Autora: Anne Santos
Sinopse
Desde pequena, eu Cristine Mery, a Rainha da
Escócia era desejada pelos países adversários por meu país e minha coroa. Fui
mandada à França para me casar com o próximo rei, o Delfim, para salvar a mim
mesma e o meu povo. Esse casamento deveria me proteger, mas as coisas não
saíram do jeito planejado. As forças se conspiraram, forças do trono e forças
do coração.
Gênero: Crossover
Capítulo 1
Quando o alarme tocava em plena a
madrugada, coisa boa não era. Tinha duas opções: Ou algo estava em chamas, ou
alguém estava tentando me matar novamente. Sempre foi assim desde os meus 7
anos de idade. Sempre vivi atrás dos conventos com as freiras me protegendo a
mando dos meus falecidos pais.
Meu nome é Cristine Mary a rainha
da Escócia. O fato de tudo isso acontecer foi à questão do meu noivado com o
Príncipe Francis, o futuro rei da França. Nossos pais eram aliados no intuito
de manter a paz entre os dois países, e por isso decidiram que nos casar seria
a melhor coisa futura para os dois países.
Quando os meus pais morreram,
outros países viviam me perseguindo, pois se eu me casasse com o futuro rei da
França, eles iriam perder vantagens, inclusive perder várias batalhas já que
teriam dois países aliados.
Francis era o meu noivo que eu
não o via há muito tempo, eu iria me casar com ele, não só iria se
apoderar da Escócia por direito, como também iria reinar na França.
- Vamos Cristine! – Gritou Cate,
a freira que era responsável pela minha segurança. – Vamos, temos que sair
daqui depressa! – Ela bradou.
- São eles de novo? – Perguntei
levantando da cama.
- Sim menina. Vamos você está em
perigo! – Ela estava desesperada, pois se algo me acontecesse, seria ela que
iria se responsabilizar.
Olhei pela pequena janela que
havia naquele quarto e vi uns guardas do lado de fora tentando entrar no
convento. Rapidamente senti Cate me puxar porta afora daquele quarto, estava me
levando para uma espécie de passagem secreta. O incrível era que eu já estava
acostumada a passar tudo isso, já que vivi toda a minha infância e o inicio da
minha adolescência fugindo para sobreviver.
- Pra onde está me lavando Cate?
– Eu perguntei quando estávamos correndo por aquela passagem secreta.
- Para um lugar seguro! – Ela
respondeu.
Nós continuamos correndo até
chegar em uma saída onde ela me puxou para dentro de uma carruagem que havia um
senhor no comando, e me levou para um lugar longe dali.
Parecia tudo previsível por eles, mas não é pra menos, não foram eles que escolherem proteger a rainha da
Escócia, essa tarefa que lhes foram dadas.
- Pra onde vamos agora Cate? – Eu
perguntei quando vi que ela já estava mais aliviada.
- Chegou a hora menina. – Ela
disse olhando para o nada pela janela da carruagem.
- A hora de que? – Eu perguntei
sem entender do que ela estava falando, até que me dei conta. – O meu Deus, eu
já fiz... 18 anos. A idade em que terei que casar com o... Príncipe Francis. – Eu disse incrédula. Havia se passado tantos
anos que eu até tinha esquecido aquele noivado.
- É menina, chegou a hora de se
apoderar de tudo o que é seu por direito.
- Mas Cate...
- Suas amigas da Escócia estarão
lá, garotas que brincaram com você na infância. Estará mais segura na Corte Francesa.
Você é quase uma mulher e Francis quase um homem, logo se casará com ele pela
sua fé e pelo o seu povo. Pela Escócia. – Ela segurou o meu rosto com as duas
mãos. – Ele vai amar você...
- Não sei se isso importa.
- Importa pra você. Tome. Leve
isso com você. Terá que se apresentar diante de todos como a noiva do Príncipe.
– Ela me estendeu uma maleta, pelo jeito dela falar, era um vestido
apresentável.
Eu sabia que o que ela estava
falando era verdade, eu era a verdadeira rainha da Escócia e não podia deixar o
meu povo de lado, principalmente agora que ela estava passando por um processo
difícil em vários aspectos, e me casando com o Francis, eu teria tudo para ajudar a
Escócia.
- Você chegará na França em dois
dias.
- Sentirei sua falta. – Eu disse
pra Cate, pois sempre foi ela quem me protegeu durante todos esses anos.
- Eu também menina, mas agora é
hora de você seguir a sua verdadeira vida, o que foi decretado pra você e o
Príncipe Francis. Ah sim... Por falar nele, ele é lindo. – Ela riu de lado e eu
ri junto.
-
Cate?!
- Mas é
verdade menina. Você irá se apaixonar quando vê-lo.
-
E se ele não gostar de mim? – Eu perguntei insegura.
- Ele
irá gostar sim, Você é linda. – Ela segurou a minha
mão.
- É o
que eu espero. – Eu suspirei.
(...)
Capítulo 2
Quando
cheguei na França, especificamente no castelo, eu estava bem
apresentável, graças a minha protetora Cate que antes de me mandar para a
França, me deu uma mala junto com um vestido deslumbrante.
Quando desci da carruagem, estavam
todos a minha espera. Estava até as minhas damas de horas que eram as minhas
amigas que Cate tivera falado.
- Cristine?! – Gritou uma delas
quando me avistou.
- Lola? Mabel? – Eu fiquei feliz
por vê-las ali, e também porque agora teria pelo menos duas pessoas que conhecia
por perto, assim não me sentiria uma estranha naquele castelo.
Elas seguraram nos seus vestidos
e se abaixaram um pouco diante de mim, me cumprimentando, logo depois tomaram a
postura.
- Como você está... Grande. –
Disse Lola com os olhos arregalados.
- Claro que ela está grande. Não
temos mais 7 anos Lola. – Mabel disse divertida.
- Vocês estão... Diferentes. – Eu
disse e abracei as duas de uma só vez, mas quando fiz o ato elas saíram dos
meus braços um pouco sem jeito. – O que foi meninas?
Elas olharam uma para a outra
como se estivesse com medo de falar.
- Nós não podemos abraçar você Cristine.
– Disse Lola sem jeito e olhando para o chão.
- O que? E por que não?
- Você é a rainha da Escócia
Cris, noiva do futuro rei da França.
- Eu não estou nem ai pra isso. –
Eu bradei. – Vocês não são apenas as minhas damas de honra, são as minhas amigas
e eu exijo que quando eu necessitar de um abraço vocês me apertem em seus
braços. – Eu disse com um pequeno sorriso nos lábios, não queria passar o tom
de autoridade pra elas. Elas sorriram e assentiram.
- Veja, eles estão vindo. – Lola
disse quando o Rei Henry II estava se aproximando.
- Aquele é o rei Henry, mas
aquela é a Clarissa? – Eu perguntei quando avistei uma mulher que nunca tinha
visto antes. Era linda, de pele morena clara, cabelos cacheados logos e...
Extremamente linda. Mas certamente não era a Rainha.
- Não, ainda estão esperando por
ela. Minha cara rainha, você perdeu muitos acontecimento por aqui. – Mabel
disse.
- Então... Quem é ela?
- Aquela é a Diane Jackson,
amante do rei. - Mabel dizia enquanto todas nós olhávamos para ela.
Alguns minutos depois se
aproximou um homem com passos longos e firmes. Alto, moreno claro, de olhos
negros, cabeça erguida, com alguns cachos sobre o seu rosto, lindo,
extremamente lindo.
Lola que nunca tivera visto o
Francis antes, perguntou:
- Aquele é o Francis? Ele é
lindo.
- Não, aquele não é o Francis, eu
tenho certeza. – Eu disse sem tirar os olhos do rapaz. O estranho foi que ele
parou ao lado do rei como se fosse alguém bem intimo.
- Então aquele deve ser o... O
Michael Jackson – Lola disse incrédula. – O filho bastardo do rei. Filho da
Diane.
Foi ai que ficou tudo claro.
Aquela mulher que estava ao lado do rei era a mãe do tal rapaz que levava o
nome de Michael. Se bem que os dois se pareciam, a cor da pele, os cabelos, os
olhos. Realmente não negavam que eram mãe e filho.
- Então o Francis tem um irmão
mais velho? – Eu perguntei estranho. – Que novidade.
- Ouvir dizer que é o favorito do
rei. Também não é pra menos. Ele é um deus grego.
- O Francis também é muito
bonito. – Eu disse tentando defender Francis já que ele era o meu noivo. Mas
falando sério, eu não fazia ideia de como o Francis estava, sua aparência. Mas
aquele filho bastardo do rei realmente era um deus grego, e fiquei hipnotizada
porque ele não tirava os olhos de mim.
Sai do meu transe quando a rainha
Clarissa foi anunciada. Ela caminhou se postando ao lado da amante do rei,
olhou para a mesma e deu um passo pra frente. Todos se ajoelharam diante dela.
Ela estava do mesmo jeito como o ultimo dia que a vi, só que um pouco mais
velha.
Olhei para o lado e vi outro
rapaz vindo em direção a mim. Com certeza esse era o Francis. Aproximou-se mais
e agachou-se um pouco diante de mim em forma de cumprimento, eu fiz o mesmo.
- Não acredito. – Eu disse e dei
um sorriso para Francis.
- Vossa Majestade.
- Não... Me chame de Cristine,
por favor. – Eu disse ainda com o sorriso nos lábios e ele assentiu com outro.
- Você está diferente, quase não o reconheci. Está... Maior. – Todos riram com
o meu comentário.
- Isso parece surpreendente? –
Ele perguntou divertido.
- Não, já que suas pernas sempre
foram maiores que as minhas. – Eu respondi e ele riu. – Odiava isso quando éramos crianças, mas agora, elas caem bem em você. – ficamos olhando um para o
outro por alguns segundos.
- Venha! – Ele estendeu o braço e
eu apoiei o meu no mesmo. Caminhamos por todas aquelas pessoas nos olhando com
um semblante feliz, exceto algumas. Percebi que a mãe do Francis não estava
gostando nada daquela união, certamente tinha se arrependido de ter feito
aquele noivado quando éramos crianças. O porquê disso, eu só iria descobrir ao
decorrer do tempo.
Capítulo 3
Quando a noite caiu, eu já estava
bem instalada no meu quarto separada das minhas damas de honra. Era tudo lindo,
a decoração era realmente de uma realeza. Até lindos vestidos já havia dentro
do closet, e eram todos meus.
Como eu havia passado pouco tempo
com o Francis desde que cheguei a corte, eu decidi procurá-lo. Queria
conhecê-lo mais já que há poucos dias seriamos marido e mulher.
Saí do meu quarto e caminhei pelo
os corredores daquele castelo enorme, a cada cantinho daquele lugar eu me
lembrava do tempo em que eu e o Francis brincávamos.
As lembranças vieram em
minha mente e pararam até que cheguei a um quarto meio familiar. Entrei no
mesmo e lembrei-me de que aquele quarto foi meu durante o tempo que passei
naquela corte. Sorri com as lembranças que tinha daquele lugar, fui até a janela
e pude ver que a vista de lá ainda era linda. Fiquei parada na janela
paralisada por alguns minutos até ouvir uma voz que ecoou naquele quarto tirando-me
do devaneio.
- É lindo não é? – A voz
masculina, porém doce e suave me perguntou. Na mesma hora me virei e fiquei
paralisada diante daquele homem que estava ali. – O que foi... Você não fala?
- Ah... É... O que você está
fazendo aqui? – Foi a única coisa que conseguir falar.
Realmente a presença
dele me deixou sem jeito.
Ele riu.
- Aqui é o meu quarto. – Ele
disse me deixando surpresa. – Eu que pergunto: O que você está fazendo aqui?
- Oh meu Deus. Me... Me... Me
desculpe. – Gaguejei e ele riu. – Do que você está rindo? Eu não sabia que esse
era o seu quarto. – Eu falei nervosa.
- Eu sei. Por isso está aqui.
Esse era o seu antigo quarto quando criança. Acredito que veio visitá-lo, só
não imaginava que ele já tinha um novo dono.
Eu tentei falar algo, mas aquele
homem me deixava sem fala.
- Sou Michael Jackson, Vossa
Majestade. – Ele abaixou-se um pouco diante de mim em forma de cumprimento.
- Você é o... – Não consegui
completar a pergunta. Achei que perguntando sobre ele ser o filho bastardo do
rei seria algo inconveniente da minha parte.
- Sim! Sou o filho bastardo do
rei. – Ele respondeu em um tom tranqüilo. – Não se preocupe, eu não ligo.
- Oh... Não era isso que eu iria
perguntar. – Mentira, era isso sim. – Você é filho do rei. Nossa isso foi uma
novidade pra mim. Não sabia que o Rei tinha um filho mais velho do que o
Francis.
- Pois é. Acho que o rei gostava
de pular os muros do castelo. – Ele disse brincalhão. – E deu no que deu não é?
Eu não falei nada, apenas ri com
o jeito dele de falar. Ele parecia ser um cara legal além de lindo. Mas era o
filho bastardo do rei e certamente eu não podia ficar muito perto dele para não
atrair maus olhares pelo o castelo.
- Desculpe. Eu tenho que ir. – Eu
disse com a voz falha.
Ele assentiu e se abaixou me
cumprimentando mais uma vez.
Caminhei rapidamente pelos os
corredores daquele castelo com medo de que alguém descobrisse que eu estava a
sós em um quarto com o filho bastardo do rei. Mas quando passei em frente a uma
porta, algo me chamou atenção. Eram gemidos de um homem e de uma mulher que
vinham daquele quarto. Achei estranho, pois a voz era familiar, era a voz do
Francis. Foi ai que decidi bater na porta.
- Francis? – Eu o chamei temendo
de que ele abrisse aquela porta e eu o visse lá dentro com outra mulher. Isso
acabaria comigo. Seria um desastre pra mim ver o meu noivo com outra mulher.
- Cristine? – Francis me perguntou
diferente assim quando abriu a porta. – O que faz aqui?
- Eu só... Estava procurando
você. – Eu respondi enquanto tentava vê se tinha alguma mulher dentro daquele
quarto.
- Pra que? – Ele perguntou.
- Por que... Francis... Você está
sozinho? – Eu não agüentei e perguntei quando percebi que ele estava todo desgrenhado.
- O que você acha que está
fazendo Cristine? Não pode chegar até o meu quarto sem ser anunciada. – Ele
respondeu com uma tamanha ignorância que eu me sentir um coelhinho indefeso.
- Você é o meu noivo e...
- Exatamente. Entenda, se um dia
você chegar a ser a rainha da França, precisa saber de uma coisa: Reis não
devem satisfações as suas esposas. – Ele
disse e fechou a porta na minha cara. Francis estava tão diferente. Nem parecia
aquele homem que eu tinha reencontrado pela manhã.
Minha vontade foi de sair
correndo dali, não só de frente da porta do quarto de Francis, mas também do
castelo.
Corri para perto de um lago que
havia atrás do castelo, peguei algumas pedrinhas que havia no chão e comecei a
lançá-las na água.
- Droga! – Bradei. – Stirling...–
Gritei mais uma vez quando o cachorro que me acompanhava correu para dentro da
floresta. – Não, Volte! Starling! – Era só o que faltava naquele momento.
Corri atrás do cachorro para
trazê-lo de volta, mas novamente o filho bastardo do rei apareceu montado em um
cavalo gritando o meu nome.
- Cristine?
Eu continuei correndo atrás do
cachorro, mas senti meu corpo ser agarrado por duas mãos grandes e delicadas.
Capítulo 4
- Não, não, espere! Cristine! –
Michael me segurou, virou-me de frente pra ele, pude sentir suas mãos segurando
minha cintura delicadamente, o calor do seu corpo, seu cheiro masculino, seu
hálito quente. Michael era um encanto.
Mas naquele momento eu estava voando, estava com raiva, com raiva do Francis
que nem me dei conta de que o Michael estava olhando fixamente para os meus
lábios, só pude perceber depois.
- Stirling... Ele correu pra
floresta e...
- Ninguém pode entrar nessa
floresta. Alias... Você nem deveria ter saído do castelo sozinha. – Ele disse
ainda com as mãos em minha cintura. Continuava olhando pros meus lábios.
- Mas o cão... – Olhei para a
floresta tentando ver se avistava o cachorro.
- Deixe-o ir. – Ele disse
fazendo-me olhar pra ele confusa. – Não entre naquela floresta. Está me
entendendo? – Dessa vez ele me olhava nos olhos com o semblante sério.
- Por que não? Eu poderia ter
pegado o meu cão se não tivesse me impedido. – Bradei. – Agora ele vai se perder.
- Eu o trarei de volta. Eu
prometo. Acho até que ele vai voltar antes de eu achá-lo. – Ele desfez o
semblante sério e passou a falar com uma voz branda. – Quem não gostaria de
estar aqui no castelo? – Ele perguntou e na mesma hora eu abaixei a cabeça com o
semblante triste.
- Michael... – Eu tirei suas mãos
da minha cintura e me virei para sair dali.
- Exceto, você talvez. – Ele
supôs e pegou no meu braço com delicadeza. – Não queria está aqui não era? –
Ele perguntou pra mim com o olhar carinhoso. – Preferia está junto com um bando
de adolescentes tramando contra o mundo não é? – Ele perguntou divertido e eu
ri.
- Pelo menos com elas eu me
divertia perturbando as pessoas. – Respondi divertida.
- Quem sabe você possa voltar pra
lá. Por mau comportamento.
- Você é atrevido.
- E você está chateada, mas não é
só por causa do seu cão. O que foi que o Francis te fez? – Ele foi logo direto
com a pergunta.
- Pergunte ao seu irmão. – Eu
respondi e me virei para olhar novamente para a floresta. – Qual é o motivo
dele ser um mal-humorado.
Percebi que Michael se divertia
com a minha cara, tanto que riu quando proferi a palavra “irmão”.
- A propósito, como lhe disse,
somos meios-irmãos. Não temos nada em comum, a não ser o pai. – eu ri
- Como posso ter a certeza disso?
– Perguntei pra ele.
- Verá com o tempo. Ah sim... Meu
irmão é um burro em tratar mal uma mulher tão... Linda como você. – Ele dizia
enquanto olhava pra mim com um sorriso encantador. Não pude deixar de notar sua
beleza facial. Seus olhos eram lindos ainda mais de perto, sua boca bem
delineada, nariz afilado, traços do rosto perfeitos e seu cheiro masculino que
insistia em entrar por minhas narinas.
Saí do transe quando o cavalo de
Michael começou a rinchar.
- Ficarei grata se puder
encontrar o meu cão. – Eu disse olhando para boca de Michael e logo sair de sua
frente.
- Encontrarei o seu cachorro, -
Ele respondeu enquanto eu saia de sua vista.
(...)
No dia seguinte houve uma festa na corte
para receber algumas visitas. Eu ainda não tinha visto o Francis desde a noite
anterior que ele me tratou mal.
Arrumei-me rápido com a ajuda das
minhas damas de horas e desci para o salão onde estava havendo a festa. Quando
cheguei no mesmo, estava tudo lindo e bem organizado. Todos estavam dançando,
estava na maior alegria. Mas eu não, estava só, pois o Francis praticamente
havia me chutado da porta do quarto dele.
Encostei-me em uma coluna que
havia no canto do salão e passei a observar a festa, até sentir duas pessoas me
puxarem pro meio do salão.
- Vamos Cristine. Vamos dançar! –
Lola e Mabel me arrastaram pro meio daquele salão e realmente eu pude sentir
que não estava sozinha.
Começamos a dançar, parecia que
todos os meus problemas e todas as minhas magoas tinham sumido de dentro de mim
quando avistei o Michael se aproximando do centro do salão sem tirar os olhos dos meus. Eu parei no meio de todos e a cena era como se o mundo estivesse parado para nós dois. Eu
olhando para Michael e ele olhando pra mim.
Capítulo 5
Tirei os olhos de Michael quando
percebi que o Francis estava me olhando do outro lado. Com certeza ele tinha
percebido como o Michael me olhava e como eu lhe retribuía.
- Cristine! – Francis
aproximou-se de mim e me estendeu a mão para que eu o acompanhasse na dança. E
assim eu fiz.
Começamos a dançar lentamente, e
pude perceber que o Michael não estava mais naquele salão.
- Me desculpe pela forma como a
tratei ontem à noite. – Francis disse bem pertinho do meu ouvido enquanto
dançávamos. Eu apenas assenti com a cabeça e continuei o acompanhando naquela dança.
- Estava com problemas e acabei descontando em você que não tinha nada haver.
Mais uma vez me desculpe.
- Tudo bem Francis. – Assenti
mais uma vez olhando nos seus olhos.
- Você está linda. – Riu com um
sorriso bonito nos lábios.
- Obrigada! Você também está
ótimo. – Eu disse. – Me desculpe, mas eu não estou me sentindo muito bem. – Eu
disse e sai daquele salão deixando o Francis parado no meio do mesmo. Eu sei
que parecia uma forma de me vingar pelo o que ele fez comigo, mas não era.
Realmente eu estava me sentindo mal, não estava à vontade.
Fui para fora do castelo atrás de
algo para me distrair. Resultado: Encontrei o Michael sentado na beira do lago
onde nós tínhamos conversado no dia anterior. Estava com uma garrafa na mão,
certamente era vinho pelo rótulo.
Quando ele percebeu que alguém se
aproximava, olhou rapidamente e notei uma expressão no seu rosto feliz assim
quando me viu.
- O que foi agora Vossa
Majestade? – Ele perguntou olhando para o lago e jogando pedrinhas no mesmo.
- Posso?
- Claro que pode. Isso tudo será
seu um dia. – Ele respondeu.
Eu me sentei ao lado dele e
fiquei o observando por alguns segundos.
- O que? – Ele perguntou se
sentindo constrangido por mim.
- O que bebe? – Me referia a
garrafa que ele estava nas mãos.
- O que bebo? Vinho francês.
- Posso?
- O que? Você quer beber vinho? –
Ele gargalhou. – Me desculpe Vossa Majestade, mas a senhora não pode beber
vinho na garrafa de outro homem, a não ser a do seu futuro marido.
- E daí? Isso pra mim é
frescuras. – Eu disse e logo em seguida capturei a garrafa da sua mão e tomei
um gole do vinho.
Ele me olhou incrédulo com a
minha atitude. Eu realmente era louca e isso muitos ainda não sabiam.
- Você é maluca sabia? – Ele me
disse rindo. – Eu deveria dizer a você para pegar leve. – Me olhava ainda com
um sorriso no canto dos lábios.
- Mas não vai. – Eu respondi e
dei de ombros. Continuei bebendo o vinho.
(...)
Algumas horas depois já estávamos
bêbados, bom, pelo menos eu estava. Minha vista já estava embaçada e minha boca falando
coisa com coisa.
- Todos são livres pra sair, se
estivessem infelizes. Mas eu estou aqui presa, sem nenhum recurso. – Eu estava
falando coisas sem sentidos enquanto Michael prestava atenção em mim como se
estivesse se divertindo com o meu estado. E continuei falando. – Ele é livre
pra fazer o que quiser e com quem quiser. – Tomei mais um gole do vinho. – Acha
que estou exagerando? – Franzi o cenho quando perguntei pra ele. Percebi que já
estava falando demais. – Estou entediando você?
- Não. Só acho que se embriagar
não é o seu forte Vossa Majestade. – Michael comentou rindo da minha cara e do
eu jeito desengonçada de ser bêbada.
- Olha aqui Michael... Não fique
rindo de mim certo? É a primeira vez que eu digiro bebida alcoólica. – Eu dizia
divertida erguendo a garrafa. – E ah... Antes que eu esqueça, pare de me chamar
de Vossa Majestade, assim eu me sinto uma velha. – Ele gargalhou com o que eu
disse.
- Tudo bem Vossa... Quer dizer,
Cristine. Assim está bem?
- Está ótimo!
- É incompreensível. – Ele disse
mudando totalmente de assunto, agora com os olhos bem fixos nos meus e com o
semblante agradável.
- O que?
- Francis ter você. Por que
procuraria outra? – Ele falou tão meigo que eu não consegui
resisti.
Fiquei o encarando surpresa pelo
o que disse, olhei para os lábios dele e em questão de segundos o beijei.
Nos primeiros segundos ele não me
correspondeu, também não era pra menos, eu havia tomado os seus lábios de um
modo imprevisível.
- Me desculpe! – Eu disse quando
larguei os lábios dele. Ele me olhava de um jeito malicioso. – Eu não deveria
ter feito isso. – Eu disse com o rosto ruborizado.
- É... Você não deveria ter feito
isso. – Falou com os olhos fixos nos meus. – Eu que deveria. – Depois das tais
palavras sentir ele me puxar pelo o braço e tomar os meus lábios com um beijo
suave, porém gostoso. Aquilo foi inesperado.
Senti as suas mãos sobre a minha
face. Depois de alguns segundos nossas línguas duelavam num ritmo rápido que eu
não sabia quem ia ganhar.
Nunca passou pela minha cabeça em
sentir o gosto da boca do irmão bastardo do Francis, mas aquele era O BEIJO, já
que eu nunca tinha beijado ninguém antes.
Quando Michael colocou uma mão na
minha cintura, senti o meu corpo estremecer ao toque dele, ofeguei. O ar já
tinha ido embora, então infelizmente tive que desfazer aquele beijo gostoso que
o Michael tinha me dado. Fiquei com medo de que alguém nos visse ali. O que
iriam pensar de mim? O que iria fazer com o Michael? Afinal, ele tinha acabado
de beijar a noiva do futuro rei da França. Claro, foi com o meu consentimento,
mas quem iria acreditar?
- Não deveríamos ter feito isso.
Eu estava com raiva e você... – Em um instante parecia que a minha consciência
tinha voltado ao normal. – Sinto muito. Foi um erro.
Corri dali o mais depressa
possível, fiquei com medo de alguém ter nos visto.
Capítulo
6
Naquela mesma noite, quando
voltei para o castelo, descobrir que tinha inimigos por lá também. Quando
entrei na banheira, sentir meu corpo amolecer, não tinha forças para me
levantar, tinha alguma coisa errada com a água.
- Socorro! – Eu gritei por ajuda.
Mas até a minha voz estava fraca. A minha sorte foi que uns dos soldados que
estava passado pelo o corredor ouviu minhas suplicas e clamou por ajuda.
E adivinha quem entrou no quarto?
- Cristine?! – Michael correu e
me tirou da água, em seguida tirou o seu casaco e colocou sobre o meu corpo nu.
– O que houve? – Ele me perguntou enquanto me acolhia em seus braços.
- Estava passando e a ouvi pedi
socorro e... – Disse o guarda que me ouviu.
- Fez bem em chamar ajuda Chay. –
Disse Michael.
- Onde está o Francis? – Eu
perguntei com o corpo tremulo. Pois quem deveria estar ali era ele, o meu
noivo.
- Eu não sei. – O Michael
respondeu.
Foi ai que eu percebi que o
Michael sempre estava por perto, em vez do Francis. Como podia ser? O Francis
era o meu noivo e deveria cuidar de mim. Mas parece que essa missão era dada ao
irmão bastardo dele que sempre estava por perto.
- O que está acontecendo aqui? –
Entrou à rainha Clarissa, a mãe do Francis. E vendo o olhar dela enquanto o
Michael me segurava eu sair dos braços dele.
- Alguém tentou me matar. – Eu
disse, mas dessa vez com a voz firme. – Me asseguraram de que eu estaria segura
aqui na corte francesa. Mas não é o que está parecendo! – Bradei.
- Fique calma querida. – Clarissa
se aproximou de mim. – Nos deixe sozinhas, por favor! – Ela pediu aos guardas,
Michael olhou pra mim e eu assenti. E assim nos deixaram sozinhas.
- Como você pede pra mim ficar
calma se tem alguém tentando me matar? – Eu perguntei ironicamente saindo de
perto dela.
- Talvez isso tudo não passa de um
mal entendido?
- Claro que não! Alguém quer me
matar, e esse alguém é da corte. – Eu disse convicta.
Não pude deixar de notar a sua
expressão. Ela estava com medo de que eu descobrisse algo, algo que ele tivesse
envolvida.
- Não faça uma tempestade em copo
d’água Cristine. – Ela tentou disfarçar. Caminhou até o closet, pegou uma
roupara e estendeu-me. – Tome. Se vista! – E saiu me deixando sozinha no
quarto.
O problema das pessoas da corte,
era que pelo o fato de ser jovem, pensavam que eu era tola. Estavam enganados.
Todo o tempo em que vivi de convento em convento, aprendi que não se deve
confiar nas pessoas. Mas eu não desconfiava de todos, mas sim de uma, a rainha
da França. Sim! Com certeza ela estava por trás dessa tentativa de assassinato
contra mim. E como já havia dito antes, o porquê eu iria descobrir depois.
(...)
No dia seguinte, seria o dia em
que eu e o Francis teríamos que soltar nossos barquinhos de madeira para
oficializar mais uma vez o nosso compromisso.
“Os arrependimentos estão por toda a parte. Que maravilha!” - Ouvi a
Rainha Clarissa comentar com uma de suas damas de honras. Certamente, estava se
referindo ao meu noivado com o seu filho.
Olhei para o Francis, ele nem
sequer falou alguma coisa. Ele olhou pra mim, depois desviou o olhar e foi até
a moça loira que estava com um sorriso estampado nos lábios.
Cochicharam algo
inaudível para os meus ouvidos, e depois ele a guiou para longe dali com a mão
na cintura dela.
Eu fiquei com a cara mais tola
vista por alguém antes. Ele tinha feito isso mesmo? Pior que sim. Perante as
leis dos Reis e Rainhas, o Rei tem direito de ter uma amante quando desejar. Só
que ele ainda não era rei, mas eu não podia questionar, eu não sabia o que
aquela moça tinha com ele.
- Você está bem Cristine: - Lola,
a minha dama de honra me perguntou quando viu o meu semblante arrasado.
- Não. – Eu disse olhando para o
chão. – O arrependimento é um sentimento horrível. – Certamente eu já sabia o
motivo do Francis ter feito aquilo comigo. Ou Michael já tivera falado pra ele
sobre o beijo que demos, ou... Ele mesmo viu com os próprios
olhos. Mas a
primeira opção era que estava percorrendo em minha mente.
Não pensei duas vezes e fui tirar
satisfações e perguntar o porquê do Michael dizer ao Francis sobre aquele
beijo.
Entrei no castelo, fui logo
direto ao quarto do Michael, nem pedir licença e adentrei o mesmo impulsiva.
- Por que você fez isso? – Perguntei assim que entrei no
quarto, mas me surpreendi quando o vi.
Capítulo 7
Michael estava apenas de calça
deixando amostra o seu peitoral, abdômen, seus braços e... Era magro, porém bem
definido. Estava com uma veste nas mãos, pelo o que parecia, tinha acabado de
sair do banho.
- Ow... Me desculpe! – Eu disse e
me virei para não olhá-lo. Pude sentir meu rosto corar.
- Não desculpo! O que você está
fazendo aqui? – Ele perguntou. – Sabe que não pode vir aqui.
- Quero saber o porquê você disse
ao Francis sobre o nosso beijo?
- O que? Eu não disse nada a
ninguém! – Ele respondeu tranqüilo.
- Ok. Tudo bem. – Respirei fundo
e me virei para olhá-lo, mas ele ainda continuava sem as vestes de cima. – Pode
pôr uma camisa, por favor? – Eu pedi. Não iria consegui falar sério com aquele
homem quase pelado diante de mim.
Ele assentiu e rapidamente fez o
que eu pedi.
- Pronto Vossa Majestade! – Ele
esticou o “Vossa Majestade”. Irritei-me com isso, mas continuei.
- Não queria falar sobre isso,
mas está claro que precisamos. – Eu disse. – Aquele beijo...
- Sim... Lembro-me dele. –
Ironizou.
- Eu não estava sóbria, e você
também não estava não é?
- Você quer que eu me arrependa
também, não é? – Ele me perguntou em um tom tranqüilo. Sábia que eu tinha me
arrependido, mas sinceramente, só me arrependi porque eu estava noiva do
meio-irmão dele. Por que cá pra nós,
aquele beijo me deixou com uma ânsia.
- Me responda, por favor!
- Faria você sentir-se melhor?
- Sim! Me faria. – Respondi.
Ele respirou fundo, pegou sua
espada que estava em um canto qualquer, virou-se pra mim e disse:
- Desculpe! Mas eu não gosto de
mentir. – Foram as únicas palavras que ele proferiu antes de sair do quarto.
Fui atrás dele a procura de
respostas. O que ele quis dizer com aquilo? Eu precisava saber.
- Michael! – Bradei quando o
encontrei prestes a descer a escada. – O que você quis dizer com aquilo?
- Não! Que eu não me arrependi
daquele beijo. Só lamento está comprometida com o meu irmão. – Ele virou-se e
desceu a escada.
Fiquei com o cenho franzido por
alguns segundos, tentando digeri as palavras que ele havia dito na maior
franqueza. Estava percebendo que o Michael era do tipo de homem que não se
arrependia por nada.
Sai do transe e desci para o meu
quarto ainda com as palavras de Michael ecoando pela minha mente.
(...)
Minha mente estava em um devaneio
quando ouvi umas vozes desesperadas vindo do lado de fora do castelo. Sai pra
ver o que estava acontecendo.
- Olha ela lá! É a rainha
Cristine Mery! – Gritou um homem assim quando me avistou, e todos que estava
com eles correram até a mim, me fazendo ficar assustada e recuar para dentro do
castelo.
- Quem são eles? – Perguntei a um
dos guardas que correu comigo para dentro do castelo.
- São escoceses Vossa Majestade.
Eles vieram aqui suplicar pela a ajuda francesa. – Ele me respondeu.
- Mas por que? – Perguntei
desentendida.
- Por que eles estão sendo
atacados freqüentemente por outros países.
Por que também suas fontes de alimentos estão se acabando. E quando
descobriram que Vossa Majestade estava aqui, vieram pedir a sua ajuda.
Naquele momento eu sentir o meu
coração afundar mais ainda dentro do meu peito. O meu povo estava lá fora por
mim, e eu tinha esquecido completamente que estava ali para casar com o futuro
rei da França para poder salvar o meu povo. Realmente vi que eles estavam
desesperados e eu tinha que fazer alguma coisa, tomar alguma providencia, eu
era a rainha deles e os devia isso.
- Me leve até eles! – Eu ordenei
com a voz firme para aquele guarda que logo fez o que mandei.
- Rainha Cristine Mary, ela
voltou. – Gritou mais uma vez o homem quando viu que eu estava voltando. –
Vossa Majestade? – Ele e os demais se ajoelharam diante de mim me
cumprimentando.
- Levantem-se! – Ordenei e assim
eles fizeram. – Soube que estão com problemas.
- Sim Vossa Majestade. Os países
vizinhos estão nos atacando, só que isso agora está parecendo que virou rotina.
Nossas fontes de alimentos estão acabando. Estamos praticamente passando fome.
– Ele disse.
- Prestem a atenção. – Eu chamei
a atenção deles. – Vocês irão ficar aqui até que eu consiga ajuda para a
Escócia.
- Mas Vossa Majestade, temos que
voltar para tentar proteger as nossas famílias. – Um debateu.
- Eu sei. – Bradei. – Mas se
vocês voltarem não terá como eu consegui ajuda. Falarei com o Rei Henry e
conseguirei tudo o que vocês estão precisando. Inclusive guardas para ajudá-los
e comida. Está bem? – Eles assentiram e rapidamente eu fui até o rei pedir a
sua ajuda.
- Vossa Majestade! – Cumprimentei
o rei quando o encontrei.
- Sim, Cristine!
- Desde o dia em que cheguei no
seu castelo, nunca lhe pedi algo. – Ele não estava entendendo nada, mas estava
super curioso. – Então é o seguinte: A Escócia está sendo invadida
freqüentemente, e estamos com a fonte de alimentos quase vazia.
- Aonde você quer chegar?
- Quero que mande algumas tropas
suas para ajudar o meu país e nos ceda 30% de sua fonte. – Eu fui logo direta.
- O que? – Ele levantou-se da cadeira
que estava sentado. – Eu não posso fazer isso!
- E por que não? Você é o rei da
França, pode tudo.
- Exatamente! Sou o rei da
França, mas não posso pôr em risco os meus homens por um país que não é meu.
- Você não pode ajudar os
escoceses, mas pode abrigar a rainha deles por um casamento onde a maioria das
vantagens irão pra você!
- Do que você ta falando?
Foi ai que eu peguei ele. Havia
muita coisa por trás desse casamento além de salvar o meu país. Dias antes de
deixar o convento, ouvi uma conversa entre duas freiras que dizia respeito a
mim e a minha prima, a Rainha da Inglaterra. Diziam que a minha prima estava
doente e que deixaria o trono da Inglaterra para mim, mas com algumas
condições. Eu teria que estar casada com o Delfim da França. Isso significava
que quando eu estivesse casada com o Francis, Henry ainda como o atual Rei
teria a metade do poder da Inglaterra. Era isso o que ele queria. A Inglaterra.
Capítulo 8
- Minha prima Elisabete, a rainha
da Inglaterra está doente, eu sei que ela me colocou como herdeira do trono
caso ela morrer. – Ele arregalou os olhos. – Então caso isso acontecer,
enquanto você estiver vivo, quem dominará uma parte da Inglaterra... É você! –
Joguei na cara dele.
- Não sei do que você ta falando.
– Ele disse levantando-se da cadeira. – Só sei que não posso ajudá-la.
- Nem se correr o risco de perder
o poder da Inglaterra?
- Não insista Cristine, por
favor. Eu já disse que não sei do que você está falando! – Ele negou mais uma
vez.
- Tudo bem! – Eu assenti, mas não
iria deixar isso do jeito que estava. Eu tinha que fazer algo pelo o meu povo,
eu nasci pra isso. – Não irei insistir. – Foram as minhas ultimas palavras antes
de deixar a sala do rei.
Agora seria comigo e com o
Francis, quem sabe com ele, Henry permitiria os guardas e a fonte de alimento.
Mas... Ainda tinha essa, eu nem
sabia onde estava o Francis, não o via mais direito... Em fim... Mas eu tinha
que achá-lo de qualquer forma.
- Preciso falar com o Francis. –
Eu disse a um guarda que estava na porta do quarto de Francis.
- Ele disse para não ser
interrompido. – O guarda respondeu.
- Pois lhe diga que a sua futura
esposa irá invadi esse quarto se ele não quiser me receber. – Disse indignada.
.
O guarda arregalou os olhos
depois do que eu disse, depois foi avisar a minha presença ao Francis que logo
depois apareceu todo desalinhado.
- Aconteceu alguma coisa
Cristine? – Ele perguntou assim quando chegou em minha frente.
- Preciso da sua ajuda com o seu
pai.
- Não estou entendendo.
- Vou ser logo direta. O meu país
está quase sendo destruído, as fontes de alimentos estão quase se acabando e...
Eu preciso da ajuda da França.
- Ou seja. Você que comida?
- Sim! Mas também quero tropas
para ajudar o meu país para não serem mais atacados.
- Impossível! – Ele riu sem graça.
– Não podemos arriscar a vida dos nossos homens na tentativa de defender um país
que não é nosso.
- Claro que pode. Esse país que
você se refere, é o meu país, e também será seu um dia.
- Um dia que nem sabemos se irá
chegar! – Dizia como se não quisesse casar-se comigo. Vai ver era isso mesmo.
- Você não que casar-se comigo? É
isso?
Mais uma vez me senti uma idiota.
Eu estava noiva de um homem que nem deseja casar-se comigo. Estava começando a
pesar de que aquele casamento não iria resultar em nada na Escócia.
- Não foi isso o que eu quis
dizer! – Ele tentou se defender. – Eu...
- Mas foi o que entendi. – Eu o
olhei com desprezo, dei as costas.
- Cristine?! – Ele bradou, mas não
dei ouvidos. – Espera! – Ele pediu quando comecei a andar.
(...)
Capítulo 9
Na hora do jantar, antes sempre
havia festa, na Corte Francesa era sempre assim, só não esperava surpresas
naquele momento.
Estava em um cantinho qualquer da
sala de janta quando alguém foi falar comigo.
- Ora... Mas que honra conhecer
pessoalmente Cristine Mery. – O homem disse no tom sarcástico quando chegou
perto de mim.
- Quem é você?
- Lorde Westbrook. - Ele
respondeu.
Achei estranho. Alguma coisa me
dizia que já ouvira aquele nome antes. Fiquei perturbada com isso.
- Reside a França? – Perguntei
para ir mais além, para descobri o motivo daquele homem ter ido falar comigo.
- Tenho uma casa em Paris, mas
ultimamente estou na Corte. – Ele respondeu. – Me chame de Simon, por favor. Podemos ser amigos e francos um com o outro. –
Ele praticamente estava supondo algo que eu teria que decifrar. Mas o que era?
- Desculpe Simon, mas não o
conheço o suficiente para sermos amigos. – Eu disse.
- Não gosto dos franceses que
dizem tudo o que pensam e...
- Eu não sou francesa, você sabe
disso!
Nesse exato momento nós já
havíamos entrado em uma discussão meio que discreta, pelo o modo que falávamos.
Aquele homem era meu inimigo ardiloso.
- Como está indo o noivado? – Ele
perguntou meio que sugerindo algo.
Ergui mais a cabeça e respondi:
- Está indo muito bem, estamos
felizes. – Tive que menti é claro. Eu e o Francis tínhamos que dá a impressão
para as pessoas que éramos um casal unido.
- Então por que não marcaram a
data? – Ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
Eu fiquei calada, não sabia o que
responder. Realmente, já éramos para ter marcado a data do casamento, mas as
coisas não estavam acontecendo do modo que eram pra acontecer.
- O compromisso da França com a
Escócia é falso! – Ele disse convicto da sua revelação. – Se fosse verdadeiro,
se você estivesse sendo ameaçada, acha que eles iriam mesmo defender você?
- Acredito que essa seja nossa
definição de aliança. – Eu respondi tentando passar firmeza. Olhei para o
lado e vi que o Michael estava presente, com uma taça nas mãos e a cada gole
ele nos olhava. – Mas com certeza você já sabia disso! – Afirmei voltando a
olhar o homem.
- Sei disso olhando pra você. Já
tem idade. Deveria está casada e...
- Está me propondo? – Fui irônica
quando o interrompi. – Ou está tentando me amedrontar? – Aumentei um pouco a
voz.
Ele riu sem graça, aproximou-se
de mim e disse bem pertinho do meu ouvido:
- Pegue suas damas de horas, reze
por salvação, e volte para a Escócia. – Voltou a olhar fixamente nos meus olhos
tentando me passar medo, e estava conseguindo.
- Está me ameaçando? – Perguntei
e ele deu um passo para trás com um olhar bem cínico. – Não vou a lugar nenhum.
- Olha só, as freiras criaram uma
garota corajosa. – Enquanto ele falava, eu olhava para o lado com um pequeno
sorriso no rosto para disfarçar de que aquela pequena conversa na verdade era
uma discussão e ameaças indiretamente. – A propósito, até agora não sei como
você conseguiu fugir daquele convento naquela noite. Meus homens ficaram
insatisfeitos por não terem conseguido pegá-la. Estou curioso para saber como
foi que escapou. – Ele dizia na maior tranqüilidade. Sim! Foi ele que tentou me
matar no convento pela última vez e estava dizendo cinicamente isso na minha
cara. Ele estava me ameaçando, falava como se fosse normal ele ter mandado
matar a Rainha da Escócia.
Comecei a cambalear um pouco
depois daquele revelação, peguei apoio em uma coluna que havia bem atrás de
mim, com o meu corpo tremendo comecei a ficar tonta, mas senti duas mãos me
segurarem rapidamente antes que eu pudesse cair. Era Michael.
- Calma, está perdendo o jogo. –
Ele disse enquanto ainda me segurava e com um sorriso cúmplice nos lábios.
Eu ainda estava tonta e incrédula
com tudo aquilo, tanto que nem conseguia desvendar aquele sorriso que
certamente estava me dizendo algo.
- Escute o bastardo Vossa
Majestade. Foco no jogo. – Ele disse e riu.
Michael virou-se pra ele ainda
com mesmo sorriso e colocou bruscamente a taça de vinho no peito dele fazendo o
mesmo ficar com o semblante fechado.
- Vamos! – Michael disse e me
tirou dali.
Capítulo 10
Michael me levou para a varanda do andar em que estávamos, não
havia ninguém e foi por isso que ele ficou tão perto de mim.
- O que está fazendo – Eu perguntei com a voz baixa quando ele
me encostou na parede e ficou na minha frente. Eu tentei empurrá-lo, mas ele me
impediu.
- Mão se mexa. Não me empurre. –
Ele murmurou e apertou suas mãos na minha cintura me fazendo arfa. Seu rosto
estava a centímetros do meu, tanto que pude senti sua respiração quente
esquentando a minha face. – Você está tremendo. – Ele voltou a falar voltando
ao foco do porquê estávamos ali. – Não pode mostrar para as pessoas que está
com medo.^
- Ele me ameaçou aqui, na Corte
Francesa. – Falei passando o medo para que ele pudesse ver. – Ele queria
enfatizar a tentativa de me matar no convento.
- Certamente ele soube da
relutância do Francis em se casar com você.
- Então eles estão cientes de que
não tenho a proteção da França.
- Você tem, tem sim. – Ele disse
tentando me convencer.
- Michael... Até aqui no castelo
alguém tentou me matar. É uma prova de não tenho a proteção da França. –
Abaixei a cabeça.
- Hey! – Ele pega no meu queixo e
ergue a minha cabeça. – Você tem a minha. – Ele olhou fixo nos meus olhos. – O
Francis pode não está nem ai para a sua proteção, mas acredite, eu estou. – Ele
pega uma mecha do meu cabelo e coloca por trás da minha orelha. Eu arfo mais
uma vez com o toque dele.
Seu hálito quente ainda cobria
minha face com a temperatura, ele estava completamente cheiroso, tão lindo como
sempre, com aquela roupa de soldado e com aqueles cachos bem penteados, mas
sempre com umas mechas desgrenhada para deixá-lo com mais charme.
Minha boca estava entreaberta
quando percebi que ele estava a devorando apenas com o olhar. Respirei fundo e
fechei os olhos esperando apenas que ele possuísse meus lábios. Em questão de
segundos, senti ele apertar mais o meu corpo contra o dele e um roçar nos meus
lábios.
- Michael... – Choraminguei por
aquilo. Estava com o coração a mil para ter aquele beijo, mas por outro lado
estava com medo de que alguém nos visse.
Senti ele colocar a mão na minha
nuca levemente puxando mais minha cabeça de encontro a dele, e quando senti que
aquela iria ser a hora, fomos interrompidos.
Droga! Minha líbido foi terrivelmente afetada.
- Ow... – Era a Lola, minha dama
de hora. – Desculpe Cristine. – Ela ficou toda por sem jeito e rapidamente se saiu.
Rapidamente empurrei Michael preocupada com o que Lola iria pensar.
O olhei nos olhos intensamente e sai de perto dele.
- Não Lola... Me espere. – Eu
gritei e ela parou. – Não é o que você tá pensando.
Ela respirou fundo, pegou no meu
braço e me guiou para um canto daquele cômodo e me disse:
- Cristine, você sabe que eu
gosto muito de você não é? – Eu assenti e ela continuou. – Então me sinto no
dever de te alertar. O que você estava fazendo? Você é noiva do Delfim da
França e estava se pegando com o irmão bastardo dele. – Eu esbugalhei bem os meus olhos surpresa com o que disse, tentei retrucar, mas ela me impediu. – Você ouviu? BAS-TAR-DO. – Ela enfatizou o “bastardo”.
- Lola, não fale assim. E além do
mais não aconteceu nada.
- E se eu não chegasse?
Revirei os olhos, a Lola era
esperta.
- Tá Lola. Talvez... Eu não sei.
- Você ta maluca? Se o rei
descobrir irá mandar decapitá-lo.
- Mas não vai, porque você não
irá dizer nada! – Eu disse no tom autoritário. – E além do mais o Michael me
salvou de uma situação na qual eu não estava conseguindo me camuflar.
- Do que você está falando? – Lola
franziu o cenho.
- Me ameaçaram aqui, dentro da
Corte e...
- Ai meu Deus! – A Lola gritou
pondo a mão na boca.
- Shiii... Lola! Não grite. – Eu
disse entre os dentes para que ela não fizesse nenhum tipo de escândalo. – Não
aqui. Depois conversamos sobre isso ok? – Eu disse e ela assentiu.
- Mas vou te avisando, tome
cuidado com o deus grego.
- Hãm? – Franzi o cenho.
- Sim, tenho que confessar que
esse Michael é um deus grego. – Ela disse divertida.
Ri com o seu comentário.
- Lola! – Chamei sua atenção
divertida.
- O que é?
Eu balancei a cabeça em
reprovação e caímos na gargalhada, mas discretamente.
Naquela mesma noite, depois do
jantar, eu e o Michael nos vimos mais uma vez, mas foi apenas uma troca de
olhares. Tive que disfarça, pois na hora que o jantar foi servido, o Francis se
fez presente e estava com um semblante nada amigável. Será que ele tinha
percebido algo?
(...)
Capítulo 11
Quando estava nos meus aposentos,
fiquei no máximo a noite toda tentando encontrar uma maneira de me proteger na
Corte Francesa. Eu já estava ciente de que tinha pessoas querendo me matar. Pensei
em várias coisas, mas apenas uma obstinava na minha cabeça. Legitimar o filho
bastardo do Rei da França. Isso mesmo, com o Michael eu sentia que estava
segura, não sei se pensei nisso porque me sentia atraída por ele, ou se
realmente era só pela minha proteção.
Desde que cheguei na Corte,
várias coisas vinham me acontecendo e a maioria delas eram ruins, mas quem
estava lá sempre presente era o Michael, e não o Francis. Isso de certo modo me
encantava.
Saí do meu quarto e fui direto
para a sala do trono do Rei Henry II, estava disposta em colocar minha ideia em
ação.
- Cristine?! – O rei disse quando
eu adentrei a sua sala sem dá aviso prévio.
- Preciso falar com você. – Eu
disse séria.
- Uau, vejo que o assunto é sério.
– Eu assenti. – Aproxime-se e me conte o que há.
Assim eu fiz, me aproximei do Rei
e fiquei olhando profundamente em seus olhos antes de proferir algo.
- Não quero mais me casar com o
Francis. – Pronto, eu disse.
O rei ficou calado por alguns
segundo, depois soltou uma grande gargalhada. Acho que ele pensou que eu estava
brincando. Ele se enganou, eu estava falando mais sério do que ele pensava.
- Tá... Cristine, essa foi boa,
agora pode falar o motivo verdadeiro de você estar aqui. – Ele disse ainda
tentando conter o riso.
- Não é uma piada, eu estou
falando sério. – O sorriso zombador que ele ainda carregava nos lábios se
desfez na hora.
- O que? Mas o que aconteceu? –
Ele perguntou incrédulo.
- Não me sinto segura sendo a
noiva do Francis.
- Não se sente segura? – Ele
tinha o semblante desentendido. – Olhe Cristine, se isso é porque eu recusei em
mandar guardas para ajudar o seu país, fique sabendo que isso é...
- Não é por isso. – Eu o
interrompi. – Quer saber, é por isso também, mas não me sinto segura.
- E o que você quer? – Ele
perguntou.
- Quero me casar com o seu filho
bastardo. – Eu disse.
O rei Henry levantou-se de seu
trono com uma fúria enorme nos olhos e incrédulo com a minha vontade.
- Você está maluca?
- Não, estou mais sã do que você
pensa. – Eu disse em um tom firme e áspera.
- Não pode se casar com o
Michael, ele é bastardo e além do mais ele não está preparado para ser um rei,
e sim o Francis que foi educado para governar.
- E pelo o visto, para separar
sentimentos também.
- Do que você está falando?
- Nada. Só quero que você faça
aquilo que deve ser feito. – Eu disse seca.
- O que? Então você quer que eu
o... – Ele virou a cabeça para o lado ainda me olhando.
- Quero que você o reconheça como
um legitimo. Essa é a única forma de nós dois sairmos ganhando nesse jogo. –
Ele franze o cenho.
- Não sou de joguinhos, Cristine! – Ele dá um de desentendido.
- Ora Rei Henry, não se faça de
besta. Mas não se preocupe que eu faço questão de lhe explicar tudo detalhado
mais uma vez. – Eu disse ironicamente. Ele fica atento. – A minha prima, a
Rainha da Inglaterra está a beira da morte e deixará o trono pra mim, só que
como estarei casada com o futuro Rei da França e o pai dele ainda é vivo, você
é claro, quem tomará posse da metade até os seus últimos dias de vida. –
Conclui.
O Rei ficou surpreso quando eu
demonstrei o que sabia.
- Então case-se com o Francis. –
Ele falou.
- Já disse que não me sinto
segura ao lado dele. – Revidei. – Reconheça o Michael como o seu filho e o novo
Delfim da França, ou então você perderá uma grande oportunidade de ter a
Inglaterra em suas mãos. Tem até a hora do jantar para pensar. – Eu disse e
sair deixando o rei de boca aberta com o lhe propus. Ele estava em uma
encruzilhada dessa vez.
Já estava na hora de agir como
uma Rainha, mesmo não sendo a Rainha da França, eu era a Rainha da Escócia e
precisava demonstrar a minha autoridade, o meu poder e principalmente mostrar do
que eu era capaz.
Capítulo 12
Na hora do jantar o Rei estava
muito tenso, pensativo, mal tinha tocado na comida, e quando olhava pra mim
parecia sem saída. E ele estava.
O Francis estava sentando em minha frente e o Michael não se fazia presente.
- Preciso da atenção de todos
nesse momento. – O Rei disse e todos prestaram a atenção nele. – Devido há alguns
acontecimentos aqui na França, a linha de sucessão atual não valerá mais. –
concluiu.
- Henry, do que você está
falando? – Clarrissa perguntou quando se levantou e colocou as palmas das duas
mãos sobre a mesa. Seu semblante não era nada bom.
- O que eu quero dizer é que... O
Francis não é mais o Delfim da França.
Todos que eram de suma
importância na corte e que também estavam na mesa ficaram incrédulos diante do
Rei, inclusive o Francis. Um sorriso de satisfação se formou nos meus lábios quando
baixei a cabeça.
A rainha riu.
- Você só pode está de brincadeira.
Ele é o seu único filho, é o único que pode ser o Delfim. – Ele gritava. –
Espera! A não ser que...
- Irei legitimar o Michael. – Ele
disse seco.
E mais uma vez todos ficaram
surpresos. Estavam com a boca no formato de um “O”.
- Mas o que? – Dessa vez o
Francis tomou a frente. – Você não pode fazer isso. – Bradou.
- Na verdade eu posso sim, o
Michael também é meu filho.
- Esse bastardo não é seu filho,
ele é um desrespeito ao nosso casamento.
- Não fale assim! – O rei bradou
quando ela falou.
- Espera! – Francis chama a
atenção de todos. – Então se você mudar a linha de sucessão é com o Michael que
a Cristine terá que casar. – Ele presumiu. Eu sorri, não queria casar mais
com ele mesmo.
- Até que fim conseguiu entender.
– O rei disse. – Vossa Majestade, - olhou para mim – a Senhorita a parti de
agora não é mais noiva do Francis. Espero que entenda. – Franzi o cenho. Eu
pensava que ele iria falar que foi eu mesma quem fiz essa confusão toda, mas
pra minha surpresa ele não disse. O que o desejo pelo o poder não faz, não é
mesmo?
Então eu me fiz de surpresa também olhando para todos. Realmente eu
estava ficando astuta.
- Mas Henry... – A Rainha iria
questionar mais uma vez, só que o Rei a interrompeu.
- Mas nada. Já terminei o meu
jantar. – Ele disse e se saiu deixando todos de boca aberta e ainda incrédulos.
- O Céus. – Eu disse quando
coloquei minha mão no meu peito com a cara mais de inocente que consegui fazer.
- Você sabia de tudo isso não é
mesmo? – A Rainha Clarrisa perguntou quando se virou pra mim com uma fúria nos
olhos. – Não é mesmo? – Bradou.
- Eu não sei do que você está
falando. – Eu disse, mas dessa vez com a cara mais sínica.
- Isso não vai ficar assim, meu
filho não será apenas o irmão do futuro rei, ele é o futuro rei e não um
bastardo. – Bateu mais uma vez as mãos sobre a mesa e saiu da sala em passos
duros.
Olhei para o Francis que estava
olhando com o semblante nada agradável pra mim e fiz a cara mais de inocente.
Coisa que eu não era naquele momento.
- Subestimei você. – Ele disse e
tomou um gole de vinho. – Está ficando esperta Cristine. – Ele levantou-se da
cadeira, colocou a taça sobre a mesa e saiu me deixando com o resto das pessoas
de importância da corte.
(...)
Capítulo 13
Naquela mesma noite eu estava tão
ansiosa para encontrar o Michael e dizer que praticamente estávamos noivos.
- Viram o Michael? – Eu perguntei
a dois soldados que estavam na porta do corte.
- Está alimentando o cavalo Vossa
Majestade. – Um deles me respondeu.
- Obrigada! – Agradeci com um
sorriso no rosto e fui encontrá-lo.
Fui ansiosíssima
a procura dele e o encontrei com uma mochila grande nas costas e com um grande
sobretudo. Parecia que estava de saída.
- Michael? – Eu o chamei e rapidamente ele olhou pra mim. – O
que você está fazendo?
- O que você acha? – Disse seco. – Estou indo embora.
- O que? Indo embora? – Perguntei sem entender nada. – Você
não pode ir embora, você vai...
- Ser o novo Delfim? – Ele perguntou com as sobrancelhas
arqueadas. Como ele sabia?
Eu iria falar só que ele me interrompeu.
- Eu ouvir tudo Cristine, o Henry está disposto a me legitimar
para que eu seja o Delfim. Eu não quero ser Rei.
- Mas Michael...
- Agora estou correndo risco de vida por ameaçar a linha de
sucessão. – Ele disse me interrompendo. – Certamente a Rainha mandará me matar.
- Mas você não pode ir embora, como o Delfim estará protegido,
poxa Michael, eu estava confiando em você quando fiz o pedido ao Rei. – Eu
disse.
- Você que pediu para o Henry mudar a linha de secessão? –
Franziu o cenho.
- Você disse que... – Eu olhava para os meus dedos – me
protegeria. – Concluir e voltei a olhá-lo.
A cara nada amigável que ele estava se desfez na hora.
- Cristine... – Me chamou com serenidade. – Eu tenho que ir.
– Rapidamente ele montou em seu cavalo, quando estava pronto para dá partida
eu o chamei.
- Michael? – Ele olhou para mim. – Me leve com você.
Ele esbugalhou os olhos surpreso.
- O que? – Ele riu.
- Se for pra fugir, que seja comigo. – Disse séria.
Ele riu e estendeu a mão para que eu pudesse subir em seu
cavalo. Quando já estava montada e segurando em sua cintura esperando ele dá a
partida, ele me olhou de soslaio e riu balançando a cabeça.
- Você é maluca sabia? – Perguntou quando deu a partida.
- Eu sei. – Respondi.
Segurando o Michael, eu podia senti seu cheiro mais uma vez, o
cheiro dos seus cabelos era tão gostoso. Estava com uma satisfação enorme com
ele me levando para qualquer lugar que fosse fora dali, mesmo que não fôssemos
nada um do outro, ainda.
- Mas é por isso mesmo. – Me sentei ao lado dele e olhando
para o céu continuei. – Você tem sua liberdade, pode sair sem que as pessoas o
reconheçam como um rei, pode fazer o que quiser, em fim, é livre.
- Depois que o rei me legitimar.
- Você vai ser o Delfim.
Capítulo 14
Nós cavalgamos durante horas que nem percebemos que o céu já
estava ficando claro. Mas eu estava preocupada com uma coisa, há essa altura as
pessoas da Corte já tinham percebido a minha ausência e a do Michael também.
Certamente já estavam atrás da gente.
- Acho bom parar um pouco. – Michael disse quando chegamos no
topo de uma montanha.
- Aqui? – Perguntei.
- Sim, não gosta da vista? – Ele desceu do cavalo e em seguida
me ajudou a fazer o mesmo.
- É lindo. – Eu disse encantada com a vista. Dava pra vê toda
a floresta e seus encantos. Fiquei hipnotizada.
- Está com fome? – Ele perguntou me tirando do transe. Neguei
com a cabeça. – Está com cede? – Perguntou novamente.
- Por favor! – Respondi e logo ele tirou a bolsa das costas
colocando a mesma no chão. Abaixou-se e capturou uma garrafa com água que
estava dentro da bolsa e a estendeu para mim. – Obrigada! – Agradeci e logo
levei a garrafa até os meus lábios e assim bebendo um pouco da água.
- Você é mais maluca do que eu pensei. – Ele disse e riu. –
Nessas horas já devem estar feito loucos atrás de você. – Ele fica calado por
um instante. – E de mim também.
- Eu invejo você Michael. – Eu me virei e o olhei. Ele franziu
o cenho.
- Por quê? Não vejo nada de invejável em mim. – Ele respondeu
e sentou-se no chão. – Sou um bastardo Cristine. – Ele disse tranqüilo e mais
uma vez percebi que o Michael não se incomodava com isso.
- Quem mandou você nascer uma Rainha. – Ele disse divertido e
eu ri.
- Pois é, quem mandou. – Respondi para entrar no clima.
Ficamos calados por um tempinho até que eu decidi quebrar
aquele silencio horrível.
- Michael?
- Sim! – Ele respondeu com a voz suave.
- Me desculpe. – Eu disse em baixa.
- Pelo o que? – Percebi que ele estava olhando pra mim.
- Por ter pedido ao Rei para mudar a linha de sucessão.
Ele respirou fundo.
- Tudo bem Cristine. – Foram as únicas palavras que ele disse
antes de ficarmos em silêncio mais uma vez.
- E agora como é que vai ser? – Ele perguntou desfazendo o
silêncio.
- O que? – Franzi o cenho.
- Não é disso que eu falo. – Ele disse e virou o seu olhar
para mim. Era penetrante.
- Então o que é? – Perguntei com a voz baixa.
- A gente. – Ele disse. – Agora estamos sozinhos e não tem
como você negar.
- Negar o que? – Perguntei com medo da resposta.
- Que não sentiu nada depois daquele beijo que demos na beira
do lago. – Ele respondeu com a voz suave.
Senti meu coração querer pular fora do peito, o meu rosto
enrubescido e meu corpo entrar em estado de tremedeira quanto tentei responder.
Capítulo 15
- Eu... Ah... – Eu olhava
pra ele que tinha o semblante curioso. – Eu não sei.
- Não sabe? – Arqueou as sobrancelhas.
- Eu não sei. Eu... Estava bêbada você também e...
Enquanto eu falava, ele aproximou-se de mim e de um modo
imprevisível tomou os meus lábios com um beijo que eu não o retribui de tão
surpresa que estava.
- Agora estamos sóbrios. – Ele disse quando tirou seus lábios
dos meus. – Vamos ver se não sabe mesmo. – Ele disse com a voz rouca e tomou
meus lábios mais uma vez. Eu fiquei paralisada quando ele segurou meu rosto com
as duas mãos apertando mais aquele beijo suave que aos poucos foi se tornando
voraz. Claro que eu não consegui me controlar e deixei que ele explorasse a
minha boca assim como eu explorava a dele.
Depois ele decidiu fazer uma coisa que me deixou totalmente
indefesa. Me deitou ao poucos no chão e se colocou por cima de mim ainda com os
nossos lábios colados. O beijo estava ficando ainda mais quente; sedento e
passou a ficar saliente quando ele começou a passear suas mãos em meu corpo e depois
os seus beijos embalando em uma sintonia de gemidos e sussurros.
- Michael! – Eu gemi enquanto ele beijava o meu pescoço. Era
tão boa aquela sensação que o meu corpo sentia. Era diferente e prazerosa.
- Você é tão cheirosa Cristine. –
Ele disse com a voz rouca enquanto me beijava. Eu arfei.
Aqueles beijos já estavam
passando do limites, não por que o Michael estava me beijando, mas sim porque o
meu corpo estava tendo uma reação que eu nunca sentira antes. Eu sabia o porquê
daquilo e já estava ficando assustada quando percebi que algo crescia entre as
pernas do Michael. Eu era jovem, nunca tinha beijado um homem, o Michael foi o
primeiro e era bom, mas eu não queria que nada além daquilo acontecesse naquele
momento, não que não fosse acontecer depois, mas ali não.
Michael passeava sua mão esquerda
pelo o meu corpo enquanto o outro braço se mantinha sob a minha cabeça. Aquilo
era bom, sim, era bom, mas tive que interromper quando ele levou a sua mão para
a minha coxa e começou a subir o meu vestido. Estava quente demais, então o empurrei
de cima de mim com a respiração descontrolada e com o rosto coberto pelo o
rubor.
- Você está ruborizada. – Ele
disse com um sorriso satisfatório e lambendo os próprios lábios.
- Não estou. – Disse tentando
disfarçar.
- Então por que parou? –
Perguntou aproximando-se de mim mais uma vez.
- Por que... – Não consegui responder
por duas razões: Primeiro porque não queria dizer que estava com medo daquilo
ir mais além, e segundo porque ouvi cavalos rinchando e se aproximando de nós.
– Estão nos procurando Michael. – Eu disse com os olhos apavorados.
- Os soldados da Corte? – Ele
perguntou.
- Sim, não consegue ouvir? Eles
estão pertos, temos que sair daqui. – Eu estava com medo.
- Droga! – Ele resmunga. – Venha,
vamos sair daqui. – Ele levantou-se e me ajudou a fazer o mesmo. Montamos no
cavalo e saímos de lá temendo que conseguissem nos alcançar, mas tudo foi em
vão. Tentamos fugir, mas só que eram muitos e acabaram nos cercando no meio da
floresta.
- Michael, liberte a Rainha
Cristine. – Um dele bradou. – O Rei irá decapitá-lo por seqüestro.
- Ele não me seqüestrou soldado.
– Bradei para defender Michael. – Vim porque eu quis.
- Vossa Majestade, o Michael é...
- Bastardo? Dane-se!
- Cristine? – O Michael chamou a
minha atenção e eu o olhei. – Pode deixar, eu me viro. – Ele disse tranqüilo e
eu não entendia como ele conseguia ficar tão calmo e tranqüilo em uma situação
daquela.
- Mas Michael...
- Cristine, não discuta, por
favor! – Ele disse com um olhar cúmplice.
Ele desceu do cavalo e me ajudou
a fazer o mesmo. Dois guardas aproximaram-se dele e prendeu as mãos dele e o
levaram brutalmente para outro cavalo.
- O que vocês estão fazendo? – Eu
gritei. – Soltem ele.
- Ordens do Rei, Vossa Majestade.
– Um deles respondeu. – Agora vamos, o Rei está preocupado. – Eu bufei de tanta
raiva que estava e subi em outro cavalo. Olhei para o Michael que estava com o
rosto tranqüilo e balancei a cabeça revoltada com aquilo. Eu era a culpada
daquilo, sabia que estava pondo ele em problemas.
Droga! – Meu
subconsciente gritava.
Capítulo 16
Horas depois chegamos, e logo o
pessoal da Corte foram avisados quando os outros guardas nos avistaram de
longe.
- O que você pensou que estava
fazendo Michael? – O Rei Henry já veio gritando.
- Estava cavalgando. – Respondeu
irônico.
- Cavalgando? Deixe de mentir
Michael, você seqüestrou a Cristine. – Gritou Francis com raiva.
- Ele não me seqüestrou. –
Bradei. – Eu pedi para ele me levar junto. – Eu disse e todos que estavam
presentes ficaram cochichando. – E não adianta ficarem me criticando porque eu
não sou obrigada a me casar com o Francis.
- Mas vocês são noivos desde
criança. – Disse a maldita Rainha Clarissa.
- Mas ele não será mais o Delfim,
então terei que me casar com o novo. Não mesmo Henry? – Perguntei no tom
debochador.
O Rei ficou sem saída com a minha
pergunta, tanto que ficou por breves minutos calado, parecia pensar em algo.
- Podem me levar. – Disse Michael
quebrando o silêncio.
Tanto eu como o próprio Rei
ficamos impressionados com ele. Por que ele pediu para ser levado?
- Michael, o que você ta fazendo?
– Perguntei ainda incrédula.
- Eles estão me acusando de
seqüestro, e até provar minha inocência terei que ficar preso. – Ele respondeu
tranqüilo.
- Mas você será o Delfim e...
- Mas ainda continuo sendo o
bastardo. – Disse me interrompendo.
- Até que fim falou algo de
interessante. – Disse Francis sarcástico. Revirei os meus olhos para mostrar
que não ligava para o que ele dizia.
O Rei aproximou-se de Michael e
lhe falou algo bem baixinho, mas ainda pude ouvir uma parte: “Eu não sei o que você fez, mas acredito que
não seja um criminoso. Você é meu filho bastardo, mas poxa Michael, você sabe
que eu gosto muito de você, mas infelizmente terei que fazer isso para mostrar
minha autoridade para as pessoas. Sinto muito!” – Michael apenas o olhou
tranquilamente e assentiu.
- Levem ele. – Ordenou o Rei e entrou
no castelo.
Antes de ser levado, Michael
olhou para mim e piscou um olho com um sorriso lascivo nos lábios. Mas mesmo
assim eu estava revoltada pelo o que ele disse.
Bufei quando vi os guardas o
levando para onde eu saberia depois.
- O que você achou que estava
fazendo Cristine? – Francis perguntou enquanto se aproximava de mim junto com a
cobra da sua mãe, a Rainha Clarissa.
- Não te interessa. – Respondi
sem olhá-los.
- Você é muito ingênua para
pensar que sabe de alguma coisa. Ele é um bastardo. – Francis disse.
Nesse momento eu me virei para
olhá-lo, estava incrédula com o que disse. Nunca pensei que aquele garotinho
com o qual eu brincava quando era criança tinha se tornado tão arrogante. Mas é
obvio, com uma mãe daquela.
- Sabe Francis, quando eu cheguei
aqui pensei que você ainda era aquele garotinho gentil quando era criança. Mas
me enganei. – Enquanto eu falava, ele mantinha as sobrancelhas arqueadas
debochando de minhas palavras. – Você deixou o seu ego crescer, e pior, deixou
ele te dominar.
- E quem liga pra isso? – Ele
perguntou.
- As mulheres ligam, eu ligo.
Você acha que as mulheres que você “fica” ou as que já ficou realmente se
interessaram por você? Obvio que não. – Jogava as palavras na cara dele. – Elas
só se deitaram com você de olho da sua fortuna, na sua coroa ou só para poderem
dizer um dia: “EU TRANSEI COM O PRÍNCIPE DA FRANÇA”. Você não é um cavaleiro.
- Não pra você.
- Por isso escolhi o Michael, que
apesar de ser um bastardo vale mais do que você e sua mãe juntos. – Eu disse já
com muita raiva.
- Como ousa a falar assim de mim
garota? – A Rainha toma a frente gritando. – Eu sou a Rainha e...
- Mas não é a minha. – Eu disse
entre os dentes a interrompendo. – Você é a Rainha da França e eu a da Escócia,
portanto nenhuma manda na outra. – Cuspi as palavras na cara dela e sai andando
para dentro do castelo, mas depois de três passos que dei, parei e os olhei
novamente. – Vocês são farinhas do mesmo saco. – Eu disse e pude ver que o
Francis estava se segurando para não avançar em cima de mim. Dei um sorriso
falso e entrei no castelo apenas com um intuito, ir até o Michael
(...)
-
Você sabe que eu não posso, eu...
-
Tudo bem. A propósito, fiquei sabendo sobre o Henry lhe legitimar, isso é tão
bom.
- Por que estou apaixonado
por você! – Ele disse assim que conseguiu segurar as minhas mãos.
Capítulo 17
Depois de tanto pedi a um
guarda para me dizer onde o Michael estava finalmente consegui convencê-lo.
Assim que cheguei na porta da
cela onde o Michael estava preso ouvi uma voz feminina que parecia estar dando
sermões ao Michael. Decidi parar para ouvir.
“-
O que você estava fazendo meu filho? O que você tinha na cabeça quando decidiu
fugir com a Rainha Cristine? - Michael não respondia. – E a propósito, desde quando vocês estão se
pegando?
-
Mãe! – Ouvir o Michael gritar com a sua mãe, a Diane. – Não estávamos nos pegando, só... Quer dizer,
ela apenas pediu para que eu a levasse junto.
-
Acha que sou boba Mike? – Mike? – Você
está apaixonado por ela, é obvio.
-
E o que você tem haver com isso? Muito mal você está aqui, presente comigo.
-
Claro que não pode, você só tem tempo para vir aqui falar com o seu amado Rei.
-
Não fale assim Mike! Sei que está com raiva porque...
-
Mãe, não quero falar sobre isso. – Ele disse.
-
Pra você não é mesmo. Pra mim pouco me importa. Eu não quero ser Rei.
-
Mas Mike, você tem que ter uma garantia aqui nesse castelo. O que acha que
acontecerá quando o seu pai morrer, que o Francis sendo o rei permitirá a nossa
presença aqui? Sem falar na Clarissa que mandará me decapitar.
-
É, mas não vai mais acontecer porque o Rei irá me legitimar assim como a você
sempre quis.
(...)
Depois de ouvi aquela conversa,
quer dizer, aquela discussão, fiquei paralisada na porta, tanto que nem percebi
que a mãe do Michael a abriu e me fez quase cair no chão. Que vergonha fiquei
com aquela situação, estava mais parecendo uma fofoqueira espiando a conversa
dos outros atrás da porta.
- Vossa Majestade? – A mãe do
Michael disse assim quando me viu. Ela tinha o cenho franzido.
- Eu... Ah... Só quero ver o
Michael. – Balbuciei.
Ele arqueou as
sobrancelhas como se estivesse querendo supor algo.
- Ta bem. – Ela respondeu
a abriu passagem para que eu pudesse entrar, e com a maior vergonha e sem
olhá-la eu entrei e fechei a porta.
- Cristine? – Michael disse assim que viu.
- Você está bem? – Perguntei branda.
- Sim, eu não vou ficar
muito tempo aqui...
Enquanto Michael falava,
eu me aproximava dele com a cara mais fofa que consegui fazer, mas quando
cheguei perto soltei os “cachorros”.
- Por que você fez isso? –
Lhe dei um tapa no peito e não estava brincando.
- Hei? – Gritou e seus olhos se esbugalharam, mas
eu continuei estapeando o seu peitoral.
- Por que você fez isso? Não era pra ter me
dito “sim” quando pedi que me levasse. A culpa é minha – Continuava o
estapeando.
- Você ta maluca?
Cristine? – Michael gritava e tentava segurar as minhas mãos.
- Não deveria ter se entregado.
Seria minha palavra contra a sua, e se eu dissesse que você não me seqüestrou
eles não iriam poder fazer nada com você. – Eu gritava e ainda estapeava o
peito dele que andava para trás. – Por que você fez isso?
Capítulo 18
Fiquei paralisada por alguns
segundos enquanto ele me olhava profundamente. Meu Deus, o meu coração parecia
ter parado naquele momento, tanto que não consegui articular nada em mente para
falar e mesmo se conseguisse minha boca não teria forças para abrir.
Ainda me olhando profundamente,
lentamente ele solta as minhas mãos e leva elas até o meu rosto segurando o
mesmo.
- Estou apaixonado por você garota.
– Ele disse mais uma vez. Continuei calada. – Você não vai falar nada?
- O... O que... Você quer que eu
fale? – Perguntei gaguejando e pude senti meu rosto corado.
- Sei lá, um... “Eu também estou
apaixonada por você” – Ele disse com um pequeno sorriso de lado nos lábios. O
Céus, como ele era lindo. – A não ser que não esteja. Eu vou entender que...
- Eu também estou apaixonada por
você! – Eu disse o interrompendo e pude ver a cara de surpreso que ele fez
quando disse as tais palavras a ele.
Ele sorriu e logo pude senti ele
me puxar mais para perto e me dá um beijo apaixonado.
- Desde a primeira vez que a vi,
me apaixonei por você. – Ele disse quando soltou os meus lábios. Estávamos
ofegantes.
- Michael, eu quero você. – Eu
disse séria, mas com medo do que ele iria falar.
- O que? – Ele perguntou com o
cenho franzido. Certamente estava surpreso.
- Isso mesmo que você ouviu. Eu
quero você, aqui, agora. – Eu disse e pude sentir as minhas bochechas
ruborizarem.
- Cristine, você não precisa
fazer isso. – Ele disse me soltando.
- Mas eu quero. – Eu disse
convicta e me aproximei dele. – Faça amor comigo Michael, agora! – Eu coloquei
as minhas mãos sobre o seu abdômen e depois comecei a pôr as mesmas por dentro
de sua veste de cima.
Eu sabia que o Michael não
poderia resistir a tanta tentação. Tá, eu ainda era muito jovem, mas o Michael
já tinha 27 anos e estávamos apaixonados um pelo o outro.
- Pode entrar alguém aqui e... –
Ele dizia enquanto sua respiração era profunda.
- Michael... – Eu comecei a beijar
o seu peito, depois que desabotoei sua veste. – Me faça sua. – Concluir
sussurrando no ouvido dele.
Realmente, ele estava se segurando,
mas durou muito pouco. Finalmente senti ele se rendendo aos meus encantos
quando ele colocou suas mãos na minha cintura e começou a me guiar para uma
pequena cama que havia no local.
Assim que chegamos na beira da cama ele me
deitou sobre a mesma e se colocou em cima de mim. Era tão bom sentir o peso do
corpo de Michael sobre o meu. Ainda continuamos nos beijando, e era tão
arrebatador aquele beijo.
Ele começou a se esfregar,
deslizar-se por cima do meu corpo e o beijo foi se tornando ainda mais quente
quando senti a ereção do Michael crescer cada vez mais.
- Se quiser que eu pare ainda dá
tempo. – Ele disse ofegando e com a voz rouca assim que soltou os meus lábios.
- Nunca! – Respondi. Vi o sorriso
lascivo se formar nos seus lábios e depois voltou a me beijar.
Aos poucos foi tirando as minhas
vestes, logo em seguida a dele e houve todas as preliminares possíveis para que
estivéssemos excitados.
- Cristine? – Seu chamado com a
voz rouca era um pedido de permissão para se pôr dentro de mim. Eu consenti e
não demorou muito para que ele me penetrasse. Ele foi gentil, carinhoso e muito
cuidadoso. Seus movimentos de vai e vem no inicio era um incomodo, mas depois
foi se tornando bastante prazeroso e o medo de que alguém entrasse ali naquele
quarto deixava o clima mais gostoso. Não
demorou muito para que eu tivesse o meu primeiro orgasmo e o Michael se
derramar dentro de mim.
Aquela sensação de torna-se
mulher era tão boa, principalmente quando você perde a virtude com o homem que
você está apaixonada.
(...)
A minha primeira vez tinha sido
maravilhosa. Confesso que fiquei nervosa e com medo, mas o Michael foi muito
carinhoso, paciente, romântico e gentil. Tudo perfeito.
Eu estava deitada e com a mão no
peito do Michael enquanto ele fazia carinho na minha cabeça.
- Eu te machuquei? – Ele
perguntou.
Eu levantei minha cabeça para
olhá-lo, neguei e depois voltei a deitar.
- E por que está tão quieta?
- Porque estou me lembrando de
como foi bom. – Voltei a olhá-lo e pela primeira vez vi o Michael com o rosto ruborizado.
Ele também era tímido.
Ele sorriu e levantou-se da cama.
- O que vai fazer? – Perguntei.
- Vestir a minhas roupas. Deveria
fazer o mesmo. – Dizia ele enquanto pegava suas roupas do chão. – Alguém pode
chegar. – Concluiu.
Quando estava prestes a me
levantar, alguém bateu na porta da cela avisando que vai entrar.
Capítulo 19
- Oh meu Deus, Michael?! – Eu
balbucie olhando para ele que esbugalhou os olhos quando olhou pra mim e viu
que eu ainda estava nua.
- A cama! – Ele respondeu indicando
para eu me esconder embaixo da cama. Não hesitei e me joguei no chão ao lado da
cama para que a pessoa não me visse.
- Há um recado pra você. Do Rei!
– Ouvi um homem falar para o Michael.
- O meu pai? – Michael perguntou
confuso.
- Ele está lhe esperando na sala
do trono. – Ouvi Michael respirar profundamente enquanto assentia para o homem
que em seguida saiu.
Seguido disso, me levantei do
chão e cobri o meu corpo com um lençol branco que havia na cama.
- Quase! – Eu disse e dei uma
leve respiração de alivio.
Michael virou-se pra mim e caiu
na gargalhada mostrando seus dentes exageradamente brancos.
- Qual é a graça? – Perguntei me
sentindo constrangida com ele rindo de mim.
- Hey, calma, eu só achei muito
engraçada a sua cara de assustada quando o homem bateu na porta e você pulou no
chão. – Ele respondeu e voltou a rir.
- Michael?! – Bradei e joguei a
almofada nele. – Não tem graça!
- Tá bem. Desculpe! – Disse ele
escondendo um sorriso sádico por trás dos seus lábios contraídos.
Ignorei e mudei de assunto
enquanto vestia minha roupa.
- O que será que o rei quer com
você? – Perguntei.
- Eu não sei! – Ele respondeu
enquanto arrumava o desgrenho de seu cabelo. – Mas estou louco pra saber. –
Concluiu.
- Espero que seja boas notícias.
– Eu disse.
Ele caminhou até mim e lançou
suas duas mãos grandes na minha cintura. Como
isso fazia efeito em mim.
- Acha que estamos sendo
imprudentes? – Ele perguntou com a voz suave.
- Está arrependido Michael? –
Perguntei com medo de ele dizer um “sim” ou “talvez”.
- Não! Não é isso. – Ele logo
respondeu apertando mais o meu corpo contra o dele. – É que se o rei não
conseguir me legitimar, você sabe o que acontecerá não é mesmo? – Parecia
preocupado agora.
Michael tinha razão. Para
legitimar um filho bastardo tinha que ter a permissão do Papa, e se por acaso o
Papa não permitisse essa legitimação eu teria apenas duas opções: Ou casar-se
com o Francis ou voltar para a Escócia sem cumprir o que me foi decretado.
Detalhe: A noiva tinha que ser pura, coisa que eu não era mais a parti daquele
momento.
Mas eu não queria e nem iria
casar-se com o Francis, nem que fosse o último homem da face da terra.
- Você vai ser legitimado sim.
Quero você ao meu lado e... – Fui interrompida.
- Você sabe que eu não quero ser
rei não é? – Ele perguntou e eu franzi o cenho. Como assim? O que ele quer dizer com isso? – Mas, aceitei isso por
você. – Sua voz saiu branda que me fez sorri satisfeita. Michael era tudo o que
eu precisava. – Agora vamos que o Rei me espera. – Ele concluiu e saímos da
cela. Primeiro eu e depois ele.
Quando passamos pelo os guardas
eles ficaram nos olhando desconfiados. Eu e o Michael olhávamos um para o outro
de soslaio e estávamos nos prendendo para não rir da cara deles. Quando saímos
da vista dos guardas eu dei um leve sorriso enquanto Michael ria exageradamente de uma forma
gostosa.
- Ai ai Cristine... Se eles
soubessem o que você fez. – Brincou com um sorriso cativante.
- Ah, então a culpa é só minha? –
Perguntei quando pus as mãos na minha cintura esperando uma resposta dele.
- O que? Claro que é! – Fuzilei
incrédula com o que dizia. – Você atiçou os meus instintos masculinos. – Ele
disse quando se aproximou e se inclinou para sussurrar em meu ouvido. – E eu
não consegui resistir. – Concluiu.
- É? Mas bem que você gostou
dessa tensão. – Murmurei e senti um sorriso se brotar em seus lábios.
- Bem... A conversa está ótima,
mas agora tenho que ir ver o que o Rei quer. – Enfatizou a palavra “rei”. – Nos
vermos depois? – Eu assenti e ele se foi. Não poderíamos nos beijar, a tentação
era grande, mas alguém poderia nos ver.
(...)
Algumas horas depois quando
estava em meus aposentos esperando por notícias, à rainha Clarissa invadiu o mesmo possessa pelo ódio.
Me pus de pé e a encarei.
Capítulo 20
- O que faz aqui? – Perguntei
séria e com a cara fechada.
- Você conseguiu o que tanto queria.
– Seus gritos estridentes eram cruciantes.
- Do que você está falando? –
Voltei a perguntar.
- Seu amantezinho bastando foi
absorvido da acusação e agora está sentado no trono resolvendo problemas, foi
legitimado. – Quando ela proferiu as tais palavra não consegui conter o sorriso
de satisfação que insistia em sair. – Então você está feliz? – Ela gritou.
- Mas é claro! Agora com o
Michael ficarei mais segura aqui na corte, coisa que eu não era sendo a noiva
do seu filho. – Quando terminei de falar senti uma camada quente percorrer no
lado esquerdo do meu rosto. Aquela vadia havia me batido.
Pus uma mão sobre o lado que
ardia e com gosto retribui o tapa fazendo a mesma ter um impacto ao ponto de
quase ir ao chão.
- Você bateu na rainha da
França...
- Dane-se você, dane-se o rei,
dane-se o Francis, dane-se a sua coroa. Também sou uma Rainha e você me bateu.
Nada mais do que merecido esse tapa. – Eu bradei – Quer respeito? Respeite as
pessoas primeiro. Ou então cada vez que me dar um tapa, tenha a certeza que lhe
retribuirei sempre, mas nos dois lados. – Disse em um tom ameaçador.
- Sua desgraçada! – Ela disse e
eu entrouxei a boca debochando da cara dela. – Por sua causa meu filho agora
não será mais o Rei.
- Ótimo! Era isso o que eu
queria. – Fui franca.
Ela me fuzilou e caminhou
em minha direção mais uma vez, ergui a minha cabeça e esperei por alguma reação
dela.
- Você vai me pagar Cristine
Mery! – Ela disse. Estava me ameaçando.
- Está me ameaçando? – Perguntei,
mas não demonstrei medo.
Ela abriu um sorriso ardiloso e
me impressionei porque pensei que ela iria me dá outro tapa, que por sinal
seria bem retribuído. Mas não, ela não me bateu, só voltou a falar.
- Entenda como quiser! – Disse e
logo me deu as costas saindo dos meus aposentos.
Aquela mulher me odiava, e agora
mais do que nunca eu teria que tomar cuidado com ela. Tinha quase a certeza de
que foi ela quem tentou me matar na corte. Só não tinha como provar. Mas agora
o Michael estaria ao meu lado e com certeza iria me proteger.
Sim, antes de tudo quero dizer
que fiquei muito feliz do Michael ser legitimado, tanto que minha vontade era
de corre, pular em seus braços, beijá-lo e dizer que o amo. Espera! Eu já o
amo? Sim, digo com toda a certeza que sou louca por esse homem.
Saí correndo pelo os corredores e
os andares daquele castelo apenas para beijar o meu Michael e dizer que foi a
melhor coisa que acontecera em minha vida, já tinha até esquecido do ocorrido
entre eu e a Rainha. Adentrei a sala do trono e me surpreendi com a cena.
O Michael vestido com a roupa de
um verdadeiro Delfim e até já estava sentado em uma das cadeiras do trono
enquanto o rei se encontrava na outra.
Fiquei exasperada com aquilo, mas
calma que vocês irão entender o porquê.
Aproximei-me mais e vi que o
Michael estava sendo o juiz de algumas acusações da corte, era o Regente, e
sinceramente? Percebi que ele não estava preparado para aquilo, não naquele
momento. Aquilo era pra ser feito pelo o Rei ou pelo o príncipe, tá bem, eu sei
que ele já era o príncipe, mas ainda precisava da preparação. Até porque ele
não era como o Francis, não nasceu em berço de trono.
Me postei ao lado do rei e
perguntei:
- Treinando ele. Não é isso o que
você tanto queria? – Disse ele sem olhar pra mim.
- Ele não está preparado ainda. –
Retruquei e o rei olhou pra mim.
- Olhe aqui, Cristine, não me
diga o que devo fazer no meu reino. – Fiquei calada e ele continuou. – Agora
ele é um príncipe e deve aprender o quanto antes como reinar. Preciso que ele
faça isso logo porque estarei viajando e ele ficará responsável para tomar as
decisões enquanto eu estiver ausente.
- Tá bem, mas não precisa ser
desse jeito. O que as pessoas vão pensar dele? Olhe só pra ele, mal foi
legitimado e você já o colocou como Regente. – Dizia eu enquanto
olhava para Michael que estava sentado com uma mão sobre a perna e a outra
com o punho fechado sob o seu queixo. Parecia tenso e entediado. Mas não era
pra menos, aquilo ainda era muito novo pra ele, o Michael era um homem
tranqüilo, decidido, inteligente, mas eu tinha a ciência de que ele não sabia de
algumas coisas que os reis e rainhas tinham que fazer.
Ele olhou pra mim de relance
quando me aproximei dele enquanto um homem fazia uma queixa.
-...e esse mentiroso roubou as
minhas galinhas. – O homem falava apontando para outro homem que estava algemado.
– Eu as quero de volta.
Todos ficaram esperando uma
resposta de Michael, mas parecia que ele não tinha nada o que dizer. Aquela
cena estava ficando engraçada, o Michael estava com a cara de “me tira daqui”.
Soltei um sorriso suave pra ele e
mexi meus lábios para que ele fizesse uma leitura labial para saber o que eu
estava dizendo. “Fique tranqüilo e tome a sua decisão”
Ele assentiu, mexeu a cabeça para
um lado, depois para o outro, respirou fundo e logo tomou uma atitude.
- Pois bem. Isso é uma acusação
muito grave, e aqui na Corte temos regras e elas devem ser cumpridas. – Disse
com a voz firme e me deixou com muito orgulho. Ele levou sua vista para o
acusado e perguntou: - O que você tem pra se defender? – Perguntou e recebeu
como resposta o silêncio do acusado que para todos foi como uma confirmação.
Até porque quem cala consente. – Foi o que eu pensei. Levem ele! – Ordenou e os
guardas levaram o homem para a cela. – Terá suas galinhas de volta. – Agora sim
eu via o grande rei que o Michael seria se ele continuasse assim.
Todos estavam satisfeito com a
atitude do Michael, inclusive o próprio rei. Apesar dele não querer prejudicar
ninguém, mas ele tinha que fazer, era normas da realeza.
Capítulo 21
Depois que levaram aquele acusado
era hora de mais um julgamento. Mas antes eu me aproximei mais, ele se
endireitou na cadeira e ficou mais reto.
- Estou feliz por você ter sido
legitimado. – Murmurei. Ele riu.
- Se eu morrer de tédio enquanto
ouço as reclamações, estou caindo nas mãos da Rainha? – Ele perguntou revirando
os olhos.
- O segredo é não ser leviano,
Michael. O Rei disse que o quanto antes você aprender as coisas, melhor será no
futuro. – Respondi e ele deu um pequeno sorriso. Continuei. – Eles são seu povo
agora, eu entendo que isso foi uma surpresa, até pra mim foi, mas eles estão
tentando conhecê-lo melhor. Isso é importante.
Ainda olhando pra mim ele
assentiu com a cabeça e depois olhou para o rei que logo disse que ele estava
se saindo bem.
Seguido disso, me afastei mais um
pouco dele quando a outra queixa estava se aproximando. Michael estava atento,
estava, até uma mulher ser jogada no centro da sala do trono. Detalhe: ela
estava grávida.
Michael quase se levantou da
cadeira, mas se controlou, e lógico que eu percebi que estava havendo algo ali,
principalmente quando ele esbugalhou os seus olhos. Parecia tenso.
- Milorde, minha casa foi roubada
por esta mulher. – Disse o acusador.
Michael não tirava os olhos
daquela mulher e ela fazia o mesmo. Seus olhos estavam espantados, apavorados,
era como se o Michael entendesse a situação dela, sim, eles se conheciam, tinha
a certeza disso.
Michael virou a cabeça para o
lado e logo voltou a olhar para a mulher. Parecia indignado.
Mas por
que ele estava assim? O que ele tinha haver com essa mulher? Espero que não
seja o que estou pensando!
- Do que se trata? – Michael
perguntou com a voz firme.
- Essa mulher entrou em minha
casa e levou diversos itens de valor. – Respondeu o acusador apontando para a
mulher que logo abaixou a cabeça. – Ela roubou algumas...
Enquanto o homem continuava com a
acusação, Michael se remexia na cadeira preocupado com algo e já estava me
deixando agoniada de tanta curiosidade que eu tinha em saber sobre aquela
mulher.
- Milorde, devo mandar os guardas
revistarem a casa desta mulher? – Perguntou um guarda tirando Michael do seu
transe.
- Claro. – Michael respondeu
seco. – Mantenham-na no castelo até que terminem as buscas. – Completou e todos
que estavam presentes saíram deixando apenas eu, Michael, o rei que apenas observava
e dois guardas. – Quem é o próximo? – Voltou a falar tenso e logo uma mulher
que aparentava ter uns 40 anos entrou na sala toda nervosa.
- Milorde, eu só vim dizer que é
uma honra vê-lo. – Ela dizia e as palavras saiam tremulas. – Ouvimos boatos de um
bastardo famoso que foi legitimado. – Michael olhou pra mim de cenho franzido e depois voltou a olhá-la – Perdão, eu não quis ofender. – Completou a mulher.
- Não ofendeu. – Michael retrucou
com toda aquela franqueza e tranqüilidade que só ele tinha quando se travava do
assunto “bastardo”.
- Gostaria de fazer uma benção
para o seu bem. – Ela disse e começou a se aproximar dele abrindo os braços.
- Hei Senhora, não pode se
aproximar do Milorde. – Um guarda correu para alcançar a mulher que estava cada
vez mais próxima de Michael.
- Senhora, é melhor ouvir o
guarda! – Disse o Rei Henry quando se levantou da cadeira. Parecia preocupado.
- Eu só queria... – Ele abriu
mais os braços e pudemos ver que ela possuía uma faca escondida no punho da mão
direita. Certamente era pra matar o Michael.
- Peguem ela! – Bradou um guarda
que logo em seguida avançou na mulher fazendo a mesma ir ao chão. Todos se
assustaram. Como aquela mulher tinha entrado na sala do trono possuindo uma
arma? Ninguém entrava com nenhum tipo de arma naquela sala, só os guardas.
Michael levantou-se rapidamente e
estava com os olhos ao ponto de pularem pra fora.
O guarda que tinha avançado na
mulher logo levantou-se e mostrou a faca que a mulher estava.
- Isso era para o Milorde Regente. –
Disse ele erguendo a faca para que todos pudessem ver. – Foi um atentado à vida
dele.
- Tirem essa mulher daqui.
Levem-na ela para a cela! – Bradou o Rei. – Venha Michael e Cristine – O Rei
nos chamou para sairmos pela outra porta da sala, mas antes ouvimos a mulher
gritar: “ELA DISSE QUE O BASTARDO TEM QUE MORRER!"
Capítulo 22
Saímos da sala e começamos a
andar pelo o corredor. Antes de nos deixar a sós, o Rei já havia nos falado
algumas coisas do tipo... Que era pra
ficarmos atentos e cuidadosos. Pois a vida de Rei e Rainha é muito visada.
- Suspeita de alguém? – Michael
perguntou quebrando o silencio que passou a permanecer por alguns minutos.
- Mas é claro! – Respondi seca. –
Com certeza a Rainha deve ter alguma coisa haver com isso. Temos que ir até a
mulher.
- Certamente ela será morta antes
de chegarmos á cela. - Disse Michael. Ele tinha razão, quem estava por trás
daquilo com certeza já havia tomado providencia para que aquela mulher não
abrisse a boca para proferir o nome do mandante. E foi o que aconteceu alguns
minutos depois quando eu e o Michael fomos atrás da mulher, e sim, ela já
estava morta.
- Droga! – Bradei.
- Hei, fique calma. – Michael
disse brando e com as mãos sobre o meu rosto.
- Como posso ficar calma se você
acabou de sofrer um atentado?
- Eu sei me cuidar ok? – Tentou
me acalmar.
- A culpa é toda minha. Se eu não
tivesse pedido para o rei lhe legitimar, isso não teria acontecido e muito
menos...
- Olhe pra mim Cristine. – Ele
disse segurando no meu queixo obrigando-me a olhá-lo. – Vai dá tudo certo, ta
bem?
Não falei nada, apenas assenti
com a cabeça e saímos dali.
-Acho que você gosta desse lugar.
– Ele disse quando chegamos na beira do lago onde tínhamos dado o nosso
primeiro beijo.
- É eu gosto sim. – Disse um
pouco desanimada. Na verdade eu estava com uma coisa na cabeça que estava me
deixando muito curiosa e... Com ciúmes. Merda!
Falei.
- Vem aqui, e me diz o que você
tem? – Ele disse e me puxou segurando na minha cintura. – Por que está com essa
cara?
Exatamente quando eu iria
responder o Francis apareceu com a cara nada amigável. Seus olhos ardiam em
ódio.
- Francis?! – Perguntei assim
quando o vi.
Nada ele falou, apenas
aproximou-se de nós e de um modo abrupto deu um soco no Michael fazendo o mesmo
ir ao chão.
- O meu Deus! – Eu gritei e pus
minha duas mãos na boca. Não estava crente na cena que estava presenciando.
- Levante! – Francis gritou rodeando
o corpo de Michael.
Michael não ficou pra trás não,
rapidamente levantou-se e revidou o golpe em seu irmão que logo caiu no chão
com a boca sangrando.
- Olha aqui Francis isso não
precisa ser assim. – Michael disse tentando convencer o irmão que aquela briga
não precisa acontecer.
- Por que roubou a Cristine e o
meu posto? – Disse ele quando já estava de pé.
- Estou tentando ajudá-la. –
Respondeu Michael.
- Francis, por favor, vai embora!
– Eu gritei quase suplicando para ele sair dali ou as coisas iriam piorar. Não
queria ser o pivô de uma tragédia.
- Se aproveitou do medo e da confiança
dela assim como fez com a Maridit, até consegui nos afastar. – Francis disse e
socou o Michael mais uma vez.
Espera!
Mas quem era Maridit?
- Francis pare! Pare! – Eu
gritava enquanto meus olhos ardiam de tanto lacrimejar. Os dois rolavam no chão
aumentando mais aquela briga. Bem, o Michael não estava mais batendo no
Francis, acho que porque ele não queria por algum motivo desconhecido por mim.
Já o Francis fazia de tudo para acertar o Michael, e pior é que ninguém estava
por perto para separar, eu mesmo não iria conseguir. O que me restava era
gritar desesperadamente suplicando para que eles parassem.
- Há quanto tempo me odeia
Michael? – Francis perguntou durante a briga.
- Você está maluco, eu nunca te
odiei. – Michael disse tentando afastar Francis e eu continuava gritando
pedindo pra eles pararem.
- Francis, não é culpa dele, eu
que pedi para o seu pai legitimá-lo. – Assim quando eu falei as tais palavras o
Francis largou o Michael e olhou diretamente pra mim com a respiração
descontrolada. O Michael continuou no chão. – Eu que quis isso! – Concluir.
- Está definindo o futuro das
nações. – Ele disse grosseiro. – Pediu ao meu pai para mudar a linha de
sucessão, tomando a minha herança e a da minha família. De mim e de minha mãe.
– Ele dizia com tanto ódio que pude ver seus olhos se encher de lágrimas. – E
eu devo aceitar isso? Está desperdiçando isso porque simplesmente caiu nas
garras do meu irmão bastado. Você não sabe de nada Cristine! – Olhei para o
Michael que franziu o cenho e voltei a olhá-lo. – Urgh, nem sei porque estou
dizendo isso pra você! – Agora me olhava com desdém. Ele olhou para Michael e
depois voltou sua vista pra mim. – Se acha que um dia irei perdoá-los, estão
muito enganados. – Completou e saiu pisando com tanta força ao ponto de deixar
as marcas de suas botas no gramado.
Naquele momento um monte de coisa
havia se passando por minha cabeça, tantas que nem conseguiria pôr pra fora.
Saí do meu transe quando ouvi o
Michael murmurar. Virei-me para olhá-lo.
-Você está bem? – Perguntei ajudando-o
a levantar enquanto ele limpava o sangue que escorria do seu nariz. – Quando
planejava me contar? – Perguntei quando ele já estava de pé.
- Do que você está falando? –
Franziu o cenho.
- Da Maridit.
Ele abriu a boca, mas não falou
nada. Apenas ficou me olhando.
- Estou esperando uma resposta,
Michael! – Disse seca.
Ele abaixou um pouco a cabeça e
levantou o seu olhar pra mim.
- Maridit é a garota que foi acusada
de roubo nesta tarde. – Eu não tinha entendido até ele simplificar. – A
grávida. – Esbugalhei os meus olhos quando me lembrei da garota que ele encarava
enquanto a julgava. – Com certeza a acusaram de roubo para que nem ela e nem a
criança sobreviva no intuito de me atingir.
Capítulo 23
- Não! – Ele retrucou. Ufa! – O
filho não é meu. Tenho certeza que a Rainha Clarissa acha que sim, mas nessa
questão ela está errada.
- Nessa questão? – Fiquei mais
confusa ainda.
Ele pegou minha mão e me levou
pra sentar junto com ele no gramado na beira do lago.
- O pai da Maridit era meio-irmão
da minha mãe. Ninguém sabe da nossa ligação, por enquanto, mas se soubessem
iriam se arrepender pelo resto da vida de tê-la mandado.
- Por quê?
- Porque o filho que a Maridit
espera, simplesmente é do Francis. – Abri a minha boca em forma de “O”.
Como
assim o Francis iria ser pai?
- Porque quando o Francis se
envolveu com a Maridit todos pensavam que ela era minha amante, porque eu quem sempre a trazia pra Corte. Daí ela e o Francis se envolveram e deu
no que deu.
- Então o Francis sabe que ela é
sua prima?
- Sim! Mas nunca se atreveu a
contar porque sua mãe sempre lhe manipulou e lhe dominou. Todas as mulheres que
o Francis foi pra cama foi com a minha ajuda para que sua mãe não desconfiasse.
- Mas por quê?
- Por que ela tinha medo dele
engravidar uma mulher e ela acabar sendo avó de um neto bastardo já que ele era
noivo.
Fiquei perplexa com tudo aquilo,
o Francis era manipulado pela própria mãe. Por isso estava diferente de quando
era criança, digo no jeito de ser.
- E o que você vai fazer em
relação a isso Michael?
- Eu não sei. – Passou a mão no
cabelo preocupado.
Enquanto o silencio permanecia
entre eu e Michael me lembrei de algo que me deixou irritada.
- Espera ai! – Michael me olhou
assustado. - O Francis tinha uma mulher sendo meu noivo? – Perguntei brava.
- O que você achava? Que o
Francis fosse virgem? Pelo o amor de Deus Cristine, ele já tem 22 anos.
- Mas era comprometido.
Desgraçado! – Bradei e bati meus punhos na grama.
- Por que está reagindo assim
Cristine, por acaso isso é ciúmes? – Ele perguntou com o semblante sério e nada
agradável.
- Deixe de ser bobo Michael, só
estou com raiva dele ter ficado com outras mulheres sendo o meu noivo. –
Respondi firme. Realmente eu não estava com ciúmes, só me sentindo traída.
Ele respirou fundo e passou a me
olhar com doçura.
- Por favor, não fique com raiva.
– Disse ele quando aproximou-se do meu corpo, segurou o meu rosto, olhou no
fundo dos meus olhos e disse: - Eu te amo!
Quase me derreti com aquele olhar
apaixonado dele. Logo sorri satisfeita e lhe dei um beijo suave e gostoso com
aquela risadinha no meio.
- Eu também te amo! – Eu disse
quando desfiz o beijo. - Michael, eu tenho que ir. – Ele me olhou com olhar de
reprovação, mas assentiu.
- Tá bem! – Disse simulando a
expressão triste. – Por favor, não comente nada sobre a Maridit com ninguém,
nem com as suas damas de honras, até pelo menos eu resolver essa situação. –
Ele me pediu e eu assenti.
Seguido disso nos levantamos e
nos beijamos mais uma vez. Era tão bom
sentir o gosto do Michael, ele era tão bom de beijo como de cama. – Dizia pra mim mesmo.
- Não esqueça que amanhã você
será oficializado na frente de todos na cerimônia. – Eu disse pra ele quando
larguei o corpo dele e comecei a se retirar.
- Hey? – Ouvir ele gritar e
depois segurar delicadamente no meu braço. – Do que você está falando?
- Ué, você sabe... O rei lhe
apresentará pra todos em uma cerimônia amanha a noite. – Eu disse e ele balançou a
cabeça reprovando. – Michael, são as regras. Agora você é o príncipe e tem que
segui-las também. – Ele respirou fundo e assentiu.
- Ser Delfim não é nada
agradável! – Ele balbuciou e eu ri. – Mas o que eu não faço por você heim? – Sorriu
e me soltou.
- Obrigada. Tchau Michael, tenho
que ir mesmo. E ah, fique atento – Disse e saí o deixando sozinho na beira do
lago.
Capítulo 24
Quando me afastei do Michael, fechei meus punhos com o ódio e
fui atrás da Clarissa, precisava esclarecer algo. Precisava fazê-la parar de
tentar matar a mim e agora o Michael, ou as coisas iriam ficar feias pra ela.
- Onde está a Rainha? – Perguntei a uma de suas damas de
honras. Minha voz demonstrava raiva, muita raiva.
- A Rainha está descansando. – Ela disse.
- Estava. Não está mais! – Disse firme e passei por cima da
dama de honra assim invadindo o quarto.
A Rainha que estava deitada quando me viu sobressaltou em um
pulo só.
- O que faz aqui? – Ela perguntou.
- Você não se cansa? – Perguntei irada.
- Não sei do que você está falando garota. – Deu uma de
desentendida.
- Não se faça de tola sua velha enrugada! – Bradei. – Primeiro
eu, e agora o Michael? Qual é o seu problema?
Ela riu sarcástica, caminhou e sentou-se na cadeira em frente
pra mim, mas eu continuei de pé.
- Amo pensar que você é uma pedra no meu sapato para conseguir
tal feito. O Michael se feriu? – Ela perguntou.
- Deixe-o em paz. – Eu disse entre os dentes.
- Você sempre tão valente, corajosa, mas não é astuta como uma
rainha deve ser para alcançar seus objetivos.
- Pare de tentar me intimidar, posso ser pior do que você!
- Então você é mais forte?
- Pode ser que sim, talvez não, mas sem dúvida sou mais
inteligente. Está metida nessa
conspiração contra o Michael, incluindo o atentado a vida dele. Então se você
deixou o menor rastro possível eu irei descobrir. – Disse eu e saí dos
aposentos dela antes mesmo de deixá-la retrucar.
Voltei até onde eu e o Michael estava, mas não o encontrei
mais. Perguntei a um dos guardas se tinham o visto e ele disse que o Michael
estava em seus aposentos. Então pra lá eu fui.
- Michael, acabei de falar com a Clarissa. Agora tenho a
certeza que ela está por trás do atentado a sua vida. Mas não posso provar... –
Enquanto eu falava o Michael parecia querer me dizer algo, foi ai que o guarda
que salvara o Michael quando avançou a mulher que possuía uma faca saiu do
esconderijo que tinha no quarto.
- Mas acho que eu posso. – Disse o homem. – Isso foi da lâmina
destinada a ele. – Ele aproximou-se de mim e mostrou o ferimento causado pala
faca.
- Só uma coisa faria uma ferida assim. – Ele disse.
- Veneno. – Eu presumi. - Você está bem?
- Eu me sinto melhor. Irei ficar bem. Obrigado! – Ele disse e
saiu deixando eu e o Michael a sós.
- Por isso Clarissa perguntou se você se feriu. Ela sabia que
só precisava de um corte ou até mesmo de um arranhão para o plano funcionar. –
Eu disse segurando nos braços dele.
- Sim, mas eu também tenho algo para olhe dizer. – Ele disse
sério.
Ele caminhou até o esconderijo e de lá saiu a Maridit. Vi em
seus olhos que ela estava muito assustada com tudo aquilo.
- Vossa majestade. – Ela murmurou e abaixou a cabeça.
- O que ela faz aqui? – Eu perguntei para o Michael.
- Alac subordinou outro guarda para libertá-la. E como foi só
por roubo, ele não se importou.
- Mas libertá-la, acha que é uma decisão sábia?
- Claro que não é. Mas o que eu podia fazer? Ela é minha prima
e o filho que ela espera é do meu irmão. – Michael disse preocupado. – Que por
sinal nem sabe disso.
- E se contarmos a ele? – Sugeri.
- Não! A Clarissa mandará matá-la de alguma forma. Uma vez que
a tiverem, irão torturá-la até morrer ela e a criança.
Enquanto a gente discutia o que fazer com a Maridit, ela não
falava nada, continuava de cabeça baixa.
Capítulo 25
Passei a andar de um lado para o outro dentro do quarto do
Michael na tentativa de pesar em outra solução, mas sem sucesso.
- Deve haver outra solução. Você é o Regente da acusação. – Eu
disse voltando a olhá-lo.
- O regente ao qual estão trabalhando duro para matar. – Eu me
calei.
- Por que acha que aquele guarda a levou perante a mim? Ele
queria ver a minha reação. – Passei a pensar sobre isso. – Queriam que toda a
Corte visse a minha reação. Vou levá-la para um lugar seguro e o farei agora
mesmo.
- Mas onde é seguro?
- Eu avisei aos meus primos em Bernay. Vão nos encontrar e
escondê-la até que possam levá-la a Paris. Depois ela ficará com a minha mãe.
- Eu não sei Michael... Eu não sei... – Olhei para a Maridit
que estava passando a mão sobre a barriga e senti uma pena dela, tanto que
decidi concordar. - Está bem. – Consenti passando a mão na cabeça. – Mas ela
não pode sair do castelo vestida do mesmo jeito, não é? – Disse e fui até o meu
quarto, peguei um vestido e voltei para o quarto do Michael. Minutos depois ela
já estava vestida com o vestido azul marinho que ficou perfeito e confortável
nela.
Quando terminei de ajustar o vestido nela, percebi sua expressão
cansada. Toquei na sua testa e senti que estava febril.
- Você está quente. – Eu disse preocupada.
- Não, só estou cansada e minha barriga dói de tanto mexer. –
Ela respondeu.
Fiquei preocupada com o que ela disse. E se ela estivesse
prestes a ter o bebê naquele momento? Não, isso não podia acontecer. Então eu
toda preocupada caminhei até o Michael que estava do outro lado do quarto e
perguntei:
- Quando ela terá o bebê? – Perguntei baixinho.
- As parteiras disseram que em um mês. – Ele respondeu.
- Pois elas estão erradas. O bebê nascerá em breve.
- Como você sabe?
- Eu vi as freiras trazerem vários bebês ao mundo.
- Droga! Isso não pode ta acontecendo. – Michael começou a
passar uma mão na nuca. Estava preocupado. – Vou levá-la em uma parteira.
- Sabe que não pode fazer isso. – Eu disse. Afinal não havia
mais tempo pra isso e todas elas viviam no vilarejo e quando a Rainha desse
falta dela o primeiro lugar que procurariam seria por lá.
- Então preciso levá-la urgente.
- Leve-me com você. – Disse e o Michael se espantou.
- Cristine... Não! – Negou-se.
- Michael, isso é culpa minha. Se não tivesse pressionado ao
trono você não seria um alvo, nem mesmo a Maridit. – Retruquei.
- Mas é um risco que tomarei pela minha família, ela é minha
prima. – Ele retribuiu.
- Ela é uma garota que pode dá a luz a qualquer momento e seu
guarda-costas pode entrar em colapso por causa da ferida. Você não irá lidar
com uma mulher ao ponto de dá a luz sozinho, Michael.
Ele virou um pouco a cabeça para o lado e voltou a me olhar.
- Tem certeza? – Perguntou depois de um belo suspiro.
- É o único jeito dela sair do castelo. Se eu sair em uma
carruagem com a Maridit , você pode nos encontrar
depois. Ninguém saberá que ela fugiu. Clarissa pensará o que quiser, mas não
haverá testemunhas.
- Está bem! – Ele assentiu, contra a sua vontade, mas
assentiu. – Então temos que ir logo.
Eu fui até a Maridit e trouxe-a com uma peruca loura para
disfarçar.
- Como ela está? – Eu perguntei para ver se o Michael aprovava
no disfarce.
Ele franziu o cenho quando a viu.
- Parece... uma baronesa... horrorosa. – Ele disse querendo rir do disfarce.
- Não estou pior do que você imitando um futuro rei. – Maredit
retrucou revirando os olhos. O Michael começou a rir com o jeito dela.
- Deixe de coisa, Michael. Ficou perfeito. – Eu disse. – Vamos querida. – Peguei na mão da Maridit e saímos pela
passagem secreta. Minutos depois o Michael nos encontrou.
- E o Michael? Ele vai ser um rei em breve. – Disse para lhe
mostrar que eu não era como todas as rainhas.
Logo quando amanheceu o dia, abrir meus olhos e vi que o
Michael não estava lá. Droga! Eu havia dormido sentada ao lado da Maredit e da
menina. Estava com a cabeça doendo.
- Michael... – Toquei no seu ombro e depois ouvi Maridit
murmurar.
- Prometa que vai cuidar do bebê. – Dizia ela para Michael. –
Da mesma forma que cuidou de mim.
Capítulo 26
Fomos pela floresta e logo a noite caiu. Certamente já haviam
percebido algo de estranho no castelo, ou até já estavam nos procurando.
- Acho melhor deixar os cavalos descascarem. – Michael disse.-
Vou verificar se tem alguém atrás nos seguindo.
- Eu vou junto. Dois pares de olhos são melhores que um. – Eu
disse e Michael estendeu a mão para me ajudar a descer da carruagem.
- Alac, fique com a minha prima. – Michael disse para o guarda
que nos acompanhou. Ele era de confiança e amigo de Michael.
- Não se preocupe Michael, eu fico. – Ele respondeu e em
seguida eu e Michael saímos de perto.
Começamos a caminhar pela floresta atrás de ervas para a
Maridit. Iria fazer bem para o bebê.
- Estou me sentindo tão culpada por isso, Michael. – Eu disse
quando já estávamos bem distantes.
- Cristine... Pare de assumir a culpa. – Michael disse quando
segurou delicadamente no meu braço fazendo-me ficar na frente dele.
- Michael, eu sei que se sente preso a mim e...
- Não, eu não me sinto preso por causa de você, eu me sinto
preso a essas formalidades, costumes em fim... – Ele respirou fundo e
continuou. – O que eu sinto por você é... Amor.
– Ele concluiu e eu sorri com o
seu jeitinho carinhoso de ser comigo em meio a tantos problemas que causei, e
ele ainda conseguia ficar tranqüilo.
Me aproximei dele e depositei um beijo suave nos seus lábios,
quando fui desfazer ele me impediu segurando no meu rosto e me beijou. Naquele
momento era como se tudo aquilo fosse um pesadelo, parecia que o meu corpo
tinha entrado em estado de paz, mas que pena que durou pouco quando ouvimos
rincho de cavalos se aproximando. Michael esbugalhou os olhos preocupado.
- São os guardas da rainha. – Eu disse apavorada.
- Vamos, por aqui. Eles não irão nos encontrar.
Fomos o mais depressa possível para a carruagem e quando abrimos
a porta a Maridit estava passando mal. À criança tinha decidido nascer. Olhei
para Michael e entrei na carruagem para fazer o parto. Tirei toda a roupa
pesada dela e a apoiei nas minhas pernas.
- Meus músculos doem muito, não consigo me mover. – Ela gemia
de dor.
- Você bebeu algo? – Perguntei.
- Sim, um copo de leite ontem de manhã.
- Por isso, os músculos se contraem sem água suficiente o que
pode causar uma precoce dor de parto. – Olhei para Michael e fiz uma careta
insinuando para ele pegar água.
- Já volto! – Ele disse e saiu da carruagem para pegar a água.
Peguei o vestido dela, rasguei um pedaço e com o mesmo passei
a enxugar o seu suor.
- Deve pensar que sou um nada. – Ela disse meio sem jeito.
Parecia constrangida comigo enxugando o seu suor.
- Nem um pouco, Michael me contou tudo. Sei que é do Francis.
Lamentável como isso aconteceu.
- Você é bem gentil. Mal consigo acreditar. – Ela falava
enquanto se mexia por causa do desconforto que a dor lhe causava.
- Que eu seria gentil? – Perguntei divertida enquanto passava
o pedaço do pano na testa dela.
- Que eu teria uma rainha enxugando o meu suor, como se eu
fosse a rainha, não você. – Eu ri.
- Acha mesmo que a realeza é diferente das pessoas comuns?
- Olhe pra você.
- Ele vai se casar com você, isso é tão surreal. – Ela disse e
vi um pequeno sorriso nos seus lábios.
- É tão difícil assim de acreditar? – Perguntei com as
sobrancelhas arqueadas.
- A parte de casados, não. – ela virou-se um pouco e me
olhando bem nos meus olhos disse: - Vi o jeito que ele olha pra você. A parte
como rei...
- Não consegue imaginar seu primo como rei?
- Não são os reis que tomam as decisões horríveis, às vezes?
Traem os amigos para o bem do seu país.
- Sim, ás vezes. – Ela riu.
- Então não, não digo que será um bom rei. – Ela disse se
contorcendo de dor.
- E por que não? – Franzi o cenho. Não sabia onde ela queria
chegar.
- Porque o Michael é um bom homem, tem sentimentos e sei que
reis agem sem sentimentos. Você terá que ver isso, Vossa Majestade. – Eu ri
baixinho com o comentário dela. Realmente os sentimentos do Michael eram
lindos, mas acho que isso não seria problema. O Michael era esperto e sabia ser
duro quando fosse necessário. – E como! –
Saí do meu pensamento maldoso quando Maridit gemeu de dor, mas dessa vez
parecia está piorando.
- As dores estão começando a vir mais rápido agora. Respire
fundo! – Eu disse e ela começo a puxar o ar pela boca.
Capítulo 27
- Aqui está. – Disse Michael quando entrou na carruagem com
a água, peguei e dei para ela beber.
- AH! – Ela gritou. – Não agüento mais.
- Michael? Segure-a.
- Ãh?
- Sim, fique aqui que irei fazer o parto agora. – Eu levantei
e o Michael sentou-se no meu lugar para apoiar a cabeça dela nas suas pernas.
Fui para frente dela, abrir suas pernas assim ficando entre
elas.
Passamos um bom tempo e nada da criança nascer, e quanto mais
demorava a Maridit morria mais de dor.
- Vamos Maditid. Só mais um pouco. Apenas empurre. – Estimulei
e ela gritou fazendo força. Seu sofrimento era tão grande que eu não via à
hora da criança nascer só para não olhar pra aquilo. Já o Michael estava com a
cabeça virada com aquela agonia. – Tudo bem, você está quase lá. Vamos! Mais
uma vez. – E ela fez mais força ainda e liberou mais um grito de dor e assim
finalmente a criança nasceu. – Isso aí, garrota! – Peguei-a no braço e cortei o
cordão umbilical com uma navalha do Michael. Seu choro era bom de ouvir, assim soubemos que estava bem.
Maridit respirava fundo e ria enquanto olhava pro seu bebê que
estava nos meus braços.
- Ele está bem? – Ela perguntou ainda com a voz exausta.
- É uma menina! – Eu disse e ela riu. Olhei para o Michael e
ele também sorriu. – Ela está mais do que bem. Ela é linda.
Michael deitou-a e estendeu os braços para pegar a criança.
- Ela é linda! – Ele disse sem tirar os olhos dela. – Ela
parece com o... Francis. – Disse com um sorriso encantado pela criança. – Olhe
Maridit, sua filha. – Ele deu para ela segurar e assim ela pegou sua filha pela
primeira vez no colo.
(...)
Cuidadosamente saí da carruagem, andei um
pouco até uma árvore e lá estava ele sentado em uma pedra de cabeça baixa e
mexendo na areia com o pé. Quando ele sentiu minha presença, virou-se e me
olhou.
- Se sairmos logo, estaremos em casa ao alvorecer. – Ele disse
baixinho.
- Michael, eu preciso falar algumas coisas com você. – Eu
disse séria. Nada ele falou, apenas ficou atento. – Mais uma vez sinto muito...
- Não! – Ele me interrompeu e levantou-se – Cristine,
sinceramente, se você vier com pedido de desculpas por ter me colocado nisso
tudo pode esquecer.
- Não posso esquecer. – Respirei fundo e complementei. – E de
verdade, nem você pode.
- O quer dizer?
- Quando chegarmos em casa, o seu pai vai querer nos casar o
mais depressa possível, e quando dizer “sim” quando nos casarmos, você será o
Rei da Escócia e, então, Rei da França. Teremos centenas de novos inimigos,
muito mais do que você tem agora. Pessoas procurando suas fraquezas.
Parou de me olhar e encarou a carruagem.
- Minha
família. – Ele disse.
- Sua família é importante pra você. Você faria qualquer coisa
por eles, apesar do risco para você ou para a sua coroa, eu vejo isso agora. –
Falei isso porque passei a pensar muito no que a Maridit tinha me falado. O
Michael se preocupava com as pessoas, e claro que iria fazer de tudo para
proteger a família. Só que os reis têm que reinar sem os sentimentos para não
misturar as coisas. Não que eu queria que o Michael virasse um homem sem
sentimentos, só estou falando em relação a tomar decisões reais.
- E você acha isso irresponsável. – Ele disse voltando seu
olhar pra mim.
- Eu acho nobre. Por isso acho que não pode querer isso em seu
coração. – Ele respirou fundo enquanto eu falava. – Quero que tenha uma escolha.
Se não quer uma coroa...
Fomos interrompidos por Alac gritando.
- Há algo de errado com a Maridit!
Olhei para o Michael e logo fomos ver o que eu estava
acontecendo.
Ela estava muito pálida e fraca.
- Maridit... O que foi? – Michael perguntou segurando a mão
dela. Levantei o lençol que a cobria e vi que ela estava sangrando muito.
- Essa não. – Murmurei. Michael rapidamente olhou pra mim e
parecia preocupado pelo tom que falei.
- O quê? O que foi? – Ele perguntou.
- Ela ainda está sagrando. E não vai parar. – Ele voltou a
olhá-la e pousou sua mão na testa dela. – Michael, eu já vi isso acontecer.
- Temos que tirá-la daqui. Achar alguém que possa ajudá-la. –
Ele queria muito salvar a prima, mas já era tarde de mais.
- Não fale assim, você mesma irá cuidar dela. – Michael não
queria aceitar que a prima estava morrendo.
- Prometa! – Ela exigiu sem força.
- Prometo. Dou minha palavra. Maridit? Maridit? – Michael a
chamava, mas infelizmente ela já estava morta. Parecia que ela estava apenas
esperando o Michael prometer cuidar do bebê para depois morrer.
Michael me olhou e seus olhos estavam lacrimejando, não
hesitei e comecei a chorar também.
- Ela morreu. Temos que voltar. – Fora a única coisa que ele
disse antes de sair da carruagem.
Passei para o banco da frente com a criança e fiquei por duas
horas com ela até ela dormir. Coloquei-a em um cantinho confortável da
carruagem e fui ver o Michael.
- Michael... – O agarrei por trás quando o vi em pé parado
olhando pro nada.
- Iremos embora. Não há mais nada a fazer. – Ele disse e eu
assenti abraçando ele de frente agora.
Capítulo 28
Voltamos para o castelo e tivemos que dá algumas explicações
pelo o fato de temos passado a noite fora. Mentimos dizendo que fomos passear e
acabamos nos perdendo, não acreditaram porque sabia que o Michael conhecia tudo
aquilo e não tinha como se perder, mas não questionaram muito e finalmente nos
deixaram em paz.
O Rei tinha saído para resolver alguns problemas, disse que
voltava a noite para a apresentação do Delfim, e isso já significa que quem
dava as ordens ali enquanto ele estivesse ausente era o Michael.
- Parece muito com o seu pai. – O Michael falava com a criança
que tínhamos levado para a Corte escondida. - Trará muita alegria para este
mundo. – Concluiu e entregou-a a uma das empregadas da corte que jurou ficar
calada em relação à menina. - Leve a criança para o berçário da Corte, seja bem discreta.
Esconda ela entre as crianças que você cuida. – Ele ordenou para a mulher.
- Sim, cuidarei bem dela. – Ela respondeu.
- Se perguntarem de onde ela veio, a encontrou na porta do
castelo. É tudo o que você sabe. Entendeu? – Eu disse.
- Claro. Não direi nada. – Disse ela e levou a criança.
Sei que parece loucura, mas trouxemos o corpo da Maridit junto
para que não desconfiasse de nada. Inventamos uma história, mas parece que o
mesmo guarda que a prendeu ficou desconfiado mesmo assim.
- Estávamos nos perguntando onde estaria, quando desapareceu
de repente. – O mesmo guarda que a
propósito era “amiguinho” da Rainha perguntou.
- Saímos para passear e encontramos essa fugitiva. Perguntei
por que ela fugiu e ela... Nos ameaçou com uma faca. – Deu uma pausa e depois
de segundos voltou a falar. – Então eu...
- O Regente foi forçado a matá-la, senhor. – Alac respondeu. –
Ela lutou com ele, mas ele logo acabou com ela.
O “amiguinho” da rainha olhou para mim com um olhar acusador e
curioso pela verdade.
- Não é surpresa ela ter lhe ameaçado Milorde. – Ele voltou a
falar olhando pra Michael.
– O pai dela era Jhonatam Surream, um traidor.
- Nunca ouvir falar dele. – Michael respondeu demonstrando
firmeza. – Quem quer que ele fosse sua linhagem teve fim. – Concluiu.
- Teve? Lembro que essa garota estava grávida.
Michael demonstrou indiferença e deu de ombros.
- Eu a encontrei assim. Ela deve ter tido o bebê e o deixado
pra trás.
- Hum... Acho bom, porque essa criança não pode viver na
corte.
Michael irritou-se e deu um passo e assim ficando a
centímetros do homem.
- Assim como um conspirador covarde merece não mais que sua
marionete. – Disse entre os dentes. – A propósito, como está sua amiga, a
Rainha? Já visitou ela hoje em seu quarto? Aproveite que o meu pai não está em
casa, assim como você sempre fez. – Ele terminou e saiu deixando todos sem
palavras com aquela cena. O Michael estava parecendo um verdadeiro Rei. Tomando
atitudes diferentes do que eu pensaria.
Sorri de satisfação ao ver aquela cena e em seguida fui atrás
dele.
Estava enterrando o corpo de sua prima por trás do castelo. Esperei
que terminasse para poder conversar.
- Deve ter sido muito doloroso pra você ter apresentado ela
como uma criminosa na Corte. – Eu disse assim quando cheguei perto dele.
- Cristine, pensei no que disse. Nunca fiz questão por uma
coroa, mas se é pra ficar com você, eu aceito tudo. – Ele pegou em minhas mãos.
– Saberei usá-la, mas precisa saber de algo. Não sou o Francis e nem o Henry, meu
dever nunca será com o país, com a terra ou com o trono. Quando estivermos
casados você será minha família. Estarei nessa por você, só por você. E se isso
não é o que reis de verdade fazem...
Não deixei ele terminar o que dizia porque simplesmente não
consegui resistir e o beijei com ternura. Logo ele me correspondeu e segurou na
minha cintura intensificando mais aquele beijo.
Acho que foi por isso que eu me apaixonei pelo o Michael. Ele
não pensava como os reis, não se preocupava com dinheiro; benefícios; terras; em
fim... Ela se preocupava comigo, me colocava na frente e fazia de tudo para me
satisfazer.
Esse sim é o príncipe que toda mulher deseja em sua vida.
Não esperamos mais nenhum segundo e corremos feito loucos para
dentro do castelo e sem que ninguém nos visse entramos no quarto do Michael e
trancamos a porta.
Estava louca para tê-lo dentro de mim mais uma vez.
Quando entramos no quarto, a primeira coisa que o Michael fez
foi tirar a camisa, logo eu envolvi meus braços em volta do seu pescoço e tomei
seus lábios em um beijo desesperado.
Ele pôs as mãos no meu rosto, desfez o beijo e encostou sua
testa na minha.
- Por que parou? – Perguntei no tom de reprovação. Eu queria
muito ele.
- Calma Rainha. – Ele disse com a voz branda e virou-me de
costas. – Vamos fazer diferente dessa vez. – Disse sedutor e começou a roçar
seu nariz nos meus cabelos. Depois deslizou deus dedos pelas alças do meu
vestido e desabotoo o mesmo que logo caiu no chão.
- O que está fazendo? – Perguntei curiosa e percebi um sorriso
sapeca nos lábios de Michael.
Isso era tão excitante!
Seus dedos deslizando sobre os meus ombros.
- Estou te ajudando a ficar mais... – Deu uma pausa. –
Excitada. – Concluiu com a voz rouca.
- Ah, Michael. – Gemi com aquilo.
Ele pegou meus cabelos, os colocou de um lado só e passou a
beijar o meu pescoço.
Fechei os meus olhos sentindo toda a minha pele
arrepiar-se.
- Diga-me o que você quer... – Voltou a sussurrar no meu
ouvido sedutor. – Especificamente. Não deixe nada faltar.
Meu Deus, que homem era
aquele?
- Está bem. Gostei disso. – Virei minha cabeça, segurei na sua
nuca e sussurrei todos os meus desejos sexuais pra ele. A cada sacanagem que
proferi, pude vê-lo morder o lábio inferior e também formar sorrisos
extasiantes e biquinhos. Estava gostando das coisas que lhe falava.
Não demorou muito para que ele me pegasse nos seus braços e me
colocasse sobre a cama. Abri minhas pernas e ele ficou entre elas sem parar de
me beijar com desejo. O peso do seu corpo era extremamente excitante.
De repente ele parou de beijar e eu o olhei com reprovação.
Muita reprovação.
- Espera! Você ainda está com muita roupa. – Disse ele e em
questão de segundos rasgou tudo o que ainda cobria o meu corpo e voltou a
enterrar sua cabeça no meu pescoço. – Agora você vai esquecer uma coisa. –
Voltou a sussurrar.
- Ah... – Gemi.
- Você vai esquecer cada garroto que já sorriu pra você, cada
garoto que já flertou com você. – Agora ele encheu uma de suas mãos com um de
meus seios e começou a dá beijos pela minha barriga enquanto eu me contorcia e
arqueava a cabeça pra trás. – Esqueça todos, menos eu. – Voltou a me beijar nos
lábios.
Depois de muitas preliminares, o Michael se despiu e não
demorou muito para que estivéssemos entre beijos e gemidos de prazer. Ele
deslizando-se sobre o meu corpo, me penetrando com desejo e eu o apertando como
nunca.
Logo entramos em estado de prazer total quando o orgasmo de
ambos escorreu um sobre o sexo do outro.
E depois disso fizemos amor mais 2 vezes para saciar o nosso
prazer felino que parecia nunca ter fim.
Seguido disso, depois de tanto pelejo saí do quarto do Michael
para me arrumar, pois a noite teria a festa para apresentar o Michael como o
Delfim.
Acreditem. Foi muito
difícil sair de lá, pois minha vontade era de ficar o resto do dia na cama com
ele e fazendo “o que” não precisa explicar né? Não!
Capítulo 29
Espiava pela cortina que decorava a sala do trono. Todas as
pessoas que eram consideradas importantes se faziam presente esperando a
entrada do Michael. O difícil era saber quem era do bem e quem era do mal, não
dava pra confiar em ninguém.
Decidi saí de trás das cortinas e encarar toda aquela
falsidade.
- Olha só quem decidiu trocar o príncipe pelo bastardo. – Ouvi
aquela voz familiar ecoar ao meu redor. Virei-me para encarar a pessoa que tão
cedo já me irritava.
- Lord Westbrook?! – Perguntei incrédula. Aquele homem que
ameaçara a mim em uma noite aqui na Corte e que o Michael me salvou de não
demonstrar medo estava mais uma vez na minha frente.
- O que você faz aqui? – Perguntei ríspida.
- Ué, vim ver de perto o nosso futuro Rei. – Respondeu com uma
pontada nítida de sarcasmo.
- Olha aqui seu idiota. – Me enfureci. – Não se atreva em
chegar perto do Michael! – Disse entre os dentes demonstrando a minha raiva. –
Ou então...
- Ou então o que? – Ele perguntou e deu um passo assim ficando
bem pertinho de mim.
Fiquei encarando-o até a maldita rainha se intrometer.
- Lord Westbrook, que bom que veio. – Ela disse chamando a
atenção dele. – Vamos, venha me acompanhar em uma bebida. – Dizia em um tom de
cumplicidade. Saquei que a presença dele tinha sido planejada. Com certeza eles
se conheciam.
- Claro Clari... Vossa Majestade. – Engasgou-se. – Será um
prazer! – Completou e saiu de perto de mim.
Minutos depois minhas Damas de horas apareceram.
- Cristine? Onde você estava? – Lola perguntou. – Por que não
mandou nos chamar?
- Desculpe meninas, estava precisando ficar sozinha. –
Respondi.
- Como assim sozinha? Ontem você passou a noite fora com o
Michael e...
- Mas já disse que foi porque nos perdemos. – Respondi rápido.
– Por favor, sem mais perguntas. – Respirei fundo.
- Ta bem! – As duas assentiram e ficamos caladas até que o Rei
Henry subiu no batente acompanhado por Michael e assim chamando a atenção de
todos.
Afastei-me das damas quando o rei começou o discurso.
- ... Senhoras e Senhores, esse é um momento que requer muito
a atenção de vocês. – O Rei falava em voz alta e autoritária. Todos estavam
atentos. – Como todos já sabem, houve uma extrema mudança na linha de sucessão
da França na qual o meu filho Francis foi substituído pelo o meu filho mais
velho, Michael Jackson. – Disse ele e apontou para Michael, e pela cara dele
parecia desconfortável com tudo aquilo. – Mas essa cerimônia não é pra pedir a
opiniões de vocês e muito menos autorização para o Michael ser o novo Delfim,
apenas para oficializar perante o nosso povo o novo Delfim. Agora sim podem dá
os aplausos ao novo príncipe de vocês. – O Rei optou em ser bem franco com as
palavras, tanto que todos aplaudiram o Michael deixando-o mais incomodado e sem
graça.
Ele ficou sentado na cadeira do trono para cumprimentar a
falsidade das pessoas que se faziam feliz em tê-lo como príncipe.
Eu observava o Michael de longe, por um lado estava feliz por
saber que logo estaria casada com ele, mas por outro estava aflita porque sabia
que aquilo era ariscado para ele. Mas vê-lo sentado naquela cadeira onde só os
soberanos sentam era tão gratificante.
- Olá querida! – A voz feminina tirou-me do meu devaneio
chamado “Michael Jackson”. Virei-me para olhar a mulher. Diane Jackson!
- Olá. – Disse quando me virei. – Vo... Você veio.
- Mas é claro querida, não iria perder a melhor parte do meu
filho sendo anunciado perante todos como o Delfim. – Ela deu um sorriso
simpático.
- Ah sim, entendo. Ele merece. Ele não é como os outros. Tem
sentimentos. – Me enchi de orgulho ao falar dele daquela forma.
- É verdade. O Michael é especial. – Ela disse olhando pra ele
e depois voltou a olhar pra mim. – Fiquei sabendo sobre a Maridit. – Ela
sussurrou. – Lamentável! – Respirou fundo lamentando. – Me dê licença querida,
agora vou falar com o rei. – Disse ela e se saiu.
Eu apenas assenti e logo senti uma mão pegar no meu braço
bruscamente. Me virei para olhar e era o
Francis.
- Francis?! – Esbugalhei os meus olhos ao ver aquela pessoa
deplorável em minha frente. Estava com o cabelo desgrenhado, a roupa toda
desalinhada e cheirava a álcool.
- Preciso falar com você! – Ele disse todo desconfiado e
baixinho para que ninguém ouvisse.
- Então diga! – Disse seca.
Ele olhou para os quatro cantos da sala e disse:
- Não aqui. É importante. – Olhei com um olhar de que não
estava interessada. – É sobre o Michael. – Agora sim fiquei séria e com os
olhos bem arregalados.
- O que tem haver com o Michael? – Perguntei preocupada.
- Será que pode vir? – Ele perguntou e eu não pude me negar.
Eu estava preocupada demais, pensava que o Francis tinha esquecido todo o
rancor e tinha decidido ajudar o irmão.
Saí com o Francis sem que ninguém nos visse ou percebesse a
minha ausência. Ele me levou por uma sala que dava entrada pra várias outras.
Parecia um labirinto. Comecei a ficar
preocupadíssima com aquilo.
- Francis, pra onde estamos indo? – Perguntei quando parei de andar. Ele virou-se e me olhou. Caminhou até a mim e
tirou um pedaço de pano branco do bolso e cobriu o meu nariz fazendo-me
desmaiar.
(...)
Capítulo 30
Abri os meus olhos lentamente ainda um pouco tonta. Tentei me
mexer mais estava com os punhos presos nas costas de uma cadeira velha de
madeira.
Droga! Como eu fui uma
idiota em pensar que o Francis estaria preocupado com o Michael? Burra! – Gritava na minha mente comigo mesmo.
- Francis?! – Gritei e logo tomei um susto quando ele
respondeu.
- Pra que gritar? Eu não sou surdo! – Estava bem atrás de mim.
- O que você está fazendo? – Perguntei o encarando.
- Me vingando. – Ele disse enquanto brincava com uma faca.
Agora sim eu estava com medo.
- Francis, pelo o amor de Deus, me solta. – Eu pedi olhando
bem no fundo dos seus olhos. – Você não é assim. – Conclui.
- Sabe Cristine. Minha mãe tinha razão em relação a você. –
Ele passou sua mão indelicadamente na minha cabeça alisando o meu cabelo.
Parecia estar possuído. – Ela disse que você não seria uma boa esposa. E ela
tinha razão, só que você fez pior. ME TROCOU POR UM BASTARDO QUE AGORA ESTÁ
SENTADO NO MEU LUGAR! – Ele gritou exasperado e tomado pelo o ódio. Colocou a
faça no meu pescoço ameaçando em cortar a minha garganta.
- Você não precisa fazer isso. – Eu murmurei na tentativa de
acalmá-lo. – Você não é assim
- E como é que eu sou, Vossa Majestade? – Enfatizou a
pergunta.
Antes de responder pensei bem no que falar. Afinal ele havia
digerido álcool e qualquer vacilo meu acho seria capaz de me machucar.
- Francis, o que você ganha me machucando?
Ele deu a volta, ajoelhou-se na minha frente e ficou olhando
fixamente nos meus olhos. Passou a morder os lábios e virar a cabeça para a
direita e para a esquerda. Parecia pensar em algo.
- É verdade. O que eu ganharia matando você? – Perguntou
voltando a me encarar. – Bem, o Michael já foi legitimado mesmo e demoraria para
se apaixonar por outra mulher. Meu irmão é muito difícil sabe? – Disse sarcástico.
Levantou-se e passou a caminhar por trás de mim. – Pelo menos a minha mãe não
perderia a coroa tão cedo e... E mais nada.
- Ela está te manipulando Francis. – Balbuciei.
Ele se postou mais uma vez na minha frente.
- Não! – Bradou. – Ela não me manipula. – Irritou-se e chutou
o pé da cadeira.
- Francis não, por favor! – Supliquei quando ele levou a faca
até a minha garganta novamente. Torrentes de lágrimas escorriam sobre o meu
rosto quando percebi que ele estava disposto a fazer aquilo.
Por breves segundos entrei em um devaneio onde as imagens eram
fortes e marcantes. Lembrei-me de tudo o que já tinha vivido, todos os riscos
que já passei, do meu povo que tinha que ajudar e por fim o Michael. Lembrei-me
do dia que o avistei pela primeira vez, não tirava os olhos de mim e eu fazia o
mesmo. Depois lembrei que no mesmo dia entrei no quarto dele sem saber e fiquei
trêmula quando ele falou comigo pela primeira vez. E na vez que ele me impediu
de entrar na floresta, é eu não contei, mas horas depois ele cumpriu a promessa
e me trouxe o cão de volta. Fiquei encantada com aquilo. No dia que tentaram
me matar na banheira ele também esta lá, me salvando e me consolando. Também
veio as melhores lembranças da minha vida. Quando me embriaguei e dei o
primeiro beijo nele, ali eu não fazia ideia de que estaria selando o início de
tudo, e a outra lembrança foi de quando fugimos e ele foi preso por isso e
quando fui visita-lo fizemos amor pela primeira vez. Ah, me senti a mulher mais
feliz do mundo, realizada e só precisava está ao lado dele para me sentir
assim.
Lembrando-me de tudo isso as lágrimas ficaram mais grossas e a
pergunta pairava na minha mente: “E
agora? Onde estava o Michael que prometeu me proteger?”
Saí dos meus devaneios quando ouvi umas batidas na porta e a
voz familiar clamar o meu nome. Era o Michael, finalmente ele tinha aparecido.
Assim quando Francis ouviu a voz do Michael, segurou a minha
cabeça e colocou a mão na minha boca para que eu não gritasse, mas no desespero
que eu estava, não sei como, mas consegui morder a sua mão e gritar. Logo o
Michael começou a chutar a porta até que ela foi ao chão.
- Michael... Cuidado! – Eu gritei. – Ele está com uma faca! –
Disse para alertá-lo.
- Francis, me dá essa faca! – Michael pediu tentando
acalmá-lo. – Você não precisa fazer isso. – Concluiu.
- Não se preocupe Michael, ela viva ou morta você já é o
Delfim da França. – Francis disse e soava odiosa cada palavra que ele proferia.
- Isso não me importa! Eu só quero a Cristine. – Disse Michael
se aproximando lentamente dele que estava com a faca na minha garganta.
- Francis, por favor! – Pedi choramingando. Meus olhos só
conseguiam enxergar as coisas embasadas por causa das lágrimas que os cobria.
- Cala a boca Cristine! – Francis gritou e eu continuei a
chorar mais ainda olhando para o Michael como se estivesse pedindo para que ele
me tirasse dali. – E você seu traidor, não chegue mais perto. – Disse
percebendo a aproximação do Michael.
- Fica calmo Francis! Eu já disse que você não precisa fazer
isso. Podemos nos entender novamente, como nos velhos tempos, mas pra isso você
precisa me dá essa faca! – Michael disse concentrado nos olhos dele.
Francis soltou uma risada sarcástica.
- Sabe Michael, eu sempre invejei você. – Francis começou a
dizer com a voz calma. Michael franziu o cenho, olhou pra mim que agora
soluçava e depois voltou a olhar para o irmão. – Você sempre pôde saí do castelo
sem que as pessoas o reconhecessem como o Delfim e ficassem te cobrando coisas
que era pro seu pai ter feito. Tinha a sua liberdade, podia sair sem ter que dá
satisfações, ficar com as garotas sem ter sua mãe no seu pé te impedindo de
fazer aquilo que lhe desse na telha. – Fixou seus olhos nos de Michael. – Agora
eu estou pensando que você seja louco irmão por trocar tudo isso, toda essa sua
liberdade por uma prisão que é essa vida de realezas. Você é burro.
Capítulo 31
Francis estava maluco, parecia ter ataque bipolar. Por um
tempo ficava manso e depois se exasperava.
Enquanto Francis falava, Michael me fitou por alguns segundos
com um olhar cúmplice e começou a se aproximar. O Michael aproveitou que o
Francis desencostou a faca de mim e ele chutou a cadeira que eu estava sentada
para que eu ficasse longe daquela briga, avançou em Francis e segurou no seu
punho.
Eu ainda no chão não podia fazer nada a não ser gritar, estava
presa na cadeira presenciando aquela disputa de força que era. Acho que ninguém
escutava por conta do barulho do salão.
O Michael vacilou quando olhou pra mim e o Francis se pôs por
cima dele tentando lhe ferir.
Eu me desesperei e comecei a gritar mais ainda vendo a hora
dele enfiar a faca e acabar com a minha vida enfiando a faca no dono do meu
amor, no meu tudo.
- Agora me diz Michael, o que perco com isso? – Francis
perguntou enquanto tentava matá-lo.
- Francis não! – Eu gritei vendo aquela cena e uma coisa veio
na minha mente. O bebê! – Não faça
isso Francis, você tem uma filha pra criar. – Eu gritei esperando ele parar de
atacar o Michael.
Falei sobre a criança porque eu sabia que era a única maneira
dele parar com aquilo, sabia que ele iria pensar sobre ela e talvez desejá-la,
desejá-la como filha. No fundo do meu coração eu sabia que aquele não era o
Francis, mas sim um homem dominado e persuadido pela própria mãe.
- Eu não tenho filhos! – Ele gritou.
- Tem sim. Eu sei da Maridit, e ela teve um filho seu! – Ele
parou de tentar cravar a faca no Michael e me olhou com os olhos esbugalhados.
Nesse vacilo dele, dois guardas que tinham percebido algo de
estranho invadiram o quarto e tiraram o Francis de cima de Michael.
- O que? Você tá mentindo! – Francis disse se esperneando
enquanto os guardas seguravam-no. Parecia não ligar pra aquilo e só querer
saber dessa criança que tinha falado. – A Maridit nunca engravidou de mim, se
isso acontecesse ela teria me contado.
- Não, ela não teria por causa da sua mãe. – Michael disse e
Francis o encarou. – Você tem que prestar a atenção no que a sua mãe lhe
transformou. – Michael disse enquanto soltava as minhas mãos que estavam pesas
e logo eu o abracei com tanta força e comecei a chorar nos seus braços.
- E onde está a Maridit e essa criança? – Francis urrou. –
Onde está a criança?
- Levem-no! Vocês estão de prova de que ele estava tentando me
matar. – Michael ordenou para os homens que logo obedeceram a sua ordem.
Ele me ajudou a levantar, pois não tinha forças para ficar de
pé de tanto medo que eu sentira com aquela faca no meu pescoço. Eu só chorava e
soluçava em seus braços.
- Calma amor, passou. – Me apertou mais em seus braços e
começou a afagar minha cabeça. – Shiii, já passou. – Me pegou no colo, passou
pelos os corredores vazios, claro as pessoas estavam na cerimônia, e me levou
para o meu quarto colocando-me na cama.
- Michael? – Clamei o seu nome quando ele me colocou sobre a
cama e caminhou até a porta. Ele me olhou. – Fica, por favor! – Pedi com os
olhos ainda cheios de lágrimas.
Ele sorriu pra mim, fechou a porta e caminhou até a cama. Encostou-se na cabeceira e me puxou para o
seu peito.
- Claro que eu não iria sair e deixar a mulher da minha vida sozinha
no momento em que ela mais precisa de mim. – Ele disse com carinho. – Eu só
iria fechar a porta. – Completou.
(...)
Acho que as pessoas não deram falta da atração principal da
festa, o Michael é claro, pois ficamos por muito tempo abraçados nos meus
aposentos, e detalhe: Em silêncio.
Finalmente tinha parado de chorar, estava mais calma. Mas quem
não iria se acalmar com um homem daquele colado em você? Sua presença me
tranquilizava, seu cheiro inebriante, até a sua quentura fazia-me entrar em
estado de paz; alívio e segurança. Ah, eu
amo esse príncipe!
(...)
- Michael? – Chamei-o quebrando o silêncio.
- Sim. – Logo respondeu inclinando a cabeça para me olhar.
- O que vai acontecer com o Francis? – Perguntei. Realmente eu
estava preocupada com ele, e para minha própria surpresa eu não estava com ódio;
rancor do Francis.
Michael encostou a cabeça novamente na cabeceira da cama e
respirou fundo.
- Eu não sei. – Disse baixinho. – Ele tentou me matar, pior,
tentou te matar e isso eu não perdoo.
Desencostei-me dele um pouco, vamos dizer que, indignada. Eu
sabia que aquele não era o verdadeiro Francis e sentia pena dele.
- Michael? Ele é seu irmão e...
- Meu irmão que quase me matou. – Disse ele quando me interrompeu.
– E a mulher da minha vida também. – Passou a acariciar meu rosto com seus
dedos. – Eu não sei do que seria capaz se ele te ferisse ou sequer te desse o
menor dos arranhões. Quando eu senti a sua falta no salão logo tratei de
perguntar as pessoas se tinham avistado você, e uma das empregadas disse que
você tinha saído com o Francis. Logo desconfiei e fui a sua procura. – Ele
dizia e pela sua voz parecia irritado agora. - O que deu em você para ter saído
do salão com o Francis?
- O que? Michael eu...
- Não que eu esteja desconfiando de você, só não entendo como
pôde confiar nele assim, de olhos fechados. – Disse me interrompendo mais uma
vez. – Ele deve ter te convencido de algo.
- Ele me disse que tinha algo para me falar sobre você. Pensei
que ele estava a fim de ajudar. Só isso.
- Eu tendendo amor, mas, por favor, nunca mais faça isso, eu
morro se algo acontecer com você. – Ele disse, mas agora com a voz branda.
Eu sorri e ganhei um beijo dele na minha cabeça.
- Quem diria que minha sobrinha iria nos ajudar. – Ele disse.
- Ah, Michael, sim, eu... Tive que falar sobre ela e...
- Calma, eu sei disso amor, e foi bom, pelo menos agora o
Francis tem uma razão para se arrepender do que fez, isso se ele ligar para a
menina. – Disse preocupado.
- Claro que ele vai ligar para ela. Ele não é daquele jeito,
tenho certeza de que a rainha colocou coisas na cabeça dele e o obrigou a fazer
aquilo. – Eu disse convicta. Mas a rainha não perdia por esperar. – E falando
nisso, não podemos deixar ela chegar perto dessa criança.
- Claro que não! – Ele concordou. – Temos que tomar alguma
providência, dizer ao meu pai, sei lá, ele não irá gostar de saber que você
sofreu mais uma tentativa de assassinato aqui na corte.
- Claro! Ele tem que saber com quem se casou. – Eu disse e me
levantei. – Mas tenho que fazer uma coisa antes.
- O que? – Franziu o cenho ao ver minha expressão vingativa.
- Bater um longo... Paro com a rainha. – Enfatizei com os
olhos possessos.
Michael esbugalhou os olhos ao ver minha reação e respirou
fundo. Acho que ele nunca vira aquele meu lado e por isso ficou com o semblante
surpreso.
(...)
Capítulo 32
- Você não pode fazer nada Cristine, deixe que eu resolvo
isso, escutou?
- Mas Michael, aquela velha tenta me matar desde o dia que
cheguei nessa Corte. – Retruquei vendo que ele estava falando sério.
- Entenda, eu mesmo farei ela pagar por todo o mal que ela te
fez, mas pra isso não faça nada, deixe comigo, entendeu? – Arqueou as
sobrancelhas. Eu assenti a contra gosto, mas assenti. – Agora durma meu amor. –
Voltou a me puxar para o seu peito e ali mesmo eu adormeci profundamente.
Durante a madrugada:
Alguém caminhava com passos leves às escondidas
sem fazer barulho pelos corredores do castelo até chegar na entrada do porão
onde estava outra pessoa a sua espera.
- Você não acha que isso é muito perigoso? –
Murmurou uma mulher demonstrando medo.
- Escute Mabel. Que é perigoso é, mas é só você
fazer como o combinado. – Respondeu a outra pessoa com a voz baixa.
- E se alguém descobrir?
- Não vai. Vamos rever o plano ok? – Mabel
assentiu e a pessoa prosseguiu. – Você já o seduziu certo? – Mabel assentiu
mais uma vez. – Então está tudo indo bem. Você entrará nos aposentos dele, o
seduzirá mais uma vez, pegará esse veneno muito forte... – Tirou um potinho bem
pequeno do bolso e colocou nas mãos de Mabel. – Isso é mortal, apenas um pingo
e o Rei já era. – Mabel ficou aflita com aquilo tudo, estava com medo de algo
dar errado. – Ei, calma vai dá tudo certo, ninguém jamais saberá de algo, fique
tranquila. É para o bem de todos. Tá vendo essa adaga? É da Rainha. Ela Será a
culpada! Quando ele já estiver morto, pegue esta adaga e faça um pequeno
ferimento no seu corpo, especificamente no seu peito. Precisa dá a impressão de
que foi ferido e envenenado. – Concluiu
a pessoa.
- E como
vou fazer para entrar lá sem que alguém me veja?
- Eu irei distrair os guardas pra você poder
entrar sem ser vista. Engane-o e coloque isso na bebida dele. Isso leva no
máximo meia hora para que a vítima fique sufocada ao ponto de perder a voz e
por fim, morrer. – Detalhou mais sobre o plano. – Por via das dúvidas, voltarei
em 40 minutos depois da sua entrada para distrair os guardas. Aí você sai.
(...)
Trocaram mais algumas palavras e cada um foi pro
seu lado.
Tinha alguém tramando contra a vida do Rei Henry,
e esse alguém era da corte. Alguém que tinha criado um certo ódio pelo rei após
ter descoberto algo muito importante, algo que levou essa pessoa mandar matá-lo. E mais, sua
cúmplice era uma das Damas de honras da Cristine.
Mas quem seria essa pessoa?
--------
Acordei com os finos raios de sol que transpassavam pelas
cortinas e batiam no meu rosto. Virei-me para o outro lado da cama e senti a
falta do Michael. Mas onde ele estaria?
Ele não podia me deixar sozinha, e se alguém entrasse no
quarto e tentasse me matar? Meu Deus, onde estaria aquele homem?
Levantei-me e corri para abrir a porta para sair à procura
dele, mas fui barrada por dois guardas que estavam na porta do meu quarto.
- Desculpe Vossa Majestade, mas o Milorde disse que a Srª deve
ficar aqui no quarto até que ele volte. – Um deles disse.
- Mas por quê? O que está acontecendo? – Perguntei aflita,
estava sentindo que algo tinha acontecido, só não sabia exatamente o que era.
- É tudo o que podemos falar, Vossa Majestade. – Eles estavam
com a cara de que realmente tinha acontecido algo muito sério naquela Corte. –
Com licença. – Ele disse e fechou a porta trancando-me no quarto.
Mas o que? O Michael estava me trancando, me mantendo em
cárcere privado? Era isso mesmo? Era só o
que me faltava. Eu sei que ele fazia isso para o meu próprio bem, mas
estava muito estranho. O que estava acontecendo?
Fiquei trancada no quarto por volta de umas 1 hora e meia entediada,
até que finalmente as portas se abriram e um Michael muito triste e com um
semblante amargurado adentrou no mesmo.
- Michael? – Falei assim que o vi. Seus olhos estavam
marejados, tristes e ofuscados. – O que está acontecendo?
Ele caminhou e sentou-se na beirada da minha cama.
- O rei está morto. – Disse com a voz abatida.
Esbugalhei meus olhos consideravelmente e pus minhas mãos na
boca demonstrando incredulidade. Como assim o rei estava morto?
- O que? – Eu estava atônita diante daquela notícia.
- Isso mesmo. O meu pai está morto. – Confirmou e abaixou a
cabeça.
- Mas... Mas... Como assim o rei está morto? – Perguntei
balbuciando.
- Um de seus guardas confidentes o encontrou caído ao lado da
cama já sem pulso agora cedo. Parece ter sido vítima de envenenamento. – Disse
baixinho ainda de cabeça baixa. – Certamente o Rei foi assassinado.
A única pessoa que tinha o instinto ruim e que era capaz de
fazer uma coisa dessa era a Rainha. Mas porque ela mataria o próprio marido?
Ela saberia que perderia a coroa de vez, e pra ela isso estava fora de
cogitação. Mas a Clarissa? Não, não pode
ser!
- Oh Mike... – Caminhei até ele e sentei-me ao seu lado
agarrando seu braço. – Sinto muito!
Ele apenas me olhou demoradamente e em seguida me puxou para
um abraço.
- E agora? O que vamos fazer? – Perguntei ainda abraçada com
ele. Senti-o resfolegar profundamente antes de desfazer o abraço.
- Meu pai está morto, infelizmente, e a parti de agora meu
compromisso passa a ser mais sério com esse país. – Respondeu enxugando a única
lágrima que escorreu pelo o seu rosto.
Peguei no seu rosto com as minhas duas mãos e o olhei
ternamente.
- Não se preocupe, estamos juntos nessa. – Disse para
consolá-lo, pois a parti do momento que o Rei Henry parou de respirar, o
Michael já havia deixado de ser o Delfim, e assim tornado-se o novo Rei da
França. Tudo ali agora o pertencia, era o supremo; soberano.
Capítulo 33
A notícia havia se espelhado rapidamente, não só pela Corte
como por toda à França, e era questão de apenas um dia para chegar até à
Escócia. E claro que os escoceses sabendo disso, viriam até a França.
Quando eu e o Michael saímos do quarto e começamos a andar
pelos corredores, as pessoas já tinha a noção de que agora aquele ex-bastardo acabara
de virar Rei, tanto que cada pessoa começou a se curvar perante nós.
- Vossa Majestade? – O guarda que era confidente do Rei Henry
chamou a atenção de Michael e ajoelhou-se para nos cumprimentar. – Tenho algo
muito importante para lhe mostrar.
Eu e o Michael nos olhamos curiosos, e logo voltamos a olhar
para o guarda.
- O que aconteceu? – Michael perguntou.
- Algo foi encontrado no quarto do Rei. – Michael franziu o
cenho. – Depois que Vossa Majestade saiu, percebemos um ferimento no peito do
Rei, e logo em seguida encontramos uma adaga com uma lamina diferente, a mesma
que aquela mulher que tentou lhe ferir usava. Essa adaga estava envenenada.
Michael arregalou os olhos e colocou as mãos na testa.
- Claro! – Sussurrou. – A Clarissa, foi ela! – Disse em um tom
convicto. – Onde está essa adaga? – Perguntou.
- Está aqui, Majestade. – O guarda retirou a adaga da armadura
e entregou a Michael que ficou satisfeito ao tocá-la. Estranho!
- O Papa já está ai?
- Sim, ele chegou há pouco tempo. Está na sala do trono
esperando por Vossa Majestade.
- Vá até lá e diga que já estou a caminho. Só preciso fazer
uma coisa antes. – Michael disse e percebi que ele estava com os punhos
cerrados. Estava determinado em fazer algo.
- Sim. Com licença, Vossa Majestade. – Disse o guarda e saiu.
Eu fiquei confusa. A rainha era má, isso é evidente, mas
porque ela mataria o próprio marido? Isso não faz sentido! Ela não seria tão
burra em fazer isso. Tentar me matar é uma coisa, mas o marido? – Fiquei com uma pulga atrás da orelha em relação a isso.
- Michael, isso está muito estranho. – Murmurei.
Michael olhou pra mim com os olhos cerrados e sobrancelhas
baixas.
- Não tem nada de estranho. A Clarissa matou o Rei com esta
adaga. – Estendeu a adaga. – E ela irá pagar por isso. – Disse entre dentes e
de uma forma tão possessa que fiquei até com medo. Desfez a expressão irritada
e respirou fundo ao perceber o quão estava sendo assustador naquele momento. –
Desculpe. Eu só quero que ela pague por toda maldade que fez até agora.
- Eu entendo, eu também quero. Você sabe o quanto eu a odeio.
Só acho estranho o fato dela ter matado o próprio marido. Não faz sentido! –
Insistir com a minha opinião.
- É, mas foi ela sim. – Piscou os olhos longamente e desviou
seu olhar por um instante estranhamente e
guardou a adaga. – E farei ela pagar por isso. Agora vamos, temos que resolver
isso agora mesmo. – Eu fiquei calada, não queria contrariá-lo, não naquele
momento, ele estava determinado. – Vocês, venham comigo! – Ordenou para dois
soldados que estavam no corredor a nos seguirem. Eles obedeceram e assim fomos
até os aposentos de Clarissa, sim, pois era separado dos aposentos do Henry.
Michael nem sequer bateu na porta, adentrou de supetão e logo
em seguida eu e os guardas entramos.
- Onde está você sua desgraçada? – Michael perguntou assim
quando entrou e parou quando a viu sentada na frente da penteadeira muito séria
olhando pra sim mesma.
- Estou bem aqui, Michael. – Ela respondeu friamente. – Quer dizer,
Vossa Majestade. – Enfatizou sarcasticamente e virou-se para nos encarar. – Está feliz agora? Você agora é o Rei de
toda a França.
Michael caminhou tranquilamente próximo a Clarissa com um
sorriso sacana.
- Não se faça de tola, Clarissa. – Ela franziu o cenho. – Você
matou o Henry!
Ela esbugalhou os olhos e em seguida gargalhou exageradamente.
Michael continuou sério.
- Isso é ridículo! – Falou ainda com um pequeno sorriso preso
nos lábios. – Pra que eu mataria o meu próprio marido?
- Me diga você? – Michael aproximou-se mais dela. – Manipulou
o próprio filho, o persuadiu e o coagiu para matar a Cristine. – O sorriso que
ainda continha em seus lábios se desfez na mesma hora.
- Isso não é verdade. Se ele fez foi porque quis. – Ela disse
fria. – E por isso está preso. – Meu Deus, como ela poderia falar daquele jeito
em relação do filho que estava preso?
- Não sua velha desgraçada, o Francis não faria aquilo se você
não tivesse colocado coisa na cabeça dele. – Eu me intrometi, não por causa da
morte do rei, mas sim porque o Francis quase me matou a mando dela.
- O Francis sabe muito bem o faz, já é um homem! – Ela disse.
- É? Então vamos ver! – Michael disse. – Você, traga o Francis
até aqui, e você vá até o berçário e diga para a babá para trazer o bebê até
aqui. Ela saberá do que estou falando. – Ele ordenou para os guardas que logo
saíram.
- Espera! Que bebê você está falando? – Perguntou confusa.
- Você verá! E também vamos ver o que o seu filho tem a dizer
sobre você, depois que saber que você matou o pai dele. – Michael disse. – Acho
que ele não vai gostar.
Ela irritou-se.
- Olha aqui Michael, eu não sei do que você está falando, eu
não matei o meu marido e você sabe disso. – Ela disse e pareceu tão sincera
naquele momento que eu estava a ponto de acreditar. Droga!
Michael apenas cruzou os braços, arqueou as sobrancelhas em
conjunto e ficou a encarando serio, sem proferir nada.
Dois minutos depois, o primeiro guarda adentrou o quarto junto
com o Francis quem quando nos avistou franziu o cenho e tratou de ironizar.
- Opa, uma festa particular no quarto da minha mãe. – Riu da
própria piada.
- Duvido você sorrir assim depois de saber o que houve com o
seu pai. – Michael disse.
Francis sorriu mais uma vez.
- Ora Michael. As notícias correm rápidas aqui na Corte. Eu
sei que ele está doente.
- Não meu caro irmão. Ele está morto! – Francis parou de rir e
desvencilhou-se do guarda que o segurava.
- O que?
- O Rei foi assassinado, e adivinha quem o matou? Sua mãe. –
Michael apontou pra Clarissa.
- Isso é mentira! – Francis disse. Não queria acreditar.
- Claro que isso é mentira! – Afirmou a Clarissa.
- Não é não. O Rei morreu envenenado pelo o corte de uma adaga
com uma lamina envenenada. Esta aqui. Ela é da sua mãe. Reconhece? – Disse e
tirou a adaga do bolso. A rainha e o Francis arregalaram os olhos.
- Mas o que? Não, Francis, eu não matei o seu pai. –
Defendeu-se.
Francis ficou paralisado por alguns instantes olhando para a
adaga que estava nas mãos de Michael.
- Matar a Cristine e o Michael era pra não perder sua maldita
coroa, - ele começou a dizer entre dentes olhando pra mãe. – mas matar o
próprio marido? – Ele abriu a boca demonstrando incredulidade.
Não sei se ele tinha percebido, mas ele acabara de confessar
que as tentativas de assassinatos contra eu e o Michael vinham da rainha. Isso
já era motivo para decapitá-la.
- Francis não, eu não
matei o seu pai! – Ela gritou.
- Você é pior do que pensava mãe. – Ele caminhou até ela. –
Como teve coragem de fazer isso. – Começou a sacudi-la feito um louco, e
algumas lágrimas já começavam a escorrer sobre seu rosto. – O meu pai!
- Eu já disse que não matei o seu pai! – Voltou a se defender.
– Isso é uma armação.
- Que eu saiba a única que tem sangue para armações aqui é
você. – Eu disse irada. Voltando a lembrar, eu me referia às tentativas que eu
e o Michael sofremos, porque em relação à morte do Rei, sinceramente, eu estava
na dúvida.
Seguido disso, tirando a nossa atenção, o outro guarda entrou
no quarto junto com a babá segurando a bebê.
Francis olhou para mim e para o Michael surpreso.
- Um bebê? O que um fedelho faz
aqui? – Clarissa perguntou arrogante.
- Não fale assim dela, é uma
menina! – Eu gritei me intrometendo. – Essa criança aqui, infelizmente é sua
neta.
- O que?! – A rainha gritou
incrédula.
Francis largou Clarissa e nos encarou interrogativamente.
- Não, não pode ser. – Francis balançou a cabeça
negativamente. – Pensei que estava blefando. – Disse olhando no fundo dos meus
olhos.
Eu peguei a menina, dispensei a babá e levei próximo a ele.
- Mas eu não estava. Essa menina é sua filha com a Maridit. –
Eu disse acariciando a menina.
- Maridit? Aquela garota que estava grávida? – Clarissa
perguntou. – E que foi presa por roubo? Espera! Essa criança é filha do
Francis? - Perguntou com desdém.
- Sim, mas você tramou tudo não foi? Tramou para que a Maridit
fosse presa pensando que essa criança era minha. Você é burra. – Michael riu.
- O que? – Francis perguntou quando encarou a mãe. – Você fez
isso com a Maridit?
- Não... é... não... –
Clarissa ficou nervosa.
- Vamos rever tudo o que você fez. – Michael disse segurando o
queixo e com o dedo indicador sobre os lábios. – Primeiro tentou matar a Cristine,
detalhe: várias vezes. Depois a mim, depois tramou contra uma mulher grávida
para tentar me atingir, manipulou seu próprio filho e... Vamos ver o que
mais... é... – Michael ironizou. – Ah, matou o rei. – Concluiu sério.
- Eu já disse que não matei o meu marido! – Ela gritou
tentando mais uma vez se defender, mas sem sucesso.
- E o que me garante isso, mãe? – Francis perguntou e a Clarissa o encarou surpresa, muito surpresa. Não esperava que o filho desconfiasse dela.
Pela sua cara não mesmo. – Quer saber Michael, foi ela sim.
- Francis! – Ela gritou furiosa.
- Chega mãe! – Estourou-se e até eu e o Michael ficamos
surpresos. – Eu já estou farto de suas manipulações! Isso já é demais. Matou o
meu pai, seu marido. Até tentou fazer mal a uma mulher grávida! Que draga você tem na cabeça?! – Gritou
revoltado.
- Eu não matei o seu pai! Eu já disse!
- Não? E enquanto a Maridit?
- Eu pensei que ela fosse uma das namoradinhas, amantes sei
lá, do bastardo!
Michael riu.
- Ta vendo esse bastardo aqui, Clarissa? Agora é o seu Rei. O
que te manterá presa pelo o resto da sua vida.
- Você não pode fazer isso. – Disse entre dentes.
- Na verdade ele pode sim. – Francis tomou à frente tomado por
um ódio que passou a sentir por sua própria mãe. – Durante todos esses anos
sendo treinado para assumir o trono, presenciei muitas coisas, inclusive o que
o Rei pode fazer enquanto estiver no poder. E o fato de você ter sido uma
rainha, não impede dele decidir qual será o seu destino. – Disse encarando-a. –
E até a morte está incluída na lista.
- Está querendo que ele mate a sua mãe? É isso? – Perguntou
descrente do que o filho tinha falado.
- Não mãe. Já vivi muitos anos preso as suas artimanhas, não
acho justo eu ter que pagar sozinho por uma coisa que não fiz sozinho. Você
matou o meu pai e isso eu não vou perdoar! – Disse com muita raiva virando-se
para encarar Michael.
- Quando a prender, por favor, não a coloque na mesma cela que
eu. – Pediu para Michael.
Michael assentiu e mandou os guardas a trancafiasse na cela.
- Sempre soube que você era fraco Francis. – Ela gritou se
esperniando nos braços dos guardas. - Irá se arrepender por isso Michael
Jackson e Cristine, e você também Francis. Todos vão lastimar por isso! – Saiu
arrastada pelos guardas gritando pelos corredores do castelo.
Assim quando não se ouvia mais os gritos de Clarissa, Francis
me encarou e desceu sua vista para a criança em meus braços, e um semblante
surpreso e impressionante começou a se formar em seu rosto.
Caminhou lentamente até mim e ficou hipnotizado com a menina
que estava com os pequenos olhos entreabertos.
- Minha filha? – Perguntou mais uma vez incrédulo e com um
pequeno sorriso no canto dos lábios.
- Sim. É sua filha. – Respondi baixinho e afagando os poucos
cabelos louros dela.
- Posso... Pegá-la antes de ir? – Balbuciou.
Olhei para Michael que apenas observava com tranquilidade e
assentiu. Com cuidado coloquei a criança nos braços dele.
- Eu não sabia que era pai. – Disse encantado com a menina. –
Ela é linda!
Era tão incrível vê o Francis daquele jeito. Seus olhos
estavam brilhando. Eu tinha certeza de que quando ele soubesse da menina
ficaria feliz. E eu percebi, ele estava.
- Está vendo? – Michael disse enquanto se aproximava dele. – Ela tem
os seus olhos azuis. – Completou pegando na mãozinha da menina.
Francis olhou pra ele surpreso com aquela aproximação.
- Onde está a Maridit? – Essa pergunta nos pegou de surpresa.
Ainda nem sequer tínhamos contado sobre a morte de Maridit.
Eu e o Michael trocamos alguns olhares e o Francis ficou desconfiado.
- O que aconteceu com ela? Me respondam, por favor!
Respirei fundo e decidir falar.
- Ela... Morreu no parto. – Disse com um fio de voz.
Ele abriu a boca para falar, mas ficou tão perplexo com a
notícia que as palavras não saíram. Afinal, era a descoberta de duas mortes em
um só dia.
- Mas ela deixou esse presente divino pra você, irmão. –
Michael disse e Francis voltou a encará-lo surpreso pelo o fato dele chamá-lo
de irmão.
Pude ver as lágrimas voltando a preencher os seus olhos
enquanto ele olhava para Michael e para a criança.
Caminhou em minha direção e me entregou a criança
delicadamente.
- Michael... – Voltou a caminha ficando frente a frente com
Michael que não estava entendendo o que seu irmão queria fazer. Acabou nos surpreendendo quando começou a se ajoelhar diante de Michael para cumprimentá-lo como
o novo Rei da França. Michael olhou pra mim com um vinco rígido na testa e
tratou logo de erguer o seu irmão, e assim quando fez, o abraçou fortemente.
Capítulo 34 – Penúltimo
Uma semana havia se passado após a morte do Rei Henry. A
ex-rainha Clarissa foi considerada 100% culpada pela a morte do Rei, e só não
foi decapitada porque o Michael em consideração a Francis, conseguiu convencer
o Papa que a deixasse pagar pelo crime em vida.
Michael teve uma longa conversa com o Francis, finalmente
conseguiram se entender deixando de lado as intrigas e os acontecimentos ruins.
Apesar de tudo o que o Francis fez, Michael optou em dá mais uma chance ao
irmão para que ele pudesse reconstruir sua vida e cuidar da sua filha.
Eu entendia um pouco o lado do Francis. Ele estava magoado,
afinal, querendo ou não eu arranquei seu trono e dei a outro, e pode ser por
isso que ele tenha deixado a sua mãe lhe manipular, lhe induzir, em fim. Mas o
mais importante era que tudo tinha se resolvido, Francis finalmente acordou pra
vida, redimiu-se e pediu perdão a mim e ao Michael, e nesses últimos dias com a
ajuda de Lola, minha dama de honra, decidiu se dedicar para a filha que agora
levava o mesmo nome da mãe, Maridit. E digo com convicção que essa criança foi
a melhor coisa que acontecera com o Francis.
Já em relação a Escócia, sim, sei que parece que eu tinha
esquecido dela, mas não. Eu nunca esqueci do meu povo, e um dos motivos de eu
ter passado por tudo isso foi para um dia poder ajudá-la. Logo quando o Henry
morreu, o Michael como o Rei ofereceu tudo o que a França pôde para ajudar a
Escócia, e digo hoje que eles ficaram felizes e mais seguros contra ataques de
outros países.
Nessa mesma semana que havia se passado finalmente eu e o
Michael iriamos nos casar, até porque agora teríamos que fazer isso não só
porque queríamos muito, mas também por questão de compromisso dos dois países.
Fiquei muito nervosa quando entrei na sala do trono onde
haveria a cerimônia, todos estavam lá, todas as pessoas de importância da
Corte, alguns conhecidos da Escócia também se faziam presentes, a mãe do
Michael e o Francis com a pequena Maridit.
Respirei mundo, ergui minha cabeça e desci os três degraus da
escada muito feliz acompanhada pelas minhas damas de honras.
E lá estava ele, meu príncipe, meu Rei. Muito lindo. Virou-se
e lançou um olhar que transmitia felicidade; firmeza e entusiasmo.
Caminhei em sua direção lentamente percebendo os olhares e os
cochichos das pessoas ao meu redor.
- Você está... Linda! – Michael disse brandamente assim quando
cheguei perto dele. Sorri tímida.
- Você também está. – Respondi e ele pegou na minha mão para
nos ajoelharmos diante do Papa que logo começou com todo aquele discurso de
casamento. Assinamos os papéis e finalmente erramos marido e mulher, e Reis dos
dois países.
Após isso, as pessoas começaram a aplaudir e junto conosco
foram para o salão onde era a festa do casamento.
Eu e o Michael demos às mãos, corremos entre as pessoas feito
duas crianças e paramos no centro do salão frente a frente olhando um nos olhos
do outro.
- Eu estou muito feliz. – Eu murmurei quando ele encostou sua
testa na minha e segurou minha nunca e minha mão.
- Eu estou mais. – Respondeu de olhos fechados e com um
sorriso extasiante nos lábios.
Afastou-se de mim, mas permaneceu segurando a minha mão e
ambos se inclinamos para dá início a dança real. Logo depois todos entraram na
mesma sintonia na música que ecoava pelo o salão.
(...)
Depois de passarmos algum tempo na festa, eu e o Michael após
ter cumprimentado todos, fugimos para nossos aposentos que agora era um só. Estávamos
loucos para fazer amor a noite inteira até não aguentarmos mais.
Assim que atravessei a porta do nosso quarto, Michael me
prendeu contra a parede e segurou o meu rosto com as duas mãos. Seus olhos
faiscavam de desejo, como se estivesse famintos. Ele acariciou minha bochecha e
sorriu.
- Então, finalmente vamos fazer amor? – Ele perguntou sedutor
e ao mesmo tempo brincalhão. Eu ri.
- Aos olhos de todos, sim. Por que só você e eu sabemos que
esta noite não é a primeira vez. – Respondi com lascívia. Ele riu.
Ele rocou seus lábios nos meus e sugou uma única vez e com
força o meu lábio inferior.
- Eu pretendo amá-la a noite inteira, você sabe não é? - Disse com a voz rouca fazendo meu corpo estremecer.
- Hurum... E eu pretendo cooperar. Faça o que quiser comigo
esta noite meu amor, sou toda sua. – Respondi seduzindo-o. Ele fechou os olhos
e encostou sua boca na minha.
Nos beijamos desesperadamente enquanto ele apertava um dos meus seios. Logo me desencostou da parede e não demorou para que
ambos estivéssemos pelados com a ajuda um do outro.
Lentamente ele me empurrou de costas para nos deitar na nossa
nova e enorme cama, e cobriu o meu corpo com o seu, beijando-me de forma
lasciva quando minhas mãos se colocaram na região do seu pescoço, agarrando e
puxando o seu cabelo com os meus dedos. Ele posicionou a ponta do seu membro na
minha entrada e em seguida se enterrou por inteiro dentro de mim fazendo-me
gemer, alto e gostoso aos ouvidos dele.
Suas carícias e seus movimentos
de vai e vem sobre mim eram tão gostosos que com a mesma delicadeza que
começamos chegamos ao ápice de olhos fechados e imersos no abstrato do prazer.
Capítulo 35 - Ultimo
Acordei com uma preguiça tremenda e lembrando-me da noite passada.
Sorri e virei-me passando a mão no outro lado cama, e o que senti apenas foi o
colchão.
Ué, cadê
o Michael?!
Levantei-me, me enrolei com o lençol e quando iria procurá-lo
no banheiro, avistei através das cortinas ele na sacada do quarto de costas
para mim.
Estava com uma calça branca e fina caída nos seus quadris, sem
camisa e descalço. Caminhei próximo e ele que logo virou-se quando sentiu a
minha presença.
- Oi amor. – Ele disse quando me viu.
- Oi, o que está fazendo aqui tão cedo? – Franzi o cenho. Acho
que nem era 6 horas da manhã ainda.
Ele desviou seu olhar de mim voltando a apreciar o jardim do
castelo.
- Pensando! - Respirou fundo, parecia que o ar estava pesado para
ele.
Ajeitei o lençol que cobria o meu corpo para que não caísse e
o abracei por trás.
O Michael estava um pouco estranho, não muito, mas o
suficiente para que eu notasse em seus olhos uma pontada de peso. Era como se
ele precisasse compartilhar algo com alguém; comigo, não sei.
- Pensando em que? – Perguntei enquanto afagava seus cabelos
que estavam úmidos, percebendo que ele já tomara um banho.
Ele tirou minhas mãos da sua cintura delicadamente e virou-se
para me encarar mais uma vez.
- Preciso contar uma coisa pra você. – Disse com o tom
convicto e certo do que iria fazer.
Eu apenas assenti e ele me guiou até a cama me fazendo sentar
na mesma, enquanto ele continuou de pé.
Eu estava na curiosidade e ao mesmo tempo com medo do que ele queria
me contar. Mas me obriguei a ficar tranquila para não demonstrar o quão eu
estava assustada só pelo o jeito que soou a frase que ele falou.
Fiquei sentada esperando ele proferir algo, mas em vez disso,
ele começou a andar de um lado para o outro com as duas mão na nuca. Desse
jeito estava me deixando mais assustada ainda. Realmente era algo muito
importante.
- Michael, estou esperando! – Disse já sem paciência e com uma
agonia de tanto vê-lo andar de um lado para o outro.
Ele parou de andar e ficou me olhando tensamente.
- Eu sou o Rei da França.
- Sim, você é. – Confirmei.
- Você confia em mim?
Franzi o cenho.
- Sim.
- Então acredita que eu faria tudo para protegê-la?
- Sim, Michael, sim. Eu confio em você. – Respondi impaciente.
– Mas... Eu não estou entendendo! – Completei confusa.
Sentou-se ao meu lado e decidiu falar logo o que estava
acontecendo.
- Ah três semanas atrás, eu estava indo falar com o meu pai a
respeito de ajudar a Escócia, até mesmo antes do nosso casamento. Fui até os
seus aposentos, e como já era o príncipe da Corte não precisei ser anunciado, e
os guardas me deixaram entrar. Quando entrei ouvi mais uma pessoa com uma voz
familiar conversando algo que parecia de importância e perigoso. Por um momento
pensei em sair dali e voltar depois, mas como eles não haviam me visto por
causa da parede separadora, decidir ficar e escutar a conversa. – Deu uma pausa
e respirou fundo mais uma vez. – Meu pai e o Lorde
Westbrook estavam tramando contra a nossa vida depois que você reivindicasse a
Inglaterra e ...
- O que?! – O interrompi. – Co...
Como assim? – Não estava entendendo nada. – Por que o rei mandaria nos matar?
- Por que ele era egocêntrico.
Ele não estava satisfeito em receber só uma parte da Inglaterra quando a sua
prima morresse, ele queria tudo. E caso só você morresse, eu ficaria com a sua
parte.
- Isso não faz sentido! – Olhei
pra ele de cenho franzido e balançando a cabeça. – A minha prima está até
melhor.
Ele olhou pra mim com aquela cara
de “sinto muito”.
- Sua prima morreu dois dias
antes de eu descobrir isso. Mandaram te avisar, tinha até chegado uma carta pra
você, mas o rei pegou e a queimou para que você não soubesse.
Levantei-me perplexa com aquela
revelação e já imaginando aonde o Michael queria chegar com isso.
- Michael, o que você fez? –
Perguntei com medo da resposta.
- Eu nunca quis que isso
acontecesse assim. – Ele respondeu em um fio de voz e apertando os olhos por
uns segundos. – Eu, temeroso do meu próprio pai e com ódio dele no fim.
Esbugalhei meu olhos e pus minhas
mãos na boca. Eu estava certa, a Clarissa não havia matado o seu marido, só não
fazia ideia que o Michael tivesse coragem para fazer aquilo.
- Oh meu Deus... Michael! Vo...
Você matou o... Seu pai! – Disse atônita.
Ele levantou-se rápido e segurou
nos meus braços delicadamente. Seus olhos passavam medo, tormento e ao mesmo
tempo libertação por estar contando para mim.
- Não! Ele me obrigou a fazer
isso. – Defendeu-se. – Ele iria matar a nós dois.
- Mas... E a Clarissa... O Lorde
Westbrook?
- Bem, o Lorde Westbrook também
teve o seu fim bem longe da Corte Francesa, enquanto a Clarissa, eu decidi
fazê-la pagar pelas inúmeras vezes que tentou nos matar.
- Mas... Mas isso não é certo! –
Desvencilhei-me de seus braços e voltei a sentar na cama ainda incrédula.
- Não, eu sei que não, mas foi
preciso. – Aproximou-se e ajoelhou-se na minha frente segurando minhas mãos. –
Eu disse que iria te proteger.
- Sim, mas...
- Mas nada, Cristine, entenda.
Ele iria nos matar porque ele era um ambicioso egocêntrico, e eu não tive outra
escolha a não ser fazer o que fiz. – Disse segurando no meu queixo obrigando-me
a encará-lo. – Eu te amo e disse que te protegeria de qualquer forma. –
Levantou-se, sentou-se ao meu lado e me abraçou. – Estou te contando porque não
quero que haja segredos entre nós dois. E eu confio em você. – Concluiu e deu
um beijo na minha cabeça.
Droga! Estava me amaldiçoando
por isso, mas passei a pensar que aquilo tudo fazia sentido, se minha prima
realmente já estava morta, sem dúvidas eu já era a Rainha da Inglaterra e o Michael
o Rei. Realmente era um bom motivo para alguém querer nos ver mortos.
- Michael, - desfiz o abraço e
lhe encarei. – eu não queria dizer isso, mas... Obrigada!
Ele sorriu e me deu um beijo
terno e apaixonado nos lábios.
- Só me diga uma coisa. – Ele franziu
o cenho. – Você mesmo o matou? – Perguntei.
Ele mordeu o lábio inferior e
balançou a cabeça em negação.
- Não. Tive uma ajuda.
- Quem? – Pergunte curiosíssima
para saber quem era o cúmplice do Michael naquele crime.
- Quando eu disse que não queria
segredos entre nós dois, eu disse sério, mas por favor, vamos acabar com esse
assunto. Eu disse a pessoa que me ajudou que não contaria nada sobre isso. Isso
também é promessa, amor. – Disse e acariciou meu lábio inferior com o polegar.
- Está bem, Michael. Não
perguntarei e nem falarei mais sobre esse assunto. É melhor esquecer.
- É, eu também acho. – Ele
assentiu, deitou-se na cama e me puxou para deitar também.
(...)
Os dias se passaram e eu e o
Michael não tínhamos mais tocado no assunto da morte do Rei. A Clarissa
continuava presa e passaria o resto da vida por lá.
Já que reinávamos na França, na
Escócia e agora na Inglaterra, eu e o Michael decidimos colocar o France como
substituto e dá toda a liberdade para ele ficar no trono enquanto nós
estivéssemos fora. Acho que foi uma decisão bem sensata já que o Francis sabia
de todas as leis e costumes da França, ele estava se saindo muito bem
governando o país, sem falar que ele e a Lola tinham se dado muito bem e se casaram
2 meses depois. E a pequena Maridit, a cada dia que se passava ficava cada vez mais linda enquanto crescia.
6 meses depois, eu e o Michael
nos mudamos para a Escócia depois que reivindiquei a Inglaterra. Já tinha
passado muito tempo na França e agora o meu povo precisava de mim e de seu novo
Rei. Graças a Deus o país estava indo bem, claro que com alguns probleminhas
aqui, outros ali, mas nada que não pudéssemos revolver em questão de um dia.
Não pensava que a nossa felicidade
poderia ficar melhor, até que descobri que estava grávida de dois meses.
Michael ficou muito feliz tanto quanto eu, acho que até mais só de pensar que
iria ser pai de um príncipe ou princesa linda.
Pois é, nunca pensei que isso tudo aconteceria comigo, minha
missão era salvar a Escócia casando-me com o Francis, mas tudo teve que
acontecer diferente, as forças do trono e do coração se conspiraram, e no final
deu tudo certo. Não digo que valeu a pena porque sangue teve que ser derramado,
mas posso dizer que dentre disso tudo encontrei um homem maravilhoso, meu Rei e
ganhei um presente divino que agora carregava no meu ventre. A parti dali era
só manter as coisas nos seus devidos lugares e ser feliz nas realezas das
nossas raízes.
Fim
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Notas da autora:
Olá my babies. Vocês estão bem? Espero que sim.
É, parece que o Michael não teve escolha. Também esse Henry era muito ambicioso, tanto que mataria o próprio filho para conseguir o que queria.
É, parece que o Michael não teve escolha. Também esse Henry era muito ambicioso, tanto que mataria o próprio filho para conseguir o que queria.
Mas em fim, chegamos ao final dessa fic e eu agradeço muito a vocês que acompanharam, que comentaram e até aquelas que acompanharam, mas não comentaram.
Eu gostei muito de escrever essa fic no gênero Crossover, pois digo que ela foi um grande desafio pra mim porque finalmente escrevi uma fic sem ser com a classificação +18. Confesso que fiquei com os meus dedos coçando nas cenas de amor do casal, mas me lembrava que era +16 e me obrigava a moderar nas palavras. :D rsrsrsrs
Mas fim, de novo, agradeço mais uma vez por tudo e espero que não me abandonem nas próximas, pois meu incentivo dependem de vocês.
Beijos e até mais. :*
Amei a sinopse já...
ResponderExcluirAnsiosa essa vai ser boa *-*
Obrigada Larissa por está aqui flor. Espero que goste. Bjs :*
ExcluirAmanhã é o grande dia estou muito ansiosa bjs
ResponderExcluirObrigada vc tbm flor. Espero que goste. Bjs :*
ExcluirOlá meninas... Cheguei com o 1º e o 2º capítulo. Bjs e até mais. :*
ResponderExcluirAmeeeiii ... Continuaaa por favor <3 essa também vou acompanhar até o The end kk *--*
ResponderExcluirAtualizada! Agradeço a quem está acompanhando. Bjs e até mais
ResponderExcluirContinuaa *--*
ResponderExcluirAmei continuaaaa!!!
ResponderExcluirCapítulo 4 e o 5 já postado amores. Espero que gostem!
ResponderExcluirBjs e até mais.
Ameeii *--*
ResponderExcluircontinuaa honey <333
Lindos *-----* continua.
ResponderExcluirWow... amei!!!
ResponderExcluirAgradeço a todas que estão aqui. Amo seus comentários.
ResponderExcluirE sobre esse gênero novo que adaptei nessa Fic "Crossover" o que estão achando? Peguem leve ta amores, é a primeira vez que escrevo um Crossover. <3
Bjs :*
Atualizada! Capítulo 6 e o 7 já postado. Boa leitura.
ResponderExcluirContinuaa <333
ResponderExcluirNossa... chocada ! amei continua please!!!!!
ResponderExcluirAnne, cheguei pra acompanhar aqui nesse blog também viu!! Tou amando !! :)
ResponderExcluirOii amores... Cheguei com mais. Cap 8 e o 9 já postado. U.u
ResponderExcluirEspero que gostem. Bjs e até mais! :*
mds Michael sempre perto u-u fofo , adorei , ela tem que ganhar esse '' jogo '' continua ansiosa
ResponderExcluirNao, o Mike tem que ficar com ela!! :'(
ResponderExcluirTou amando!!
Cara,ñ gosto desse Francis .-. E to curiosa para saber dos mistérios que rondão o castelo *----* continuaaaa
ResponderExcluirTo amando essa fic .. Continua *-*
ResponderExcluirAtualizada meninas. Capítulo 10 e o 11 já postados.
ResponderExcluirObrigada pelo os comentários.
Bjs :*
Que perfeito, ela vai ser casar com o Mike que fofo *-* tomara que de certo
ResponderExcluirOMG continua *-*
ResponderExcluirAmeiiiii!!!!!
ResponderExcluir*-----------* agr sim,quero vê sangue nessa fic', hueheue
ResponderExcluirGosta de ação neh Gabi? kkkkk's
ExcluirCapítulo 12 e o 13 já postado meninas. U.u
ResponderExcluirEstou muito feliz de vocês estarem aqui comigo. Bjs e boa leitura. :*
Ain que perfeito :3 continua
ResponderExcluirContinua *-*
ResponderExcluirOlá meninas... Cheguei com os capítulos 14 e o 15 viu.
ResponderExcluirEspero que gostem e boa leitura.
Bjs ;*
Continua *-*
ResponderExcluirLeitora nova aaaaaaaahhh continua essa fic é perfeita
ResponderExcluirSeja bem-vinda flor. Espero que goste!
ExcluirBjs :*
Continuaaaa *-*
ResponderExcluirOlá meninas... Cheguei com os capítulos 16 e o 17 viu.
ResponderExcluirObrigada pelos comentários, isso me ajuda muito e espero que continuem. rsrsrs
Mas em fim... Boa leitura e até mais.
Bjs*
Que fofo !! Esse Michael é um fofo mesmo!! *-* Anne, estou arrancando meus cabelos aqui porque voce ainda nao postou a 2° temporada de Chicago!
ResponderExcluirOii flor... é que é assim: Eu gosto de postar as minhas fics quando elas já estão finalizadas para eu não me atrapalhar. rsrsrs Ou pelo menos quando elas estiverem bem avançadas, sabe? Então... Ela já está em produção e digo que em fevereiro eu volto com a segunda temporada ok amore. :* Mas eu fiquei muito feliz agora só de saber que tem gente a espera da 2ª temporada sabia? Agora me deu mais inspiração. :D rsrsr
ExcluirBjs flor e obrigada!
O h m y g o o d ele disse que ama ela aaaaaaah que lindoooo *---* continuaaa <3
ExcluirCerto Anne , bju !! Estou bastante ansiosa!! :*
ResponderExcluirOlá maninhas. U.u Cheguei com mais viu. :D
ResponderExcluirCapítulos 18 e o 19 já postados. A partir dos próximos capítulos revelações começarão a surgir.
Bjs e obrigada pelos comentários. :*
OOOOOOOOOOOMG que fofo esse capítulo *----*
ResponderExcluirAwww que lindos *--*
ResponderExcluirSabia que Michael não ia resistir rsrs
Continua amore (:
Continuaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirOlá maninhas. Tudo bem com vocês? Espero que sim!
ResponderExcluirEm fim, cheguei com mais viu meninas. Capítulos 20 e o 21 já postados. Agradeço pelos comentários de cada uma e espero que continuem gostando!
Bjs ;*
Continuaaaaaa está perfeitaaaaaaa♡♡♥♥♡♡♡♥♡♥
ResponderExcluirCaramba querem matar o Mike duvido se não foi a bruxa daquela rainha que enviou aquela mulher.. quenga ... Continua to amando essa fic *♡*
ResponderExcluirBom meninas, hoje não é meu dia de postar, mas como não poderei postar amanhã decidir adiantar mais 2 capítulos pra vocês. Olha como eu sou boazinha. rsrsrs
ResponderExcluirEm fim... Capítulos 22 e o 23 já postados. Espero que gostem e continuem comentando (é muito importante e gratificante pra mim).
Bjs e até mais amores. U.u
Mana não entendi muito a parte da Maridit vc pode me explicar ...
ResponderExcluirContinua please
*-*
Claro flor. Bom, Maridit é uma prima do Michael que todos pensam que ela era amante dele só pq era ele quem a levava para a Corte . Só o Francis sabe disso pq era ele quem ficava com ela, tanto q ela engravidou. Por isso a Rainha pensa q o filho é do Michael e quer atingi-lo com isso. Entendesse? Desculpa n explicar direito, é pq eu to pelo o celular. Mas qualquer duvida é só perguntar viu flor.
ExcluirBjs
Aaah agora entendi :D obrigada amore ♡.♡
ExcluirAtualizada meninas. Qualquer dúvida é só perguntar.
ResponderExcluirBjs
Continua *-*
ResponderExcluirContinuaaaa *♡*
ResponderExcluirPerfeitooooo :3 continua.
ResponderExcluirOlá maninhas... Tudo bem com vocês? Espero que sim.
ResponderExcluirMas em fim... Passando aqui pra atualizar tá. :D
Capítulos 26 e o 27 já postados. Espero que gostem e obrigada pelos comentários. <3
Bjs :*
Aiin *-* ta perfeita Anne !! <3
ResponderExcluirNossa chorei :'( cap muito triste ... Ñ queria que ela morresse mas igual vc disse "As vezes coisas ruins tem que acontecer para que as boas venham" ... Continua to amando essa fic *♡**♡**♡*
ResponderExcluirAtualizado meninas. Capítulo 28 postado. U.u
ResponderExcluirObrigada pelos comentários. EU AMO!
Bjs :*
Voce é demais Anne!! Continua logo!! E olha nao tem como começar a postar Chicago logo nao ? É que eu tou miuto ansiosa u.u
ResponderExcluirBjus!! <3
Pode ter certeza que eu imaginei e vivi essa cena muie kkk :3 imaginei ate a carinha do Mike enquanto ela falava os desejos sexuais dela :3
ResponderExcluirContinua a cada dia amo mais essa fic *_* 💓❤
Olá my babies, vcs estão bem? Espero que sim!
ResponderExcluirMas em fim, já atualizei viu babies, espero que gostem e obrigada
pelos comentários. EU AMO!
E Manu, calma baby, eu tbm estou muito ansiosa para postar, mas vamos primeiro
finalizar a The Queen para eu não me complicar. kkkkk's
E obrigada por sempre está em minhas fics.
Bjs e até mais. :*
Ok! Mas sai e que estou bastante ansiosa pra começar chicago e amando essa fic eternamente !! <3
ResponderExcluirOMG continuaaa *♡* ... Esse Francis é louco
ResponderExcluirOlá babies, atualizada viu amores. U.u
ResponderExcluirManu, obrigada por está aqui florzinha. Eu amo tu. <3
Stefany coração, te agradeço tbm por estar comentando sempre, e tbm amo tu. <3
Fiquem sabendo que é muito importante pra mim seus comentários. Muito muito muito.
Bjs :* e até mais.
Também amo tu! Você é uma das minhas escritoras favoritas! *-* E tou amando essa fic *-*
ResponderExcluirOwn também amooo vc <3 e amoo suas fics ... Já virei sua fã *-* continua porque essa fic tá boa por demais *---* Armaria tu escreve muito bem muie <3 <3
ResponderExcluirTa muito foda :*
ResponderExcluirContinua
Olá my babies... Atualizada. <3
ResponderExcluirCapítulos 32 e o 33 já postado.
Bjs e boa leitura.
A pergunta agora é: Quem matou o rei Henry? :o #Curiosíssima
ResponderExcluirContinuaaa flor \♡/
Amores... Atualizada e finalizada.
ResponderExcluirEspero que gostem desse final.
Agradeço por tudo e amo vocês.
Bjs :*
Simplesmente perfeita Anne!! Esperando ansiosamente Chicago começar :) <3
ResponderExcluirMeeeuuu Deus *----* eu amei ... Ameeiiii muiiitooo essa fic <3 ela é tão perfeita que deveria ter uma continuação rsrs <3
ResponderExcluirAgora que venha a fic Chicago *♡**♡*
Obrigada meninas. Vocês que são demais. <3
ResponderExcluirAgora vamos pra CHICAGO :D
Bjs:*
Em 08/12/2021😍
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