oii? – Ouço uma voz docinha vindo da escada. – Quem é você? – É uma das crianças da foto, a menina. Fico até sem jeito de falar com a menina já que estou ali pra acabar com a raça da mãe dela. – Está esperando meu papai?
- Sim. – Consigo responde. – Como é o seu nome?
- Aline. O do meu irmão é Alison e o da minha mãe é Alícia. – A menina diz inocentemente pra mim. Droga, essa menina me encantou com o jeitinho fofo dela. Como ela pode ter uma mãe tão safada com Alícia? As coisas irão mudar.
- Seu nome é lindo, Aline. -  Digo e ouço alguém, descendo as escadas.
Deve ser o Zack.
- Olá! Eu o conheço? – Ele pergunta. Parece um cara bem sacana pela a cara de mal humorado que ele tem.
- Ainda não, e nem precisa. Só estou aqui para lhe falar algo do seu interesse e desmascarar a sua mulher! – Eu digo com a voz bem séria.
- Aline? Vá já para o quarto!
- Mas papai...
- Eu disse já para o quarto! – A menina assente e sai.
- O que dizia mesmo? – Zack pergunta, mas antes de eu responder a campainha toca. 

Capítulo 15 

Essa noite não consegui dormir. A cena do Michael descobrindo tudo sobre mim ainda permanece na minha cabeça. Não queria que isso terminasse assim, mas como já disse, a culpa é minha.
Já tentei ligar pra ele tantas vezes, mas só cai em caixa de mensagem.
“Irei acabar com você, mas não vai ser no tapa.”
Mas é claro! Como eu não pensei nisso antes? O Michael foi atrás do meu marido para acabar comigo.
- Droga! – Grito com raiva de mim mesma.
Rapidamente ligo para o aeroporto e compro uma passagem urgente para voltar pra Los Angeles. Preciso impedir o Michael, se não ele irá acabar com a minha vida.
Assim que entro no avião, ligo para a minha casa pra ver se ainda está tudo bem.
- Alô? – Dora, a governanta atende.
- Dora? Sou eu, a Alícia. Está tudo bem por ai? – Eu pergunto com medo da resposta.
- Está sim dona Alícia. Está tudo bem?
- Ah... Sim está sim. Obrigada Dora. – Fico com um grande alívio no coração. Ainda bem que o Michael ainda não chegou, assim eu posso chegar primeiro e evitar algo de pior. Pois vi nos olhos de Michael um ódio nunca visto antes.
Assim que chego a Los Angeles, corro para minha casa na expectativa de não encontrar Michael por lá, me desmascarando para o meu marido.
Chego na porta e toco a campainha, e logo Dora atende.
- Senhorita Alicia! – Ela diz assim que me vê.
- Dora, cadê o... – Eu pergunto entrando na casa, mas não termino a pergunta quando vejo o Michael e o Zack no centro da sala de estar olhando pra mim.
- Olha Zack, chegou quem faltava. – Michael diz sarcástico olhando pra mim.
- Michael não faça isso! – Eu bradei desesperadamente.
- Do que vocês estão falando? – Zack pergunta já sem paciência.
- Sabe o que é Zack? É que eu conheci a sua mulher em Chicago...
- Michael, por favor, não faça isso. Deixe que eu faço! – Acho que se eu mesma dizer ao Zack, o impacto será menor.
- Não! Eu faço questão de dizer Alícia. – Michael diz debochando de mim.
Pra mim agora tanto faz. O Zack já deve estar desconfiado do que se trata a visita de Michael e a minha chegada tão abruptamente.
- O que está acontecendo? Falem – Grita Zack impaciente.
- Está vendo essa mulher aqui que é casada com você? Pois bem, ela te traiu. – Michael disse. - E com o cara que estava prestes a fechar um contrato com a sua empresa, mas certamente ela descobriu que esse cara era eu e ficou se escondendo. Ela te chifrou comigo, só que... Ela também me enganou.
- O que?! Como assim? Do que você está falando?
- Isso mesmo! Ela se envolveu comigo e disse que não era casada. Mas olha que surpresa, ela é, e com você! 
A minha ficha ainda não tinha caído até o Michael proferir as tais palavras. Puta merda, agora eu me lasquei de vez. Fico em pé com a cabeça baixa, com os olhos cheios de lagrima que percorrem sobre o meu rosto. Eu não posso fazer mais nada, minha vida já está acabada, ficarei na lama, porque sei que o Zack fará de tudo para que isso aconteça, e o que eu mais temo, é que ele queira tomar meus filhos de mim.
- Que tipo de brincadeira é essa Alícia?
Eu queria poder dizer que era uma brincadeira, mas não posso. O Michael está bem diante de nós pronto para desmascarar qualquer mentira que eu me atrever a inventar.
- Zack eu... Sinto muito. – São as únicas palavras que eu consigo proferir antes de cair no choro mais uma vez.
- Pois é meu caro. A sua mulher me conheceu, disse que não era casada, que criava seus filhos com a ajuda de uma governanta e olha mais uma vez, era tudo mentira. Tudo mentira. – Michael gritou.
- Cara, você só pode ta de sacanagem não é? – O Zack pergunta sem querer acreditar no que está ouvindo.
- Não cara, eu estou falando sério. Até transamos. – Essa é a gota d’água.
- Por que você não se defende Alícia? Porque?
- Não está obvio? Porque é verdade. Não é mesmo Alícia? – Michael pergunta debochando mais uma vez de mim.
- Michael pelo o amor de Deus, já chega! – Eu estourei – Você já fez o prometido, já acabou comigo... Mas agora pare!
Michael me olha com a cara de debochado e dá três palmas.
- Olha ai. Até que fim decidiu falar a verdade. – Enquanto ele fala, o Zack me olha com a cara feia. – Agora sim, eu posso ir. – Ele passa por perto de mim e fala. – Boa sorte com a sua futura vida desgraçada. – E foi embora.

 Capítulo 16

Quando o Michael vai embora o Zack permanece calado, apenas esperando uma explicação minha.
- Vou pegar minhas coisas. – Eu digo sem olhá-lo nos olhos.
- Não, você não vai. – Ele diz. – Agora somos só nós dois!
Sinceramente, que se dane. Ele já sabe do que eu fiz mesmo, e menti pra que?
- É verdade Zack! Você quer que eu diga mais o que? – Eu disse enxugando as lágrimas.
- E você ainda me diz na maior cara de pau? Será possível que eu vivi durante todos esses anos morando com uma vadia? – Ele disse.
Eu ri.
- Será Zack? – Ironizei. – E porque será heim? Você nunca foi um marido pra mim mesmo! – Joguei na cara dele.
- Você é uma vadia, não vale nada. – Ele diz aproximando-se de mim. – Sabe o que é bom Alícia? É que eu posso acabar com você sem fazer nenhum esforço.
Pelo o que eu vejo o Zack não está tão preocupado. Acho que essa traição até foi boa pra ele de alguma forma.
- Já chega Zack. Vou pegar os meus filhos e ir embora. – Eu disse indo em direção a escada.
- Você não vai a lugar nenhum! – Ele me puxa pelo o braço.
- Vou pegar os meus filhos! – Bradei.
- São os meus filhos também, e não permitirei que eles cresçam sob o mesmo teto que uma vadia!
O que? Não pode ser! O que eu previ está se cumprindo.
- Você não vai ficar com os meus filhos.
- Só não vou ficar eles, como também ficarei com tudo que é seu!
- Olha aqui seu... – Eu me aproximo para estapeá-lo, mas em questão de segundo, sinto um lado do meu rosto ferver pelo  tapa que ele me dá. Olho com a mão no rosto pra ele incrédula, pois ele nunca tinha me batido antes.
- Saia da minha casa agora! – Ele grita.
- Eu não vou sair daqui sem os meus...             
- Mãe? – Alison me chama no topo da escada, enquanto Aline segura no braço dele com a cara assustada. – Vocês estão brigando?
- Voltem para o quarto agora!
- Não filhos, venham com a mamãe! – Eu grito desesperada esperando que eles desçam correndo as escadas.
- Dora, levem eles para o quarto! – Como a Dora sempre teve medo do Zack, não seria por mim que ela ousaria desobedece-lo. Então ela pega os meninos e os leva.
- Você é um desgraçado! Eu quero meus filhos. – Avancei nele estapeando o seu peito. Ele segura minhas mãos e me leva porta a fora da casa. – Me solte, eu quero os meus filhos.
- Você nunca mais verá os seus filhos. E só volte aqui quando eles não tiverem, para pegar as suas coisas. – Ele me joga no chão e bate a porta na minha cara.
- Eu quero os meus filhos. – Eu me levanto desesperada e começo a bater como uma louca na porta.
- Senhorita Alícia, por favor, vá embora. – Olho para cima e vejo a Dora com o semblante assustada na janela. – Depois a senhora aparece e pega os seus filhos.
- Cadê eles Dora? - Grito chorando.
- Estão no quarto brincando. Consegui convencê-los de que não estavam brigando. Mas se a senhora continuar ai eles vão perceber. – Ela pediu com uma voz de suplica. Ela sabe que é o melhor, pois se meus filhos verem, saberão que eu e o pai deles brigamos, e eu não quero ver meus filhos vivendo entre eu e Zack assim.

Capítulo 17 
Por Michael:
As vezes uma traição é o suficiente para que tenhamos coragem de nos olhar no espelho e ver o quão estúpido que fomos. Fui traído por uma pessoa que eu admirava tanto, uma pessoa que quando eu olhava para ela eu dizia “Obrigado Deus, pelo presente que me deste”, pela pessoa que eu estava apaixonado, e sem mentiras, ainda estou apaixonado por ela. Mas a raiva tomou conta do meu ser, e confesso que o que fiz foi algo impulsivo. Mas o que eu poderia fazer, a Alícia me enganou e ela tinha que pagar por isso, só lamento pelo os filhos dela, e sinceramente, do fundo do meu coração, eu desejo que eles não sofram com isso e nem com a mãe que tem, são apenas crianças e não merecem.


 (...)
Saí de Chicago com algumas pendências por causa do ocorrido, mas acho que isso não importa mais, já que o Zack me expulsou de casa não é necessário eu voltar lá e terminar o trabalho.
Depois daquele dia a minha vida não é mais a mesma. O Michael cumpriu o que disse e o Zack está fazendo o que eu mais temia. Já liguei várias vezes para poder falar com a Aline e o Alison, mas ele não deixa. Já o ameacei em colocá-lo na justiça, mas ele me ameaça de volta com argumentos bem inteligentes contra mim. Lógico que ele se refere a traição, e imagina, meus filhos saírem nas ruas e todos saberem que a mãe deles cometeu adultério. Não! Eu não quero isso pra eles.
E enquanto ao Michael, eu também liguei pra ele, mas pelo o que parece, ele mudou de número. E sabe o que é o pior disso tudo? É que eu ainda não consigo me arrepender de ter me envolvido com o Michael, claro que eu sabia quais eram as conseqüências caso ele descobrisse, mas eu me apaixonei por ele esse tempo e... Agora eu sofro por duas razões. Pelos os meus filhos e pelo o Michael.
- (...) E foi isso o que aconteceu Mel, estou perdendo os meus filhos e estou apaixonada por ele. – Eu contava em meio aos prantos para uma prima minha que me acolheu em seu apartamento.
- Calma Ali. – Ele me abraça. – Isso vai passar.
- Não, não vai, o Zack não quer me dá os meus filhos, eu sei... – Eu continuo chorando. – Ele é ruim. Nenhum juiz dá a guarda dos filhos às mães que comentem adultério, isso é mal exemplo, eu sei disso mel, já trabalhei com casos assim antes.
- Nós podemos contratar um advogado e tentar.
- E se não der certo? – Pergunto enxugando as lágrimas do meu rosto.
- Vamos tentar!
Assinto com uma pequena esperança dentro do meu coração que terei os meus filhos de volta.
- Então amanhã bem cedinho irei ligar para o Sr. Fits e vê o que ele pode fazer por você. Agora trate de esquecer esse tal de Michael e descanse tudo bem?
- Tudo bem. – Eu assinto mais uma vez. – Obrigada por tudo prima. – Agradeci e ela sorriu pra mim.
  (...)
O dia já nasceu e eu estou ansiosa para falar com o advogado.
- Você está pronta Alícia? – Mel me pergunta bem de frente a porta do escritório do advogado.
- Sim! – Eu respondo, mas é mentira, eu não estou bem. Não sei se é por causa do nervosismo ou algo que comi me fez mal.
Mas em fim... Entramos na sala do Sr. Fits que já estava a nossa espera, nos apresentamos e logo comecei a falar tudo, desde o princípio.
- (...) Então é isso Sr. Fits, o Michael foi até a minha casa, contou tudo para o Zack meu marido e ele não deixa eu ver os meus filhos. – Eu termino.
- Esse é um caso muito complexo, você sabe, e analisando bem um ponto do outro, com certeza você perderá a guarda das crianças.
- Mas Sr. São os meus filhos, não posso perde-los. Tá, eu sei que errei, mas eu tenho dinheiro, tenho condições, e também sou advogada. – Eu digo com o meu corpo tremendo.
- Sim, é claro, você é advogada, mas não pode se defender. Presta bem a atenção, o máximo que eu posso consegui é a autorização para você ver as crianças quando quiser.
- Mas eu não quero apenas isso, eu os quero. – Eu grito e me levanto da cadeira.
- Eiii Alícia, calma! – Mel diz. – Não precisa gritar. Primeiro vamos consegui a autorização para você vê-los e depois a gente vê o que podemos fazer.
- Tudo bem! – Eu respiro fundo. – Me desculpe Sr. Fits, é que eu...  – Paro de falar quando sinto uma tontura e um calafrio invadirem o meu corpo e uma breve escuridão cobrir a minha visão.

Capítulo 18 

Abro lentamente os meus olhos, fico olhando para o teto com a vista ainda meio embaçada. Onde estou? Que lugar é este? Lembro de que estava no escritório do Sr. Fits com a Mel e... Não me lembro de mais nada. Sento-me na cama e vejo que a Mel está sentada em uma poltrona olhando pra mim. Ela sorri.
- Mel? – Sento-me na cama e franzo o cenho.
- Você desmaiou querida. – Ele diz ainda com o pequeno sorriso no rosto.
- Droga! – Murmuro. – Eu não entendo, eu...
- Alícia, você tem sentindo enjôos nesses últimos dias? – Mel pergunta. Ela tem um semblante preocupado.
Eu não entendo, porque a pergunta?
- Um pouco. – Ela arqueia as sobrancelhas – Tudo bem, muito. – Reviro os olhos. – Mas o que isso tem haver?
- E as tonturas? – Ela pergunta mais uma vez.
- Também. Mas o que isso tem haver?
Ela olha pra mim e nesse momento, parece está pensando em algo ou imaginando algo.
Não! Não pode ser! Meu subconsciente grita.
- Mel... Você não está pensando que eu...
Mel me olha intensamente, ela levanta-se, caminha até a cama onde estou sentada e senta-se junto.
- Acho que você está grávida. – Ela diz, eu rio.
- Não, não pode ser. – Eu balando a cabeça negativamente e desfaço o sorriso sem graça que estava nos meus lábios. – Mel, não pode ser, eu... – Ponho as duas mãos na minha cabeça e me levanto.
- É uma hipótese. – Mel diz.
- Mas eu não posso está grávida agora, não agora. – Digo aterrorizada.
- Só um exame dará a resposta.
- Eu não vou fazer nenhum exame, eu não estou grávida. – Eu digo sem nenhuma convicção, mas na verdade eu estou com medo de que essa hipótese seja verdadeira.
-  Alícia, você sabe que essa hipótese pode ser mais verdadeira do que imaginamos. Você tem dois filhos e sabe qual são os sintomas de uma gravidez.
Eu estou andando feito uma louca pra lá e pra cá dentro desse quarto desconhecido por mim. Agora foi que eu percebi, isso aqui uma espécie de clinica, eu não sei direito.
- Mel, onde estamos?
- Em uma clinica. – Ela murmura sem olhar pra mim.
- O que? Em uma clinica? Mel o que você fez?
- O que tinha que ser feito. – Ele levanta o olhar pra mim. – Autorizei o seu exame de gravidez e eles fizeram.
- O que? – Fico de boca aberta tentando articular algo em mente para falar. – Você autorizou e... Qual foi o resultado? – Pergunto sério.
- Ainda não saiu. Só daqui há, – ela olha para o relógio – meia hora.
Droga! Droga! Droga! Droga mil vezes.
- Só daqui há alguns minutos saberemos se está grávida. Ah sim... E sobre a causa dos seus filhos, o advogado já está correndo atrás dos seus direitos.
- Que bom. – Digo ainda com a mente preocupada sobre esse exame. 
O silencio permanece por alguns minutos dentro dessa sala, até que a Mel profere algo.
- Se o exame der positivo o que você vai fazer? – Eu olho pra ela sem uma resposta exata.
- Eu não sei. – Balanço a cabeça.
- E quanto ao... – ela faz rodeio – Michael? – franzo o cenho – Certamente ele é pai, não é?
O meu Deus!
- Mel... To perdida se der positivo. – Digo aterrorizada. – O meu Deus. – Coloco as mãos na cabeça. Alguém bate na porta e entra chamando a minha atenção e da Mel.
- Olá. Vejo que está melhor. – É o doutor. – Me chamo Danis. – Apertamos as mãos.
- Alícia. – Me apresento. Tento pôr um sorriso no rosto.
- Bem... Tivemos que fazer um exame em você, pois você desmaiou de um modo tão repentino segundo a sua prima, e aqui está o resultado. – Ele estende um papel e eu pego.
Eu olho para Mel e em seguida para o papel.
- Parabéns, você está grávida. – O doutor diz e com um sorriso largo no rosto e sai da sala.
Agora sim eu posso dizer que realmente, sem dúvida alguma, com toda convicção, que estou ferrada. Estou grávida. Meu Deus, e agora? As chances que eu tinha de seguir em frente acabaram de ir embora através de um pequeno papel que se encontra em minhas mãos.
O que eu vou fazer? Claro que o Michael é o pai, e ele me odeia. Droga!
- Grávida Mel? – Falo com olhos lacrimejando. – Não! Não! – Me encosto no canto da parede e escorrego nela ainda chorando.
Mel levanta-se e corre até a mim, ajoelha-se e pega minha cabeça colocando ela no seu colo.
- Calma Alícia, calma. Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. – Ela tenta me acalmar.
- Estou grávida de um homem que me odeia Mel, o Michael me odeia.
- Não, ele não te odeia. – Ela levanta minha cabeça e olha nos meus olhos. – Ele está magoado com você e por isso demonstra isso. Mas tenho certeza que quando ele souber desse filho vai ficar tudo bem.
- Não! – brado – Ele não pode saber dessa gravidez. – Digo e me levanto. – Não pode. – Enxugo as lágrimas.
- E por que não Alícia?
- Por que não! – Respondo.
Do jeito que o Michael se comportou diante daquela descoberta, o que ele será capaz de fazer se souber que espero um filho seu? Não, ele não pode e nem irá saber dessa gravidez. 



Capítulo 19 – Último capítulo
(...)
Depois que sair daquela clinica, confesso que me deu uma vontade enorme de ligar para o Michael e dizer que em meio disso tudo, um fruto do nosso amor está a caminho. Mas só fiquei na vontade mesmo, meu subconsciente gritou mais alto me impedindo de fazer isso.
Hoje o Sr.Fits ficou de me dá uma noticia sobre o caso dos meus filhos, ainda bem, eu já estava agoniada sem vê eles, continuo ligando, mas o Zack ainda não me deixa nem sequer falar com as crianças e isso não me dá uma dor só no peito, isso dói na alma.
A mel me disse que era melhor eu ficar aqui até as coisas se acalmarem, eu concordei e aqui estou, no apartamento dela.
- Alícia, o Sr. Fits chegou. – Mel diz já pulando do sofá para abrir a porta.
- Sr. Fits, que bom que chegou, já estávamos ansiosas. – Mel diz assim que abre a porta. – Pode entrar, fique a vontade.
O Sr. Fits entra e senta-se na poltrona de cor marrom que tem em minha frente.
- E ai Sr. Fits? O que conseguiu ao meu favor? – Eu pergunto ansiosa, na expectativa de que os meus filhos voltem pra mim.
- Bem, - ele abre a sua maleta e pega uns papéis – Eu tentei fazer o máximo, mas infelizmente você só poderá ver os seus filhos. A não ser que a Sr. Queira colocá-lo na justiça para ganhar a guarda das crianças.
- Perfeito! – Mel diz – Ela é a mãe, e independente do erro que ela cometeu, isso não a faz deixar de ser a mãe deles, eles precisas dela, precisam de uma mãe.
Tiro meus pés de cima do sofá onde estou sentada, os coloco no chão, ponho as mãos no meu rosto e ambos sobre o meu colo e começo a pensar.
Eu sei que os meus filhos precisam de mim assim como eu preciso deles, ele são tudo pra mim, eu os amo e daria a minha própria vida por eles, mas acho que agora terei que tomar uma decisão muito difícil pra mim, mesmo eu tendo um pouquinho de chances de ganhar a guarda dos meus filhos eu tenho que fazer isso, principalmente agora que estou grávida.
Levanto a cabeça com os meus olhos já lacrimejando e digo o que tenho em mente.
- Não! – Eu digo com a voz rouca por conta do choro.
- Não o que Ali? – Mel franze o cenho.
- Não vou querer a guarda dos meus filhos. – Eu digo quase me arrependendo, mas não, tenho que fazer isso.
Mel e o Sr. Fits me olham sem entender nada.
- Como assim Ali? Você ta maluca? – Mel diz.
- É pro bem deles.
- Mas você é a mãe, e...
- Mel, já disse, é pro bem deles. – Eu digo pra Mel de cabeça baixa, depois levanto a mesma e olho para o Sr. Fits. – Sr. Eu só preciso poder ver as crianças.
- Tudo bem. – Ele assente. – Com esses papeis você já pode vê-los quando quiser. – Ele me estende os papeis e eu os capturo.
- Ótimo! Muito obrigada.
Mel só observa com a cara mais confusa do mundo. Acho que ela está pensando que eu enlouqueci.
- Disponha. Quando precisar sabe onde me encontrar. Agora vou indo já que acabamos. – Ele levanta-se e eu faço o mesmo, apertamos as mãos e ele vai embora.
- Alícia, o que você está fazendo? – Mel pergunta assim que o Sr. Fits vai embora.
- É o certo a se fazer. – Digo sério e olhando pra ela. – Mel, eu estou grávida, grávida de um homem que não é o pai deles, o que direi pra eles quando eles souberem dessa criança. – Respiro fundo. – Eu tenho que ir embora.
- O que? E pra onde você vai?
- Eu não sei Mel, eu não sei. Vou conversar com as crianças, me despedi delas depois irei embora.
- Isso é loucura. – Mel diz balançando a cabeça em reprovação. – Mas tudo bem, se você quer assim, que assim seja.
- Obrigada por apoiar.
- Eu não apoio, só não posso fazer você mudar de ideia. Mas o que irá fazer?
- Vou sair do estado, passarei uns meses sem dá as caras, até a poeira abaixar, e...
- Ou seja, até a criança nascer. – Mel diz na lata. – Não é isso? Você vai embora para esconder esse filho e depois quando ele nascer você volta. Acertei?
- A única coisa que eu quero, é ver os meus filhos bem, não quero que meus filhos sofram. – Respondo. – Mas todos os dias ligarei para eles e inclusive ainda hoje irei vê-los.
- É né, você é quem sabe. – Mel olha pra mim balançando a cabeça negativamente mais uma vez. Eu dou de ombros.

(...)

Estou em frente a casa onde eu morava com o Zack, estou com o coração mais aliviado só em pensar que estarei frente a frente com o meus filhos. Mel está comigo.
Toco a campainha e logo Dora abre a porta, ela fica de boca aberta e com o semblante assustado quando me vê.
- Senhorita Alicia? – Ela diz gaguejando.
- Olá Dora, vim para ver a Aline e o Alison. – Digo sério.
- Mas Senhorita, eu não posso deixá-la entrar. – Ela diz com a voz tremula. Eu sei que ela falou isso porque certamente o Zack lhe deu alguma ordem, e com o medo que ela tem dele, então né.
- Dora, sei que você está apenas cumprindo com o seu trabalho, mas eu tenho o direito de ver os meus filhos. – Lhe entrego uma cópia da autorização e ela me olha pasma.
- Mas...
- Mas nada Dora, deixe-me entrar ou então eu darei o meu jeito. – Digo sério.
Dora assente e abre espaço para mim e a Mel adentrar na casa. Subo as escadas correndo com a Mel me acompanhando e entro no quarto das crianças.
Eles estão brincando, são tão unidos e... Lindos, meus bebes lindos.
- Mamãe? – Alison diz assim que me avista. Parece surpreso. – Olha Aline, é a mamãe. – Completou.
Um sorriso largo se estende no meu rosto assim que eles correm até a mim. Me abaixo e os prendo em meus braços.
- Filhos eu tava com tanta saudade de vocês. – A saudade é tão grande que minha vontade é de pegar eles e fugir para um lugar onde ninguém possa nos encontrar. Mas não posso.  
- O papai disse que você viajou e iria demorar. – Aline diz. Eu não entendo. Por que o Zack disse isso sabendo que essa não é a verdade. Poderia ter falado coisas que pudesse deixar meus filhos contra mim.
Olho para a Mel que está na porta e ela dá de ombros.
- Olhem queridos, essa é Mel, a prima da mamãe e de vocês também. – Eu me levanto e puxo a Mel pelo o braço. – Digam OI para a Mel.
- Oi Mel. – Eles assentem. Mel ri.
- Eles são tão fofos, a última vez que vi eles, pareciam menor. – Eu rio com o comentário da Mel.
- Eles cresceram rápido. – Eu digo alisando os cabelos dos dois.
- O que você está fazendo aqui? – A voz do Zack ecoa pelo o quarto. Rapidamente olho para ele, parece um cão raivoso.
- Vim ver os meus filhos. – Digo firme e coloco Alison e Aline atrás de mim.
- Vá embora agora ou então... – Ele se aproxima de mim.
- Ou então o que? – Estamos a centímetros um do outro.
-Heiiiii, calminha ai. – Mel entra no espaço há entre nós dois. – As crianças estão olhando. – Completou.
Olho para mel e... Ela tem razão, as crianças não têm que passar por isso. Dou passos para trás e fico perto das crianças.
- Olha aqui Zack, eu vim na paz. – Digo. – Só precisava ver os meus filhos antes de ir embora.
- Então você vai embora. Hum... Perfeito. Além de ser uma vádi... – Ele diz, mas logo se lembra das crianças. – Você vai abandoná-los. Que mãe maravilhosa é você.
- Eu não vou abandoná-los. Foi você mesmo que os tirou de mim, não deixou que eu os visse durante todos esses dias, e você não sabe o quão isso foi doloroso pra mim. – Falo em tom alto. – Mas como eu viajei, – estico o “viajei” para lhe mostrar que eu já sei o que ele disse as crianças – tenho que voltar novamente.
- Pois bem. Que vá! – Ele diz sarcástico. – Boa viagem querida!
As crianças ficam nos olhando sem entender nada, e é melhor assim.
- Crianças, vão chamar a Dora pra mamãe, por favor. – Eu me abaixo e peço para eles chamarem a Dora, só que isso é só uma desculpa para que eles não ouçam o que irei falar com o Zack. Eles assente e saem do quarto.
- Olha aqui Zack, - me levanto e ando em direção a ele – eu não vou permitir que você tire os meus filhos de mim. – Agora estou mais uma vez frente a frente com ele.
- Se eu quiser eu tiro. – Ele responde.
- Nem por cima do meu cadáver. – Digo com um sorriso malicioso. – Eu vou ficar fora por um tempo, mas todos os dias ligarei para eles e ai de você se não deixá-los atender. Completo.
- Sabe Alícia, - ele cruza os braços - você até era um bom exemplo de mãe, até se deitar com outro homem sendo casada. – Debochou de mim.
- Ah Zack, deixa de remoer essa história, - digo sarcástica e rindo -  você nunca foi um marido pra mim nesses últimos anos, e cá pra nós, não sentia nada quando transava com você. – Completo e vejo o ódio invadi o seu olhar.
Mel fica tipo uma estatua com a boca aberta tipo um “O” com o que acabei de dizer.
Já estou farta com tudo isso. Tudo bem que trair o Zack não foi à maneira mais correta de tentar ser feliz, mas fazer o que? Aconteceu, e não posso mais voltar atrás e muito menos me lamentar por isso. Não me arrependo.
- Isso não me atinge Alícia. – Ele responde.
- Ótimo!
As crianças entram no quarto com a Dora.
- Mandaram me chamar? – Dora pergunta.
- Sim Dora, preciso de um favor seu.
- Ela não lhe deve favores, você não é mais a patroa dela. – Zack se intromete, como sempre.
- Perante a lei, eu ainda continuo sendo a sua esposa e mando no que quiser aqui. – Brado. Ele balança a cabeça em reprovação.
- Dora, eu estou indo embora, ficarei fora por alguns meses e preciso que cuide das crianças pra mim. – Digo depois que pego as duas mãos dela.
- Será um prazer Senhorita Alícia. – Ela assente.
- Obrigada Dora. Agora estou mais confiante em ir sabendo que que meus filhos estarão em boas mãos. – Eu rio.
- Cuidarei deles como se fosse meus próprios filhos. – Ela diz.
- Mas mamãe, a gente gosta muito da Dora, mas queremos você aqui. – Alison diz segurando a minha mão. Me derreto toda ao ouvir isso.
Me abaixo para ficar a altura dele, pego na sua mãozinha e a beijo.
- A mamãe tem que viajar meu amor, mas eu prometo que ligarei pra vocês todos os dias ok? – Puxo Aline para perto. – A mamãe vai voltar logo, eu prometo.
- Ta bem. – Eles assentem com a voz triste. Fico triste também, mas é o certo a se fazer.
- Agora dêem um beijo na mamãe que ela tem que ir. – Eles me dão um beijo, cada um em uma bochecha. - Obedeçam ao pai de vocês e a Dora também, ouviram? – Eles assente com a cabeça.
- Sentiremos saudades de você mamãe. – Aline diz.
- Eu também flor, mas como já disse, vamos nos falar todos os dias. – Pego dois pequenos colares infantis com a letra “A” e coloco neles. – Isso é pra vocês lembrarem da mamãe ok?
- É lindo. – Aline diz.
- Agora tenho que ir mesmo amores. - Me levanto. Dora, agradeço desde já pelo o que você vai fazer por mim.
Ouço um “hipócrita” vindo da boca do Zack, mas não dou importância.
- Enquanto a você Zack, caso eu ligar e você proibir das crianças atenderem, aqui está a autorização judicial. – Bati o papel no peito dele que logo pegou.
Ele analisa o papel e dá um sorriso sem graça.
- Vamos Mel. – Chamo a minha prima logo depois de ter se despedido das crianças. Mel assente e saímos não só do quarto, mas da casa também.
Agora vai ser assim, ficarei longe dos meus filhos por um erro que cometi, mas isso é pro bem deles, eu não vou abandoná-los, só preciso de um tempo para pôr as idéias no lugar e esperar essa criança nascer.
Depois que a criança nascer, irei trabalhar para mim mesma, abrirei o meu próprio escritório de advocacia, irei criar essa criança com o mesmo amor que criei o Alison e a Aline e por fim, lutarei para recuperá-los.
Manterei minha decisão em não dizer ao Michael que espero um filho dele, é melhor assim. Que ele viva a vida dele e eu viva a minha. Só espero não encontrá-lo um dia desses sem querer, assim será mais fácil de esquecê-lo. Isso se eu conseguir.

Continua na 2ª temporada.

#Anne

40 comentários:

  1. Opaa !! Que começou bem :)
    Continua *-*

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  2. Continua Pfv, está muito bom, sem Duvida essa tá sendo uma das melhores histórias do blog!

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  3. Continua , ta muito boa a fic !! Quero saber oque que o Michael vai fazer com ela ! u.u

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    1. Obrigada flor por estar aqui. Espero vê-la sempre. Bjs e até mais. :*

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  4. Ha continua flor por favor quero sabe o que ela vai falar pra ele

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    1. Capítulo já postados flor. Agradeço a você e as demais por estar sempre aqui.
      Bjs e até mais. :*

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  5. Ah... continua logo pfv

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  6. Tá mt FoDa *-*
    Continua pfv :)

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  7. Continua eu ja to curiosa .so faltava alicia ficar gravida dele .eita ai a confusão ta feita mais ainda poste logo bjus

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  8. Posta logo estou anciosa ta otima igual a musica qual mulher nao se deixaria levar pela aquele sorriso lindo

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    1. É vdd... Nem me fala. Acho que eu tbm... ah, deixa pra lá rsrsrsrsr

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  9. Ta muito bom , claro que eu vou querer a segunda temporada *-*

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  10. Está maravilhoso continua
    Pfv :)

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  11. Opa meninas... Primeiro agradeço por estarem aqui, eu adoro vcs. Mas em fim... Cheguei com mais. Espero que gostem e boa leitura. Bjs

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  12. Vai rola a 2ª temporada néh?

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    1. Vai sim flor. Logo estarei explicando o foco da segunda temporada. Bjs :*

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  13. Finalizada amores. Espero vocês na 2ª temporada.
    Bjs e até lá. :*

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  14. Amei o fim da primeira temporada!! Esperando a segunda ansiosa!!! <3

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  15. Obrigada amores. Novidade! Ela já está em produção e logo logo estarei postando. Bjs e até lá. :*

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  16. Quando vai posta o resta tô ansiosa por faor

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  17. OMG amei ... Aguardando ansiosa a segunda temporada ❤

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    Respostas
    1. Ah, mais uma leitora. <3
      Obg amore. Te espero lá.

      Bjs :*

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